Notícias de dentro da comunidade, dadas por gente boa que mora por ali e vê uma realidade que passa longe dos "grandes meios de comunicação", a quem interessa o silêncio das comunidades. No pequeno vídeo, dá pra entrever as histórias das remoções desde sempre. O Estado dispõe da população de acordo com os interesses dos financiadores de campanhas, grandes empresários que têm total apoio da mídia. A realidade que este jornal mostra é escondida do mundo, daí a sua importância.
Qualquer participação, encomendas pra distribuição, quem quiser ver com os olhos de quem vive conseqüências da estrutura da nossa sociedade, taí. Estão precisando porque remam contra a maré, a única direção digna de se viver - a contra-corrente. Quedas fazem parte da caminhada. É levantar e seguir adiante, essa é uma prática cotidiana nas periferias. O jornal é "A notícia por quem vive", da Cidade de Deus.
http://catarse.me/pt/anoticiaporquemvive# - aí uma amostra das pessoas.
O texto conta a história - http://catarse.me/pt/anoticiaporquemvive#
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ResponderExcluirÒtima iniciativa. Nem desconfiava (sem ironia) de uma coisa que o senhor falou (mais ou menos assim) no vídeo: 'colocoram pessoas que eram de facções criminosas diferentes (diferentes, na época, ainda não eram rivais) para morarem no mesmo lugar. A fim de estabalecer um clima hostil e violento no local'.
ResponderExcluirMais uma estratégia de criminalização.
Enfim, precisamos ajudar essas pessoas a externarem as vivências dessas pessoas. É como disse o MC Marechal: se os condomínios não souberem o que acontece na favela, a gente nunca vai poder fazer alguma coisa por ela.
E favela não é periferia! As pessoas que moram lá ficam o dia todo no centro da cidade e seus arredores. Sem elas, aquilo não funciona. Está tudo interligado. A interdependência é bem evidente, mas parece que não querem enxergar.
Não lembro de ter dito isso aí. Mas idéias erradas é comum a gente ter por aí. O que é preciso é ter a prontidão em reconhecer os erros - com humildade e sinceridade - e a disposição em corrigir, reparar, compensar, sei lá.
ExcluirNão é preciso ajudar as populações das periferias sociais. Basta parar com a sabotagem, a exploração, a manutenção deliberada da miséria. Com a colaboração inconsciente, reproduzindo os condicionamentos, os valores e os comportamentos que sustentam toda a estrutura da sociedade, apresentada como a única possível.
Muitos não têm nem a condição de enxergar o que acontece. A maioria.
Por enquanto.
'colocoram pessoas que eram de facções criminosas diferentes (diferentes, na época, ainda não eram rivais) para morarem no mesmo lugar. A fim de estabalecer um clima hostil e violento no local'.
ResponderExcluirQuem disse, Edu, foram os senhores que participam do vídeo postado no link. A partir de 1:20.
Você acha que a sabotagem vai parar? Eu só vejo aumentar. Vejo os reflexos dessa sabotagem até dentro da minha casa, dentro de mim. Para mim, a exploração e a miséria dependem completamente dessa sabotagem. Estão dependendo cada vez mais, e isso me traz esperança. Significa que os mecanismos de sabotagem não estão sendo tão efetivos para manter a miséria e a exploração como sempre foram. Significa que os mecanismos de sabotagem são amenizados pelas culturas populares que, por serem muito perigosas, são marginalizadas.