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Na serra da Pedra Selada, caminho de Visconde de Mauá. |
Voltando de Mauá, ontem, percebi o vazamento de óleo. Segui viagem até que a luz acendeu no painel na descida da serra. Parei na Capelinha, verifiquei a vareta, tava de assustar, só um meladinho do óleo na ponta. Uma hora depois apareceu o óleo necessário, muito mais caro que o normal, claro.
Fomos pela Dutra até perceber a fumaça branca pelo retrovisor. A coisa tava pior que eu esperava, bem que seu Manoel Elias me avisou, mas o serviço era pesado e caro, fui adiando até dar nisso. Gastamos cinco litros de óleo pra chegar em casa, já com a luzinha acesa de novo. Pelo caminho, ficou um fio de óleo marcando a rota, de Mauá até minha casa. O drama tava percebido.
Hoje levei ao médico, não dava pra resolver no ambulatório, decretada a internação. Ela fica lá até segunda de tarde. Vão ter que tirar o motor e trabalhar dentro do carter. Torre, retentores, flautas, tudo vai ser revisado, aproveitando que a cirurgia é complexa e profunda. Neste fim de semana, vou pra Santa Teresa de ônis. Pelo menos posso tomar umas cervejas por lá, não existe a assombração do bafômetro. Pena que não posso levar os ímãs.
Há pouco mais de um ano e meio não havia kombi, era tudo nas costas ou na bicicleta. Com os limites que isso acarreta. Na Celestina carrego muito mais e ainda não consegui chegar perto de completar sua capacidade. Mesmo assim, ela já faz parte da história. E das histórias.
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No sul da Bahia, a caminho de Brumado, onde a promessa de ressarcimento das despesas não foi cumprida. |
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Em Barra Longa, caminho interrompido pelo veneno químico da samarco, na verdade vale, na tragédia planetária da maior bacia hidrográfica do sudeste. Que a mídia, hoje,minimiza chamando de "tragédia de Mariana", criminosa que é. O tempo já está trazendo as conseqüências, que estão só começando. Aí tem desgraça pra mais de século. |
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Ainda coletando dados sobre a calamidade ambiental, no caso aí próximo à foz, em Regência. |
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Em meio aos caminhões, Celestina dorme nos postos, sem se intimidar. Toda suja do barro tóxico, sinais de guerreira. Como Maria Clara, ela é pequena perto das carretas, mas destemida, valente, disposta. E não se intimida. |
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Celestina dá "pezinho" pro Kenny tirar fotos do crime das mineradoras. |
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Saindo de Ouro Preto na noite, ela não pôde subir até a casa de Douglas, que nos abrigava. Ficou num largo do caminho, mas tava em casa, antiguidade na antiguidade. |
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Em Porto Alegre, no Sarandi, a turma do Conceito Arte dá uma força no banho. |
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Pepe fotografa por trás, sem perceber seu próprio reflexo. |
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Já limpa, ela descansa das jornadas, na porta da casa que nos recebeu por uns dias. |
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Florianópolis, Monte Verde, em frente à casa que nos abrigou por lá em várias viagens, hospitalidade de Thiago Silveira. |
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Em Minas, uma parada pra mostrar em que direção nós viajamos pela vida. |
Essa garibada vai preparar o motor pra viagem de setembro, ao sul, já com várias conversas marcadas, em várias exposições. Sinto que essa vai ser uma das melhores viagens, a melhor da Celestina. Vamos em cinco, ao que parece. Satya, Ravi, Roque, Maria Clara e eu. Vai caixa de som, guitarra e cajón (carrón).
Oremos pela saúde da Celestina.