Mais uma pérola cinematográfica de Sílvio Tendler, em informações e responsabilidade social, um artista que cumpre sua função, que põe sua sensibilidade na lapidação social, no acendimento de luzes tão necessário nesta realidade trevosa. Estamos aprendendo a ver como a estrutura social funciona, em gerações contemporâneas, como somos impregnados de consentimento, pela sujeição da administração pública aos poucos podres de ricos internacionais com as elites locais, através do modelo de ensino empresarial e, sobretudo, da mídia também empresarial.
O ensino empresarista é competitivo, formador de peças pro mercado de trabalho e não de seres humanos pra compor uma sociedade harmônica, sem abandono, onde todos tenham seus direitos constitucionais, humanos e sociais respeitados por inteiro. Não se encontram escolas que eduquem no sentido da harmonia, da paz de espírito, da verdadeira realização pessoal, social e humana. E isso é interesse de toda a sociedade, ainda que não se pense nisso, ainda que a inconsciência prevaleça.
E a mídia, implantada e enraizada na "cultura nacional" de 1964 até 69, quando virou "rede nacional", exatamente por estar na cabeça do apoio ao golpe militar, exerce o massacre publicitário-ideológico permanente em defesa de interesses empresariais, criando mundos de fantasia, usando psicologia do inconsciente, distorcendo notícias, criando mentalidades que apóiem ideologia do consumo, da competição, do punitivismo, da sabotagem em todo investimento na própria população e nos seus direitos constitucionais.
Não posso deixar de falar de uma meia-discordância no final do filme. "O momento é agora" é um jargão antigo que prepara a desilusão pra depois, muitas vezes até o desânimo. Todos os momentos são agora, o conjunto de todos os agoras forma a eternidade. Prefiro ir espalhando o que tá escondido, falando o que tô vendo, como por toda minha vida, desde os dezenove anos, refletindo, causando reflexão, aprendendo com as práticas cotidianas. Escolher os próprios caminhos, desentranhar condicionamentos, chacoalhar os valores pra ver quais são implantados e quais podem ser verdadeiros, junto com desejos, com objetivos de vida, no que me traz paz ou me inferniza e, a partir disso, fazer escolhas, tomar decisões e levar à prática cotidiana. A história caminha com passo próprio, é preciso medir o passo com ela - sabendo que ela também pode dar seus pulos. Vigiemos.
O libreflix.org tem bons filmes e é de graça.
https://libreflix.org/assistir/privatizacoes-a-distopia-do-capital
as velhas correntes se tornaram a chantagem do ser ,o terceiro olho comanda nossas vidas de forma silenciosa ,uma violencia que nao sangra,mas que é covarde ,e afeta todo um circulo ....não há luz no fim do túnel talvez há dentro de si...
ResponderExcluirNossa
ExcluirQue legal
Eduardo,em uma outra oportunidade seria pertinente ao assunto e interessante pelo menos para mim, que você comentasse ou emitisse sua opinião em relação ao modo de sociedade que existe em Auroville, no sul da Índia.
ResponderExcluirParabéns pela brilhante trajetória de conscientização aos valores humanos já perdidos, mas não irreparáveis.
ResponderExcluirParabéns Eduardo, Aprendir muito contigo.
ResponderExcluirEduardo....
ResponderExcluirFim dos mês Feira Literária Internacional de Paraty RJ...
Vai cara vai ser massa ver vc lá...
Vamos a PARATY!!A FLIP grande evento e venha abrilhantar a Costa Verde do Rio..Fim do mes de Julho!!
ResponderExcluirRealmente eu tinha medo me me expor ,de passar a pensar dessa forma. Mas a partir de alguns anos ,eu percebi que realmente eu passava a ver o mundo diferente das outras pessoas.eu passei a ver um tipo de "chipamento" nas pessoas ,onde todas elas passavam a pensar de uma forma totalmente igual ,apoiando o errado ,apoiando o genocidio e pensei "sera que um dia isso vai mudar"?!!
ResponderExcluirVocê é um grande iluminista. (Por mais que você não se considere).
ResponderExcluirExcelente texto...
ResponderExcluirLer seus textos tem feito eu ter uma outra visão de tudo. Obrigado por despertar a minha e várias consciências. Abraço.
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