quinta-feira, 7 de abril de 2011

"Uma breve noção da dimensão humana" ou "o ridículo do orgulho e da superioridade"



O cara dá bem a nossa dimensão humana. E demonstra a pequeneza do pensamento convencional, o ridículo do sentimento de superioridade, o primarismo do preconceito e a precariedade das "verdades".

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Correntes de mentiras



         Já nascemos envolvidos em mentiras. Desde cedo nos acostumam. Bicho-papão, homem de areia, ladrões de crianças, figuras utilizadas pra controlar crianças pequenas através do medo – tática que se estende por toda a vida, mudando as formas. Imagens falsas, como o coelho que dá ovos de chocolate, ou a figura da maldade e indiferença ao sofrimento em nossa sociedade, a do papai noel, excrescência vestida com as cores da Coca-cola que induz ao consumo compulsivo, na época do Natal – outra mentira, esta da igreja cristã, pra fazer frente às festas do solstício, no norte da Europa -, ensinando a fazer o bem por interesse nos prêmios e evitar o mal por medo do “castigo”, em franco egoísmo. Como fazem as igrejas cristãs, sem nenhuma preocupação real com o próximo (falo apenas das instituições), além da teoria – ou diriam aos ricos que se contentassem em ser menos ricos para que não houvesse abandonados e explorados na sociedade.
         São aceitos como naturais os abismos sociais - econômico, educacional, informacional, de cidadania e dignidade, de direitos e oportunidades. Amarga mentira. Esses abismos são artificiais, construídos a partir de cima, para permanecer por cima. Por cima mesmo dos governos, da política e da mídia, que constrói com a maior competência as mentiras nas quais acreditamos. A população precisa acreditar, para se deixar conduzir a sustentar e manter todo esse esquema perverso contra si mesma.
         Porque é a população quem sustenta com os impostos e trabalho, quem constrói ruas, prédios e calçadas, quem instala, carrega, levanta, derruba, atende, transporta, serve, limpa, cozinha, desentope, manobra, conserta e põe a mão na massa. E é explorada e desprezada, em nossa estrutura social. Roubada em seus direitos básicos e conduzida a desejos de consumos e privilégios superficiais, alienada e narcotizada pela mídia. A parte mais indispensável, mais necessária à sociedade, é exatamente a mais maltratada, a mais perseguida, a mais explorada. E em caso de inconformação, reprimida com desrespeito e violência. Não são claros os motivos de tanta mentira? Sem ricos, a sociedade poderia ser menos injusta. Sem pobres, seria impossível. São eles a base de apoio.
         Impede-se o desenvolvimento do espírito humano, pois ameaçaria o controle dos poucos dominantes sobre a sociedade. E as hipocrisias seguem, junto com a vida. A maior parte das pessoas, abestalhada entre os entretenimentos e os desejos de consumo, tem sua atenção conduzida pela mídia para longe da política – apresentada como um mundo incompreensível entre a falcatrua de muitos e o heroísmo duvidoso de poucos, a hipocrisia de muitos e a honestidade de poucos -, com algo de repulsivo, criando um clima de assunto chato, incômodo, repetitivo, no qual é desagradável pensar.
         Não é à toa. Nesse mundo, o político, se manobram as marionetes do poder, se articulam os interesses das grandes empresas, se negocia com o patrimônio público. O poder econômico local (industriais, latifundiários e outros empresários "de peso"), sócio menor e servidor de gigantescas transnacionais estrangeiras e nativas, controla o aparato público, as instituições, infiltra-se no Estado através das forças políticas, compradas com financiamentos de campanhas. A partir daí, se espalha nos poderes da república em variadas relações, no judiciário, nas estatais, nos serviços públicos, nas empresas prestadoras de serviços. A coisa pública, os bens públicos, o dinheiro público, controlados por interesses privados, fazendo fachada de democracia - só se for a "cracia do demo". Esse é o mundo dos crimes contra a humanidade, do roubo dos direitos básicos à maioria da população para privilegiar essa minoria de serviçais de luxo - que fazem pose de "superiores"- e gerar ganhos além da nossa imaginação para os pouquíssimos realmente poderosos – acima até dos Estados nacionais, a ponto de controlar as políticas públicas. Os povos precisam estar de alguma forma narcotizados, precisam ser ignorantes, desinformados, enganados, para se deixarem conduzir. Simples. Destrói-se o ensino público, controla-se o ensino particular, domina-se a mídia e o trabalho está feito. Fácil, quando se tem o governo, legisladores, altos postos do judiciário e a mídia na mão. E a garantia das forças de segurança, públicas e privadas.
         Dizem que o mundo é uma guerra, a vida é uma competição e que todos são adversários, em suas áreas. Mentira. Somos irmãos seguindo a aventura da vida, nos desenvolvendo e procurando formas de resolver nossos problemas, solidariamente. Somos gregários, precisamos de harmonia, não de competição. A mídia é que nos instiga uns contra os outros, com a idéia furada de “vencedor” e “perdedor”. Nossa união apavora seus patrões. E a eficiência é tanta que mesmo entre os que se dizem revolucionários se vêem esses padrões de comportamentos e valores. Passar da competição à cooperação é um degrau da evolução humana.
         Dizem que felicidade é consumir, é desfrutar e usufruir de luxo e fartura. Mentira. O mais próximo de felicidade que temos é gostar e ser gostado, é abraçar e ser abraçado, é se sentir útil à coletividade, é beneficiar os demais e confraternizar com todos, aprender e ensinar, ajudar e ser ajudado. A mídia nos induz ao consumo egoísta, ao isolamento, condiciona o valor de ser humano à posse, ao poder econômico, ao nível de consumo, e as pessoas se sentem inferiorizadas ou superiorizadas, conforme esses padrões, se envergonham ou se orgulham por esses fatores externos. Induções. Os valores reais são abstratos, estão no ser, não no ter.
         É o consentimento geral o que sustenta essa estrutura. A crença nas mentiras plantadas. Acreditamos e reforçamos as correntes da nossa própria escravidão. Cada um de nós consente, em maior ou menor grau, esse estado de coisas. Cada um de nós pode começar o trabalho em si mesmo, que vai encontrar o que fazer, se for sincero consigo e tiver humildade pra encarar as próprias falhas e condicionamentos. De dentro de si é que o trabalho de mudança externa ganha força, na profundidade das raízes, da sinceridade do sentimento. Pois é do trabalho interno que emanará a força avassaladora de uma verdadeira revolução. Cada revolucionário precisa começar o seu trabalho em si mesmo. Ou será mais um desses superficiais e arrogantes, intolerante e conflituoso, pronto a usar os recursos convencionais dessa estrutura doente, ou apenas reforçará a imagem do revolucionário chato, incômodo e indesejável.
         Ninguém pode se dizer isento de induções inconscientes. Desde pequenos recebemos cargas maciças de publicidade – televisão, rádio, autidórs, folhetos, jornais, revistas, nos ônibus, trens, barcas, metrôs, nos telefones, em cartazes pela rua, na repetição dos refrões das propagandas. E dali não vêm apenas produtos e desejos de consumos. Embutidos, estão valores sociais e pessoais, objetivos de vida e esperanças, criminosas mentiras detalhadamente preparadas pelas empresas (publicitários, marqueteiros e até psicólogos, sociólogos, pedagogos e advogados) e implantados pela mídia.
         Cabe a nós destruir essas correntes, desacreditando-as dentro de nós mesmos e, a partir daí, contagiar à nossa volta, até onde pudermos alcançar. Nós, os que enxergam as correntes, os que não acompanham o gado e não se deixam enganar tanto, os que nos debatemos contra as pressões e lutamos por uma sociedade menos injusta, menos perversa e menos suicida. E mais humana, mais solidária, mais cuidadosa e sincera com todos os seus membros. Enfim, uma sociedade livre das garras de elites, a serviço de todos.

Eduardo Marinho

sexta-feira, 1 de abril de 2011

As laranjas da Cutrale e o MST, ainda

Escrito feito a pedido de Fabio da Silva Barbosa (www.rebococaido.blogspot.com) - eu havia conversado com ele sobre o assunto, na última mesa de bar entre nós, comentando o absurdo de comentários nos meus textos, citando as mentiras da mídia como verdades, derramando ódio contra o MST, ódio plantado pelas elites, através da mídia e seus profissionais altamente qualificados e (mais altamente, ainda,) remunerados. Mentiras, distorções, omissões, classismos, preconceitos... acredita quem quer, quem precisa e quem não tem condições de pensar por si mesmo.



O assunto é velho. Mas me chega, vez por outra, como comprovação do “banditismo” do MST. Na época, procurei me informar, da maneira que costumo, sem interferência da minha vontade em qualquer resultado. Desde que tive contato com acampamentos, assentamentos e pessoas desse movimento, nos encontros e manifestações, simpatizo de verdade com a rapaziada do MST. Com relação à direção, não posso negar minha antipatia por figuras messiânicas que ostentam a posse de “verdades”, ou com posturas omissas, até coniventes, com políticas públicas nocivas à população em geral, com base em razões “estratégicas” impossíveis de compreender, diante do cenário de barbárie social que nos envolve. Mas as minhas restrições ao comportamento das “direções” de movimentos organizados é de ordem muito diferente das posições da mídia, que refletem o conservadorismo raivoso dos beneficiários da miséria e da ignorância, produzidas pela estrutura da sociedade.

Bem, voltando ao assunto, soube que as terras em questão, desde 1910, foram declaradas terras devolutas (não me lembro por que razões jurídicas, pesquise quem estiver interessado na verdade dos fatos, não quem quiser sustentar suas conveniências, ideológicas ou materiais – esses, não há fatos, verdades ou revelações que convençam) e postas à disposição da União. O departamento jurídico do MST, na década de 90, entrou com uma ação reivindicando a área devoluta para efeito de reforma agrária, o assentamento de famílias sem terra, para a produção de alimentos e subsistência dessas famílias. Mas o processo emperrava. Interesses latifundiários da região entravavam o andamento do processo. A rejeição compulsiva dessa classe à proximidade dessa coletividade de pobres, que não reconhecem o seu lugar subalterno e tem o atrevimento de reivindicar direitos constitucionais, se demonstra no ranço e no esforço permanente em rechaçar tudo o que venha daí ou favoreça “essa gentinha”.

No final dos noventa ou começo deste milênio, a Cutrale – empresa pertencente à Coca-Cola - reivindicou a área ao governo. Seus advogados entraram na justiça com essa finalidade. Um acampamento de famílias sem terra havia sido montado, com suas lonas pretas, ao lado das terras em questão, enquanto esperavam a decisão da justiça, até então tida como certa, pra se iniciar um assentamento dessas famílias. Um belo dia, sem aviso ou decisão judicial, apareceu um grupo de homens fazendo uma cerca em torno das terras. Um grupo armado e hostil a qualquer aproximação das pessoas que procuravam saber a razão daquilo, quem autorizara o cercamento. Sob ameaças, cercaram tudo e montaram a “segurança”, pra garantir a manutenção. As famílias, respeitando a lei, se sentiram ameaçadas em seus sonhos de viver e produzir ali.

O jurídico do movimento foi à justiça denunciar, mas nada foi feito para corrigir a situação. Tentava-se criar o “fato consumado”- elemento de peso em decisões judiciais – e, pra isso, foram plantados pés de laranja, produto que a Cutrale concentra para envio à sua empresa-mãe para a fabricação de refrigerantes. As pessoas acampadas foram obrigadas a ver os laranjais crescendo na sonhada terra, enquanto esperavam por uma decisão da “justiça”, que não viria.

Dois anos se passaram, as laranjeiras cresciam, sob o olhar preocupado dos acampados. Em assembléia, diante da possibilidade crescente de perder sua justa reivindicação, os sem terra decidiram ocupar o terreno, de acordo com o que tinham planejado para fazer o acampamento onde ficariam, até fazerem a divisão das terras por família, derrubando as laranjeiras daquele setor – afinal, argumentavam, nenhuma daquelas laranjas seria destinada à mesa dos brasileiros, a não ser depois de industrializadas como refrigerantes da marca estrangeira.

O que eles não sabiam era que a Cutrale esperava essa ação, articulada com mídia, armada de câmeras, para expor à execração televisiva como a “destruição de alimentos pelos bandidos do MST”, acrescentando tratores desmontados, por acréscimo à “ação criminosa” do movimento – curiosamente (ou sintomaticamente), nenhuma das câmeras captou imagens da desmontagem desses tratores. Integrantes do MST, que alegaram não possuir ferramentas próprias para esse trabalho, foram solenemente ignorados. A cobertura da mídia se impôs, embora a justiça, afinal, tenha dado ganho de causa ao MST. Pra isso, devem ter sido apresentadas provas contundentes, ou o juiz não teria coragem pra tanto, contra a elite dominante, local, nacional e internacional. O poder econômico não reconhece fronteiras, a não ser entre as pessoas menos ricas. E a mídia não disse nada a respeito.

Há dois tipos – pelo menos – de pessoas que podem contestar esses fatos. Os ingênuos, que acreditam que podem estar informados pelos jornais da mídia privada, que formam a massa jornalística brasileira e mundial, e os elitistas de má-fé, que põem acima da verdade os seus interesses e o ódio classista por qualquer movimento que defenda ou conscientize a população, por qualquer pobre que não traga em seu olhar, e comportamento, as características da subalternidade social imposta pela estratégia publicitária – numa sociedade de consumo, vale mais quem consome mais. Os ingênuos servem, inconscientes, como massa de manobra, aos interesses dos concentradores de rendas, riquezas e poder, na perpetuação do estado de barbárie em que se encontram enormes parcelas da população. Os elitistas dispensam apresentação, a não ser um sub-grupo interno, aqueles que acreditam na mídia por necessidade de acalmar a própria consciência, interferem com sua própria vontade em suas análises da realidade e chegam sempre às conclusões que lhes convêm. Se são sinceros, é assunto pra ser tratado por psicólogos, mas dos bons.


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No link abaixo, o último discurso de João Goulart, no comício da Central do Brasil, que serviu de estopim ao golpe de Estado preparado e almejado pelas elites, para combater a ascensão do povo ao papel de influenciador nas políticas públicas – o movimento golpista desenvolvido na época de Vargas, por conta do seu entrave às empresas estrangeiras e desenvolvimento de indústrias nacionais, por coronéis (vide o manifesto dos coronéis), e debelado pela morte do presidente, foi finalmente executado por generais, a maioria os mesmos coronéis, agora promovidos, dez anos depois.

O que Goulart fez e, sobretudo, o que ele disse que faria na seqüência, determinaram a data da sua queda – que aconteceria de qualquer maneira, não por ele, mas pela necessidade da classe dominante de conter a efervescência popular, a força dos sindicatos e associações, a crescente participação e consciência de parcelas da população antes mantidas sob controle, na ignorância e na alienação do seu destino. A ocasião pedia a quebra da legalidade para desmontar, violenta e ilegalmente, todas as organizações populares ou de reivindicação por justiça social e melhorias reais, em distribuição de rendas e riquezas, de direitos e oportunidades.
Observar o papel da mídia, na ocasião, destruiria qualquer ilusão de honestidade que se possa imaginar que esses veículos possuam, em compromisso com a verdade. O comportamento da mídia privada foi, e é, criminoso.


http://blogdomello.blogspot.com/2011/04/por-que-houve-o-golpe-o-que-defendia-o.html

Sobre o tráfico internacional e a "guerra às drogas"

Publicado: 29 mar 2011


A CIA, agência de informações dos USA, ajudava o narcotráfico a encher seus cofres e realizar suas operações clandestinas, revelam documentos com selo federal estadunidense, trazidos a público por lei.

A história das relações entre a Agência Central de Inteligência (CIA) e o narcotráfico começou nos anos 70 e teve o seu ponto culminante na década de 90. Mais de oito mil documentos do governo federal revelados por conta do Ato de Informação Pública dão conta destes controvertidos vínculos. Informes da década de 80 mostram que, para contrabalançar a presença militar soviética no Afeganistão, os Estados Unidos gastaram mais de dois milhões de dólares no financiamento da resistência afegã, através dos cartéis das drogas. Os mesmos documentos indicam que a CIA também esteve envolvida com narcotraficantes latinoamericanos.

“No cenário estadunidense, o dinheiro da droga provinha do Cone Sul e se convertia em dinheiro legal em Wall Street. No cenário latinoamericano esse mesmo dinheiro, depois de “legalizado”, voltava à região em forma de fundos destinados ao paramilitarismo”, explica o ex-agente federal Michael Ruppert.

A desestabilização dos governos e revoluções na América Latina não eram os únicos objetivos da inteligência usamericana – também eram vítimas da CIA os movimentos sociais dos Estados Unidos. A agência buscava desacreditar os líderes das lutas pelos direitos civis, com a finalidade de prevenis transformações, no contexto ideológico, a integração racial, a justiça e outros âmbitos.

“O governo queria que atuássemos como mercenários, contra nossas comunidades. Eles nos utilizaram como jagunços (milicianos, paramilitares) para intimidar os radicais ou qualquer um que se opusesse ao governo federal”, lembra o imã (sacerdote muçulmano) Abdul Ali Mussa.


Os efeitos "colaterais" impostos aos povos não são relevantes, para eles, e servem à estratégia de criminalização da pobreza (dos pobres e, sobretudo, dos excluídos dos "mercados") e dos territórios de miséria e exclusão social.

A seu tempo, os presidentes Ronald Reagan e George Bush (pai) promoveram a doutrina da “luta contra as drogas” mas, de acordo com os especialistas, este critério causou mais problemas que soluções.

Na opinião de Bruce Bagley, especialista em assuntos latinoamericanos da Universidade de Miami, a maior parte da luta contra as drogas pertence a uma estratégia falida – em vez de diminuir o narcotráfico, ao contrário, aumentou. Em países como a Colômbia e o México, a violência entre os cartéis causa milhares de mortes, a cada ano. E, nos Estados Unidos, o número de usuários de drogas aumentou. Além disso, a lavagem de dinheiro tem deixado marcas de corrupção e fundos de origem obscura por todo lado.

Por outro lado, os investigadores do assunto assinalam que, hoje em dia, as sofisticadas operações financeiras para ocultar os frutos da lavagem de dinheiro são um fenômeno constante. Estes procedimentos se valem de ferramentas tecnológicas, como a internet, para enviar fundos de uma conta a outra, sem controles ou restrições, assegurando, desta forma, a impunidade

A Comissão de Juristas para a publicação de informações sobre o tráfico de drogas estima que anualmente, nos USA, são “lavados” mais de cem bilhões de dólares procedentes das drogas. A documentação também sugere que uma boa parte da elite econômica, tanto na América Latina, quanto nos Estados Unidos, continua se beneficiando do negócio das drogas.

Fonte – http://actualidad.rt.com/actualidad/ee_uu/issue_22299.html

Tradução – Eduardo Marinho

observar e absorver

Aqui procuramos causar reflexão.