sexta-feira, 25 de março de 2011

Quando o silêncio é necessário

Há coisas que devemos guardar só pra nós mesmos. Por muitos e variados motivos. É preciso ter muito critério. Aí existe uma encruzilhada, há dois troncos básicos, além de eu vislumbrar um terceiro – não posso dizer quantos há, só quantos percebo -, de menor importância nesta análise, digno de outra análise. As duas principais vertentes de motivos, pela gravidade das suas conseqüências, é como uma balança onde se pesam benefícios e malefícios. Há coisas que não se revelam porque poderiam causar perdas e danos, que trariam tudo de ruim e nada de bom – apenas a satisfação do orgulho com a humilhação de outros, ou interesses menores. Essas são claramente nocivas e evitáveis com o simples silêncio, e é necessário que assim o seja, pela harmonia. Há outras coisas que não se revelam porque poderiam acarretar prejuízos individuais ou a pequenos grupos, embora pudessem beneficiar a coletividade como um todo, ou ao menos estancar alguma sangria desatada na estrutura pública. Essas escondem o que causa sofrimento e injustiça e são um lastimável prejuízo interno, subjetivo, da alma dos beneficiários, dos mentores e dos executores. E uma demonstração de que a sociedade, como um todo, precisa despertar pra cuidar, não só do que é seu, mas do que é dos seus, das gerações passadas e, principalmente, das futuras, que ainda não tiveram a chance de participar do processo e vão receber as conseqüências da nossa inconseqüência social.



O terceiro tronco seria o “neutro”, entre aspas porque se trata da média, nesse tronco de motivos para segredo. Aí há dos motivos egoístas aos generosos. Uma complexidade enorme, de onde eu tô vendo agora, que fica pra outro escrito. Preciso terminar um quadro.

5 comentários:

  1. Oi Eduardo,

    Interessante analogia sobre silêncio. Hoje pela manhã me deparei com uma postagem que perguntava se a verdade era tão importante a ponto de ser revelada para outro alguém, mesmo que isso cause danos na pessoa. E eu respondi que era necessário, que o dano que ela levaria agora não se compara ao acumulo dos anos sendo enganado pela mentira.
    Bom, lendo sua postagem vi o quanto minha resposta foi inocente.

    Obrigado por compartilhar, um ótimo final de semana para ti.

    Aquele abraço!

    ResponderExcluir
  2. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir
  3. Eis a genialidade em pessoa. Pepita rara.

    Parabéns, cara, espero te encontrar algum dia nessa vida!

    http://migre.me/47F5y

    ResponderExcluir
  4. É Eduardo...Caímos numa armadilha de gigantes... Agora, so se fala em pleitear uma vaga no conselho de segurança da ONU rapaz! Os governos não aprenderam a lição de casa de que a pátria não se reparte e ainda assim querem ser grandes, olha quanta discrepancia...Soberania é alimentar e educar o povo não é verdade?! Concordo muito que nossa geração tem que "disparar a unica bala que nos resta"(ao menos não temos ditadura),nosso grito nos blogs.Valeu!

    ResponderExcluir
  5. Enquanto a luz não chega, que tal acendermos uma lamparina?

    ResponderExcluir