Quem não gosta de explicação, não leia.
Este ciclo está no sentido anti-horário, a partir da parede velha, descascada e pichada com o lema da primeira facção criminosa anunciada, a Falange Vermelha, nascida no presídio da Ilha Grande, do casamento do crime comum com a política de esquerda, então mais perseguida que o próprio crime. A mão bem vestida espreme um cara sem roupa. É a opressão da grande empresa, do poder econômico, sobre a grande maioria, impondo desde a miséria a uma vida angustiante e sem sentido, passando pela pobreza e todos os níveis de classe média. Na janela, dentro daquela realidade, o observador. Abaixo, correm um homem maior e um menor, o primeiro com um fuzil e o menor com uma pistola - ou revólver; correm por cima de uma corrente que, ao seguir dos olhos, se mostra um trem se movimentando em sentido oposto - ou seja, eles correm sem sair do lugar. Abaixo, o ambiente de sertão simboliza a dureza, a aridez da vida comum. O carcará é o predador, o cacto e o bode são a resistência e as flores são a sensibilidade - peculiar sensibilidade, forte o suficiente pra florescer no semi-árido, na forma de flores miúdas, adaptadas às dificuldades locais e, em contrapartida, resistentes o suficiente para durarem muito mais tempo que quaisquer outras flores de lugares mais amenos, maiores, mais exuberantes, porém frágeis, de vida mais curta.
A máquina de escrever antiga remete ao início das comunicações, ao lado da descoberta da força do pensamento e, em seguida, ao uso do pensamento para a auto-elevação pela meditação, pela reflexão. Estamos na parte de baixo do desenho. A coexistência do ser humano com as formas das outras existências, dos elementos, água, terra e ar, e dos seres da terra, do ar e do mar. Afirma-se o papel das artes na evolução do espírito humano. Um pincel atravessado como um portal e um pintor em ação. Subindo pela direita, a sensibilidade, a frutificação, os instrumentos da arte imaterial, a música, a dança, o teatro - as duas máscaras em contraposição, no alto. De cada ponto da arte surgem linhas que, na seqüência, tornam-se uma pauta musical que se transforma em água que, passando sobre o E de cima, caindo entre o S e o O, lava e alimenta os mananciais, terminando por chegar às grandes porções de água do planeta. No centro, acima, a representação do ser humano mais purificado - final de ciclo, nesta orbe planetária - que, ainda longe de uma inconcebível perfeição, trabalha de outra forma a existência humana. Sem precisar passar diretamente pelas experiências físicas, acompanha-as, inspirando, incentivando, energizando, participando, exultando com os êxitos e sofrendo com os fracassos. Todos têm trabalho a fazer.
Entre as letras, detalhes que, muitas vezes, passam despercebidos; um olho que observa, uma porta fechada, uma boca que grita, uma pessoa na chuva, outra subindo a escada, uma floresta...
As pessoas estão muito preocupadas em parecer, se questionam pouco,e apenas engolem o que lhe es passado, apenas o superficial é suficiente, estão pouco preocupadas em rever seus valores e mais preocupadas em julgar a aprtir de seus falsos valores, enfim, o desenho expõem tudo isso, sensacional, parabéns, além de muito bem feito.
ResponderExcluiruau...
ResponderExcluirsaudade doc menino...
bjus
Muito boa a explicação. Vou imprimir e enquadrar abaixo da pintura!
ResponderExcluirAlgo me diz que esse já foi postado e explicado umas outras duas vezes!
ResponderExcluirEu penso assim:
ResponderExcluirhttp://textsnip.com/fcb376/
Legal... este desenho ficaria massa como cabeçário do seu excelente blog!
ResponderExcluirFica a sugestão!
:-)
Eduardo,
ResponderExcluirGostei muito do que aqui encontrei,
palavras traduzidas em cores de esperança,
desenhos travestidos de insistências,
Beijos,
sigo-te
Belíssimo trabalho vc realiza aqui. Parabéns e muito prazer!!! ;)
ResponderExcluirCara, fico até com vergonha de escrever aqui... não dá pra descrever o quanto te admiro, você mudou MUITO a minha forma de encarar o mundo. Você não parecer ser do tipo que se importa em receber esse tipo de elogio, provavelmente é indiferente a isso, mas pra mim não dá pra não te agradecer por todo esse esclarecimento! haha Mas enfim... gostaria de saber sua opinião sobre os atuais candidatos à presidência, PRINCIPALMENTE o Plínio. Já consigo imaginar sua resposta, mas mesmo assim não consigo resistir em vir aqui te perguntar hahaha Também poderia me dizer sua opinião sobre o voto em branco/nulo?
ResponderExcluirMuito obrigada por tudo, Edu. Beijão! Continue caminhando.
Cê não prefere conversar pelo endereço? arteutil.em@gmail.com
ResponderExcluirO Plínio tem razão. Essa campanha serve (ou deveria servir) pra esclarecer. Pra trabalhar na conscientização, esclarecer o povo. Não pra disputar, que essa bufonaria não é democrática além da mal arrumada aparência.
Voto em branco é aquele de acordo com qualquer resultado. Voto nulo é o que não aceita nenhum resultado. Determinado percentual de votos nulos anula uma eleição e proíbe os candidatos de tentar de novo. Outra eleição e outros candidatos.