Recebi esta notícia e senti necessidade de repassar. Acabei escrevendo o texto abaixo, a partir da gravidade do que está rolando na área do petróleo, extraído com ânsia e urgência por empresas petroleiras privadas multinacionais, conscientes de que o saque pode ser percebido e contido a qualquer reviravolta política. Por enquanto, contam com políticos, legisladores e juristas domesticados e a seu serviço. Mas sabem dos movimentos contrários à sua exploração. E a cobiça exige a urgência na extração, indiferente a conseqüências nefastas ao meio ambiente e às populações locais, como sempre.
Petróleo “Brasileiro”
Sindicalistas, revolucionários, ativistas, políticos e ideólogos que se dizem nacionalistas dão uma conotação hipócrita à palavra ‘brasileiro’, como se isto significasse ‘dos brasileiros’. A idéia é fraca e não cola, a realidade se impõe. Nas chamadas mobilizações, nas manifestações, vemos as mesmas caras, os mesmos grupos embandeirados com suas siglas e ideologias, cada um certo de que está com a verdade, como as religiões, de vez em quando se estranhando seriamente, ódios explícitos e insultos irreconciliáveis – em termos. Circunstâncias podem acontecer de vermos inimigos ferrenhos, pessoas que ontem se acusavam das piores intenções, de portadoras do pior caráter, no mesmo palanque, se afagando como se fosse um ato de nobreza, de superação das diferenças, em cenas ofensivas ao entendimento, à sensibilidade, numa hipocrisia cujo único ponto positivo é demonstrar em que nível está nossa prática política, a administração da nossa sociedade, e o quanto merece de confiança.
Basta observar o ridículo poder de convocação, o descrédito popular às organizações ditas revolucionárias, pra perceber o isolamento destes grupos, restritos a movimentações simbólicas, sem poder de catalizar as paixões, de despertar as consciências, de provocar debates independentes, de causar, pelo menos, questionamentos. Quando acordarão pro fato de que a revolução da sociedade começa na revolução do indivíduo e, em primeiro lugar, nos que se pretendem revolucionários?
Bueno, eu comecei a escrever na intenção de divulgar uma notícia que dá o que pensar, chegada pela Agência Petroleira de Notícias. Vazamentos de petróleo no fundo do mar. Acidentes provocados, como é freqüente, pela ganância, e que muitas vezes nem vêm à tona, não se fala, os interesses envolvidos são gigantescos, poderes econômicos esmagadores. Há uma série desses “acidentes” acontecendo, com regularidade, há bastante tempo. Regularidade acentuada depois de se descobrir o pré-sal. As empresas que já conseguiram seu quinhão, via leilões lesa-pátria que os governos se viram obrigados a fazer, pressionados pelas forças econômicas estrangeiras e, sobretudo, pelos sócios brasileiros, neo-mega-empresários e a mídia, essas empresas sabem haver disputas internas e que há luta por leis que restrinjam sua participação. Quando se intalam, tratam de retirar o máximo de petróleo, o mais rápido possível, não importam as conseqüências, antes de serem impedidas por lei – ainda que tenham grande poder de pressão interna e internacional, política e jurídicamente, somados ao poder de mídia.
Um conhecido meu trabalha numa plataforma de petróleo, em Santos. Há alguns anos encontrei com ele, que me relatou a passagem de navios de guerra dos Estados Unidos margeando as águas territoriais brasileiras desde a divulgação do pré-sal, da descoberta de enormes quantidades de petróleo. Ele me disse que via passarem esses navios todo dia. Foi a reativação da quarta frota estadunidense, parte da polícia do planeta, em demonstrações de força. Quantidades imensas de dinheiro são necessárias pra mover essas esquadras, com seus porta-aviões, destróieres, cruzadores, aviões, helicópteros, bombas, munições e milhares de militares. Essas movimentações dão idéia do tamanho da importância desse petróleo, da quantidade inimaginável de grana que vai brotar dali e do perigo que estamos todos correndo, com a cobiça dos grandes inimigos da humanidade localizada em nossa área. Já vimos como são capazes de atacar países, matar populações civis, destruir estradas e pontes, hospitais e escolas, fábricas e toda a infra-estrutura de uma nação, em proveito de suas empresas - petroleiras, armamentistas, construtoras, etc. No Brasil, eles contam com a desinstrução e a desinformação do povo, além de terem aliados de monte - e de monta - nas elites do país, que arreganham os dentes aqui dentro e abanam o rabinho lá pra fora.
Um conhecido meu trabalha numa plataforma de petróleo, em Santos. Há alguns anos encontrei com ele, que me relatou a passagem de navios de guerra dos Estados Unidos margeando as águas territoriais brasileiras desde a divulgação do pré-sal, da descoberta de enormes quantidades de petróleo. Ele me disse que via passarem esses navios todo dia. Foi a reativação da quarta frota estadunidense, parte da polícia do planeta, em demonstrações de força. Quantidades imensas de dinheiro são necessárias pra mover essas esquadras, com seus porta-aviões, destróieres, cruzadores, aviões, helicópteros, bombas, munições e milhares de militares. Essas movimentações dão idéia do tamanho da importância desse petróleo, da quantidade inimaginável de grana que vai brotar dali e do perigo que estamos todos correndo, com a cobiça dos grandes inimigos da humanidade localizada em nossa área. Já vimos como são capazes de atacar países, matar populações civis, destruir estradas e pontes, hospitais e escolas, fábricas e toda a infra-estrutura de uma nação, em proveito de suas empresas - petroleiras, armamentistas, construtoras, etc. No Brasil, eles contam com a desinstrução e a desinformação do povo, além de terem aliados de monte - e de monta - nas elites do país, que arreganham os dentes aqui dentro e abanam o rabinho lá pra fora.
A população não sente o petróleo como sendo seu. Nunca viu resultado dessa riqueza em sua vida, a mixaria destinada à maior parte da população - se é que existe, não dá pra sentir, nunca deu, nem quando era estatal.. A gente vê os políticos e os especialistas falando em altas somas, valores incríveis, mas o posto de saúde é uma merda, a escola é outra, os transportes, nem se fala – e olha o preço da comida, olha quanta gente desabrigada, olha a miséria que nos cerca. As coisas não são explicadas à maioria, ao contrário, à população é sabotado o desenvolvimento racional, com uma parcela ridícula do orçamento para a educação, perpetuando a ignorância – a meu ver, intencionalmente. O povo não entende o que acontece. Intuitivamente, sente, pois a intuição se desenvolve na carência do desenvolvimento da racionalidade e o brasileiro médio tem uma intuição altamente desenvolvida. Um poder que ele mesmo não reconhece, esmagado pelo massacre publicitário e de propaganda pseudo-ideológica, que implanta sentimentos de inferioridade aos que têm pouco, que “sabem menos”, à esmagadora maioria, aos explorados, sabotados, reprimidos e desprezados da sociedade. Não se pode esperar que a população lute pelo "seu" petróleo. Ela não sabe e não acredita que essa riqueza seja sua, seu dia a dia esculacha com essa idéia, torna-a absurda, sem pé nem cabeça.
Uma vez recuperada a auto-estima, a intuição se torna um instrumento de grande utilidade, nas escolhas pessoais, nas relações sociais, nas posições políticas. Para despertar dessa narcose, o caminho é o sentimento. O afeto é o melhor caminho para despertar as pessoas. A tolerância, a persistência com inteligência, com respeito e humildade. De outra forma, o que se encontra é rejeição, oposição e conflito. Que, aliás, é o que mais vemos no cenário político. Conflitos inúteis, inofensivos ao sistema.
Falta quem trabalhe em conscientização, em despertamento, sem arrebanhamento, sem imposição ideológica alguma. Os cursos de formação política que vejo por aí são, na verdade, cursos de conformação ideológica, de imposição de verdades e criação de rebanhos que gastarão suas energias combatendo outros grupos, enquanto a barbárie social come solta. Esses comportamentos desmoralizam cada vez mais a palavra ‘revolução’ e o revolucionário já é costumeiramente ligado à noção de chato, de perturbação, de incômodo, à sensação de “já vi e não gosto, não”.
Já tô saindo da linha de novo. O papo aqui é petróleo. Nada do que acontece é de se estranhar, onde há mega-empresas, há mega-falcatruas. Mas é preciso repercutir essas notícias, dentro do processo de despertamento que percebo, ainda pouco visível, mas que venho acompanhando há pelo menos trinta anos e caminha, sem parar, embora lentamente. Hoje, há muito maior número de despertos que antes. E o processo de contaminação está bem mais intenso. Conscientizemos uns aos outros.
Não adianta, de qualquer ponto estou caindo na evolução humana, individual e coletiva. O recado está dado.
Abraços a todos,
Eduardo.
A grana do petróleo fica invisível para os brasileiros. Os milhões, bilhões... adquiridos com o petróleo "brasileiro" ficam distantes das aplicações sociais.
ResponderExcluirCara, vc já falou tudo, nem tenho muito o que dizer, a não ser concordar com o que foi dito.
Durante muito tempo andei extremamente desmotivado com informação. Nem lia livros, jornais, assistia filmes, TV, ouvia rádio, nada; ficava totalmente isolado, com medo de ser manipulado. Só divagava questões de manipulação do padrão de beleza. Não entendia muito bem o que acontecia - só sabia que havia algo errado; fazia questão de andar totalmente fora dele, como forma de "protesto".
ResponderExcluirCerta vez, perguntei para uma amiga que estuda história, como ela pode saber que o que está lendo e absorvendo é verdade. Ela me respondeu simplesmente que não tem como ter certeza.
Depois que vi Os Escafandristas, depois pesquisei sobre vc e comecei a pesquisar sobre manipulação da mídia - entre outras coisas -, muitas coisas começaram a se encaixar. Espalho sempre que posso o controle do poder econômico.
Estudo e dou algumas aulas, e quero começar a pesquisar com algum professor daqui como fazer uma escola para pessoas livres; +/- como aquela escola inglesa Summerhill School. Esbarrrar com vc pela internet me dá constante inspiração de seguir procurando e expandindo minha experiência humana...
"Navegar é preciso, viver não é preciso."
Abraços,
Gabriel Guerreiro