sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Documentário : Os Escafandristas - Cifrões, Padrões e Exceções



Eles chegaram com uma camerinha dessas miúdas, explicaram que faziam um documentário sobre artistas de rua que contestavam o sistema social em que vivemos. Era minha praia. Como uma obrigação moral e com o maior prazer, respondi às perguntas. Os três, Rafael, Eduardo e Victor, jovens universitários, tinham a chama da contestação acesa nos olhos, a identidade foi imediata. Somos uma grande equipe em função, espalhada no meio da coletividade, a maioria sem consciência de participar do trabalho coletivo de evolução do ser humano, partindo apenas de uma necessidade interna "inexplicável", mas que impossibilita a adesão incondicional aos valores impostos por essa estratégia de controle da opinião, dos valores, das mentes e do comportamento, através de muitos controles, tendo como eixo principal a mídia privada, os interesses de poucos sempre tomando os direitos inerentes ao ser humano, em cima das maiorias. Levamos uma vida de merda, numa sociedade de merda que não garante o mínimo necessário a todos os seus membros, ao contrário, sabota e explora a maioria, produzindo e usufruindo a miséria, a pobreza e a ignorância transformadas em privilégios, poderes, confortos, excessos e desperdícios para poucos.
Abaixo, o apanhado primeiro que eles fizeram da entrevista, feita em Santa Teresa, onde exponho.


8 comentários:

  1. Fiquei feliz com as palavras, é bem por aí mesmo.
    Valeu a divulgação também. Dia 17 a gente troca uma ideia. E sucesso ai com o lançamento do livro.
    Abraço!

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  2. Cara, eu não acredito em evolução, mas ainda acredito no ser humano.

    ABRAÇO E PARABÉNS PELO LIVRO!

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    1. Como assim não acredita em evolução? Queria entender melhor o seu ponto de vista.

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  3. O documentário (Os Escafandristas - Cifrões, Padrões e Exceções) me deixou a sensação de ter levado um bom tapa na cara. Querido Eduardo, as palavras estão vibrando em meu corpo, pedindo movimento. Eu confesso que ainda estou acordando espantada. Confesso que tenho medo, muito medo, de levar a vida como vc escolheu levar. A questão não é apenas o dinheiro e é também, mas principalmente a agressividade que espera quem se opõe. Aprendi a ser covarde. Eu já tenho sentido a exclusão, a diferença, a loucura que a pequena mudança acompanha e eu ainda tenho tanto p/ mudar em mim! Muito mesmo! De modo que nem sei direito que direção seguir, embora eu esteja indo. Ainda me sinto pequena, na verdade, percebo-me cada vez menor diante das coisas tantas que posso vir a ser para ser "ninguém" aos olhos dos homens-papagaios.

    tammyveloso@hotmail.com

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    1. Fico feliz de ler o seu relato. Eu tbm já vinha acordando, mas agora, graças ao Eduardo, pretendo me colocar no mundo como realmente sou e não como dizem que é pra eu ser. Acho que o mais importante da mensagem que o Eduardo passa é vc ser o que quer ser e não ser influenciada pelo padrão de humanos-papagaios. Se vc quer ser engenheira, seja, mas não pq te disseram que isso tá dinheiro e status social, seja engenheira pq gosta e depois use da sua sabedoria adquirida pra ajudar os que tiveram os direitos negados. Não falo de ajuda financeira e sim de outros tipos de ajudas que farão essas pessoas poderem aos poucos terem os mesmos direitos que vc teve e possam se sentir livres, assim como vc se sentiu.

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  4. Aos olhos dos humanos-papagaios é preciso ser ninguém, mesmo. Até pra não perder tempo.
    A covardia é o lado obscuro do medo. Quando se percebe, ela perde o sentido. Desaparece.

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  5. caro eduardo,
    suas palavras são lampejos de lucidez em meio a hipocrisia imanente da sociedade de consumo. fiz o curso de publicidade na faculdade e no dia da minha formatura eu era uma pessoa triste, muito triste, porque tardiamente tinha descoberto que a minha "profissão" era tal como você a descreveu: uma atividade criminosa. e nunca mais voltei a exercer esse crime. grata pelo seu depoimento! luz!

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  6. por favor não vá ao Jô. tamo junto, sincronicidade, energia, brigado, abraço

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