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segunda-feira, 3 de dezembro de 2012
Aviso aos amigos do sul - Mixou a viagem.
Acabo de saber que minha participação no evento Aldeia Caiana, em Santa Cruz do Sul, foi suspensa. Segundo Joe Nunes, que tá nas cabeças do evento, a universidade suspendeu a grana das passagens e os sindicatos patrocinadores retiraram a grana prometida ao evento, em retaliação às manifestações contra a administração da cultura no município. É essa politiquinha que rege nossa sociedade e ainda tira onda de ser popular. Papo pra otário.
Lamento muito por não poder rever tanta gente boa que conheci por aí. Foi uma ducha gelada. Se eu tivesse grana pras passagens, pagaria de bom grado. Mas não é o caso.
Deixo aqui minha saudade desse povo guerreiro, essa moçada que luta por lucidez num mundo entorpecido.
Abraços a todos,
Eduardo.
Quando eu digo que odeio essa cidade, ninguém entende porque!
ResponderExcluirBeleza Eduardo?
ResponderExcluirSou do ABC Paulista, vi um vídeo seu no youtube e entrei aqui!
Curti muito suas idéias, bate muito com meu pensar...
Achei incrivel a coincidência ou seja lá o que for, pois, estou indo essa semana pra Santa Cruz do Sul e logo quando entrei no seu blog me deparei com essa postagem!!
Abandonei faculdade e trabalho na cidade grande, não aguento mais essa vida medíocre que nos impõe,é cada um por si, a união não existe, ninguém enxerga a verdade... Vivemos na matrix, em uma gigante babilônia, mas pra maioria ta tudo normal...
Me uni aos meus amigos verdadeiros, ajuntamos a grana que recebemos qdo saimos do trampo e compramos uma kombi. Fizemos um tour pelo sul em outubro, queríamos morar em um lugar que tenha paz, pessoas lucidas e natureza...
Nossa kombi quebrou em Santa Cruz, o motor travou. A principio ficamos desesperados, pois eramos extrangeiros... Mas esse desespero se passou rápido, as pessoas nos acolheram muito bem, uma familiaridade, humildade e união. Gostamos tanto das pessoas que iremos morar lá.
Essa semana estou indo procurar alguma casa pra alugar, em união com meus amigos... Além de sermos "irmãos" temos uma banda e tentaremos viver espalhando boas mensagens através da musica.
Mesmo não nos conhecendo, ja deixo aqui o convite aberto, se precisar algum dia ir pra lá, pode contar conosco, onde repousar e se alimentar nós teremos!
Se tiver facebook adiciona lá: Adriano Anselmo de Oliveira
http://www.facebook.com/#!/adriano.anselmodeoliveira
Grande abraço!
A paz de adonai adorne teu espírito e o teu lar!
Adonai?
ExcluirDeus...
ExcluirEduardo queria te parabenizar mano pelo seu lindo trabalho !! fico muito feliz em saber que existe pessoas ainda com tanta lúcidez nesse caos da sociedade !! saiba que tem um cara que torce muito por você !! grande abraço mano ... fica na Paz !
ResponderExcluirVocê foi o primeiro a me apresentar modos de vida que são aceitáveis e que acrescentam sentido à vida de qualquer um. Não te idolatro, mas te ouço e isso me basta. Segue com esse trabalho, que é muito verdadeiro e representativo pra um monte de gente.
ResponderExcluirA verdadeira mensagem, ainda bem, não precisa de passagem de ônibus e não depende de grana. Se tiver que chegar a quem quiser ouvir, vai chegar.
Abraço.
Aproveitando para fazer uma pergunta que me fiz outro dia. Responde quem quiser.
ResponderExcluirA valorização da vida humana, acredito, passa pela valorização da coletivização que ela forma... posso chamar isso de cultura?
Só que as culturas são diferentes, visto que cada grupo de pessoas forma cultura diferentes. Como fazer com que esses grupos convivam da forma mais pacífica possível se, muitas vezes, a cultura é um empecilho para o diálogo entre grupos de culturas distintas?
Bom, é isso, acho que a valorização da cultura, muitas vezes, é o ponto de partida para a raiva entre os povos.
O que me fez pensar nisso foi a gravura acima... com tantas pessoas diferentes, diferenças tão evidentes, como se torna possível viver pacificamente?
ResponderExcluirÉ preciso aceitar as diferenças, mas nunca acentuá-las. Caso contrário, as pessoas não se unirão.
A cultura faz, justamente, o contrário: valoriza demasiadamente a diferença, mas valoriza somente a diferença que lhe convém, achando anormal a diferença do outro.
Adorei suas posições meu amigo!!
ResponderExcluirTenho em blog meio nessa linha... www.aosvivosdailhadailusao.blogspot.com
ESCREVER O QUÊ?
Nunca mais tinha escrito um texto... talvez estivera demasiado ocupado para escrever algo maior – também porque quase sempre tenho estado de acordo como Walt Whitman quando ele dizia que quase nada de substancial pode ser dito fora da poesia -, ou talvez essa tenha sido a desculpa que dei para não escrever textos. A verdade, talvez, é que não tinha mais saco para escrever. Talvez um certo desânimo autosabotante, concordante com o que dizia Nietzsche: o melhor escritor é aquele que nenhum livro escreve!
Mas o fato é que aqui estou eu a escrever algumas coisas mais uma vez... Do seio de minha casa bagunçada, de meus escritos perdidos e amassados, da minha confusão caótico-mental, decido escrever nem sei por qual motivo... Afinal como disse um dia Michel Foucault, dizer que sou anarquista é demasiado simplório e restritivo! Ferido mortalmente pelo vazio, pelos resquícios etéreos e eternos da dor, vago como um cantador cujo maior deleite é o pavor de se ver sem ninho, nem calor. Mas vou!!
Tudo me é demasiado pouco. Nos diálogos acadêmicos com o filósofo dos seiscentos (dou a permissão para que construam o trocadilho afinal eu também já o fiz e sei que ele o permitiria pelo sarcasmo que brota de seus escritos) me sinto liberto com suas brincadeiras com o infinito, embora quando vou formatar as coisas para o arcabouço de tese que construo, tendo vistas ao processo de doutoramento, a coisa por vezes volte à estaca zero.
Tive uma injeção de ânimo ao ver os vídeos de Eduardo Marinho (http://observareabsorver.blogspot.com.br/2012/12/aviso-aos-amigos-do-sul-mixou-viagem.html#comment-form) no Youtube... Muito bons!! Para mim isso tudo que discute é tão natural, mas volto a me sentir vivo, me sinto muito bem quando vejo alguém colocar essas questões com tanta segurança, e com uma certa agressividade poética. Sim porque a poesia meus caros, é a única coisa que nos livra da morte... Ela é eterna... No início era o verbo! Só a poesia e o amor...
Nem sei por que ainda tenho medo,
sendo em tudo amor...
Não é mesmo flor?