quinta-feira, 6 de maio de 2021

Respondendo ao Intercept

 

Fui procurado por Fabiana Moraes, jornalista do Intercept, pra responder a umas perguntas por conta de um artigo a ser escrito por ela e publicado uns três dias depois. Eu estava em Niterói, tinha vindo com o pretexto de tomar uma vacina anti-covid, que foi suspensa porque acabou, buscar material de trabalho, imprimir o mais que pudesse – a mesa de impressão é muito pesada, na área onde estou ainda não tenho espaço nem condições pra levar. Vou levando aos poucos, conforme o caminhar das coisas. Mas voltando ao assunto, disse a ela da minha correria, na noite seguinte partiria pela Dutra e iria respondendo por áudio. E a correria continuou, separando ferramentas pra levar, papéis, telas, roupas, arrumando tudo, até a noite seguinte. A saída foi uma e meia da manhã, chovia muito e a estrada exigia toda a atenção, ou seja, não deu pra responder. Chegamos amanhecendo o dia, eu estava bem cansado, tanto que não consegui dormir até umas nove da manhã. Caí das nove às quatro da tarde, acordei meio zonzo, o braço inchado – ah, não falei que eu tive uns bernes no braço, tirei com babosa e tava tratando, quando peguei um sabonete medicinal e uma pomada com base de própolis que tinham, sem que eu soubesse, um componente que tem me dado uma reação violenta, me incha a cara e várias partes do corpo, dá uma coceira enorme. Por ser um componente mínimo no total, a reação não foi tão violenta, mas estendeu em muito o tratamento, que até se tornou meio cotidiano. Quando acordei, não tava nada bem. E por um tempinho, esqueci completamente das perguntas, ocupado em tratar – chá de gengibre, alho cru e mastigado, babosa no braço, chá de sempre-viva (que muitos chamam de “penicilina”), cabeça pesada, um sono danado, dormi. Quando acordei, já ia longe o último prazo que eu tinha pra mandar as respostas, eu tinha me desculpado com ela por não ter gravado na Dutra e ela me disse que se eu mandasse pelo menos uma resposta até o dia seguinte antes de meio-dia, daria pro artigo. Mas não deu, não pude, não tava bem, foi muito em cima e num momento difícil mesmo pra dispor um tempinho de cabeça fria pra concatenar as idéias. De qualquer forma, o artigo saiu, eu li hoje e... puxa vida. Muita desinformação e distorção. Fui misturado à direita e a “gurus”, me colocaram opiniões que não são minhas, distorções não sei se intencionais ou não, mas distorções. Como é um artigo do intercept, que respeito desde as revelações da vaza-jato – inclusive comprei o livro – resolvi fazer um apanhado no que foi publicado a meu respeito e manifestar minha opinião, sem querer ofender ninguém, só tentando esclarecer. Trouxe aqui apenas a parte que me diz respeito, entre aspas.

 

“A mão pesada da digitalização vai capturar, vejam só, mesmo aquelas e aqueles que, em nome do juízo e da espiritualidade, procuram se manter “fora” da internet. É o caso do artista e palestrante Eduardo Marinho, que possui uma significativa base de fãs e seguidores nas plataformas: um de seus perfis no Instagram, o @eduardomarinho.viacelestina (mantido por um apoiador), conta hoje com 386 mil seguidores, enquanto o documentário “Observar e Aprender” (2016) tem mais de 3,3 milhões de visualizações no YouTube.”

 

Primeiro, não procuro me manter “fora” da internet, já que tenho páginas no feice – uma pessoal e duas fanpeiges – e um canal no youtube, aberto por mim no ano passado, de tanto ouvi pessoas comentando sobre “meus vídeos”, sem que eu mesmo tivesse feito nenhum. Eram todos feitos por pessoas ou coletivos que postavam em seus próprios canais. O primeiro computador me foi dado, sob a alegação de que eu “precisava”, e ficou desligado um tempão – pensando “não sei mexer nisso, posso estragar, se quebrar não tenho grana pra consertar, então deixa aí”. Mas logo amigos do meu filho me ensinaram a ligar pra ver o gúgol, depois abri um endereço eletrônico e comecei a me corresponder, encontrar pessoas que tinham passado pela minha vida e sumido, contente da vida. Então conheci Márcia, ativista social, que me intimou com o dedo na cara, “tu tem a obrigação de escrever tudo isso que fala”. E abriu um blogue, o observareabsorver.blogspot.com. Isso tudo por conta de um vídeo gravado comigo enquanto eu expunha meu trabalho na rua, no bairro de Santa Teresa, no Rio. Havia trinta anos que vivia do meu trabalho, sempre vendendo nas ruas, nos bares, nas praças, em frente a escolas, e estava satisfeito, um trampo que provocava reflexão, questionamento, conversas produtivas, enfim, tava satisfeito. Mas a internet caiu na minha cabeça sem eu chamar e, quando vi, estavam me reconhecendo por aí, de vez em quando.

O instagram Via Celestina foi aberto e administrado sempre pelo Hare Brasil – que foi quem Fabiana procurou pra me contactar. Já nas filmagens do primeiro filme, Via Celestina, ele tentava me convencer a abrir um instagram e eu recusava. Já tinha ocupação demais com internet e precisava trabalhar pra me manter, porque nunca aceitei publicidade nas minhas coisas, nada meu é “monetizado”, ou seja, não banca minha vida e minhas despesas. Meu trabalho é exclusivamente manual e precisa de tempo pra ser feito. Como o Hare percebeu que eu não iria abrir instagram nenhum, sugeriu ele mesmo abrir, pra divulgação do filme. Tanto que Via Celestina está no título. Nunca fiz uma postagem, nem controlei, o Hare sempre fez o que quis. Lembro de uma única postagem que vi e discordei, pedi pra tirar e ele tirou. Nem lembro o que era. Depois disso, pouco vi a mais, ficou por conta dele. Quando fazíamos já a viagem do segundo filme, Transição, ele usou o insta pra várias coisa, inclusive “ao vivos” pra arrecadar grana, pois a viagem foi interrompida pela pandemia e ficamos seis meses em Cavalcante, na chapada. Ali ele me pediu pra “autenticar” o insta, pras pessoas verem que era eu mesmo por trás daquela página. Passei dados pessoais e o sinal verde foi concedido. Assim foi terminado o filme, a covid começou a chegar por lá e resolvemos voltar.

O Hare foi pra Santa Catarina, trabalhar com música, que é mais o que ele quer na vida. O que tínhamos pra fazer, havia sido feito e não foi pouca coisa. O instagram ficou “autenticado”, cheguei a falar com ele pra “desautenticar”, mas parecia impossível, teria que apagar a página segundo ele, eu podia pedir outra autenticação pra página que minha filha tava abrindo pra mim, mais próxima, e não se desautenticou. Senti um desconforto, afinal foram dados pessoais que passei pra a empresa lá colocar um sinal “autenticando”. Mas como não teve jeito, não disse mais nada. Cada um tomou seu rumo e sua vida pra cuidar. Eu vim pra uma terra que uma filha minha, depois de viver no exterior, trabalhar em navios de cruzeiro e se estabelecer de volta no Brasil, comprou mas nunca ocupou. Nem cerca tem por aqui, estou começando do começo, já que não dá pra expor e aglomerar, que era do que eu vivia.

O documentário Observar e Absorver – citado no artigo – foi feito em 2015, por Carlos Marques Júnior, o Júnior SQL, no embalo de uma série de vídeos que eram feitos comigo, na rua mesmo, por diversas pessoas. E antes tive participação em outro, pouco conhecido, “Escafandristas – cifrões, padrões e exceções”, de Victor Belart, um média metragem que acho valer a pena assistir, tem utilidade coletiva.

 

“Marinho vem há décadas circulando pelo país e falando, seja nas ruas, nos bares ou em auditórios, sobre desigualdade social, a crueldade de nossa elite política e econômica, os resultados desastrosos de uma sociedade que fomenta e privilegia a competição. São críticas extremamente necessárias e também bem comuns no campo da esquerda. Articuladas em nítida separação da esfera política e centradas na ação individual, no entanto, elas  vão se encontrar com o discurso perpetrado por bolsonaristas e afins: se no fim, “é tudo ladrão”, vamos quase todos em busca de um Messias. E estamos sentindo na pele que essa estratégia não dá certo.”

 

“Circulando pelo país” é tão genérico, superficial, não dá a menor idéia da história. Depois de anos na estrada, já com uma filha pequena, fazendo brincos, pulseiras, colares, sapatos de criança, bolsas, pão integral de vários tipos, cheguei em Salvador sentindo necessidade de colocar no meu trabalho o que me engasgava na realidade que eu estava vendo. De colocar o que eu sentia, o que eu pensava, pra expor ao mundo e viver disso. Não eram “críticas”, embora haja espaço pra essa interpretação, não era isso o que eu sentia. Era o que eu via, o que eu sentia, o que eu pensava diante do mundo, usando também pensamentos de outros que dissessem o que eu pretendia que fosse visto no meu trabalho. Esse papo de “é tudo ladrão” nunca saiu da minha boca, minha visão sobre a política institucional é algo mais profunda que isso. O que vejo é o esmagamento do poder econômico-financeiro determinando políticas ditas “públicas”, é o Estado como um Robin Hood ao contrário, permanentemente roubando a maioria mais pobre pra dar a podres de ricos já privilegiados demais diante da miséria. Que existem pessoas bem intencionadas, honestas e conscientes lá dentro, é óbvio. Exceções há em qualquer coletividade. E há serviço em toda parte, não vejo a política exclusivamente partidária, que me parece mais um teatro macabro de marionetes, dominado dos bastidores com o apoio total da mídia.

Meu trabalho é político, onde há qualquer comunidade há política, onde há polis, há política. Essa indução de que só há política nos partidos é apenas uma a mais, validando a estrutura dominada, como se vê, como se estampa com a existência permanente da miséria, do abandono, da sabotagem da educação, dos crimes constitucionais cometidos pelo Estado contra a população desde o império, desde a colônia, desde que chegaram por aqui os europeus. Esperando um “Messias”? Aí eu desconfio que a Fabiana não me viu mesmo falando, sempre rechaçando essa história de guru, várias vezes afirmando que não sirvo de exemplo pra ninguém, sempre deixando claro que o olhar de admiração não me aumenta em nada, do mesmo jeito que o desprezo que encarei por trinta anos não me diminuía em nada, eu sabia bem que não tinha sinais sociais de respeito, artista de rua, mangueador e pobre – o desprezo partia de mentalidades bem conhecidas, induzidas, condicionadas a respeitar a propriedade, não a pessoa. Não tinha porque me abalar.

 

“Várias falas de Marinho apontam para isso: ele sugere sempre que a solução dos problemas não está no sistema político (“podre”), critica a medicina (“é patrocinada pelos laboratórios”, diz no documentário citado), critica o pensamento intelectual (“teórico não gosta de ir para a rua”, no mesmo doc). Assim, joga fora não só a água suja da banheira, mas também o bebê dentro dela, contribuindo para o discurso anti-universidade e anti-ciência que, por exemplo, foi propalado pelo infelizmente inesquecível ex-ministro da Educação, Abraham Weintraub.”

 

Eu não sugiro “solução dos problemas” nenhuma, não tenho um plano infalível pra derrubar o capitalismo. Não digo que o sistema político é podre – mais uma generalização e uma atribuição falsa – digo que a estrutura social é injusta, perversa, covarde e suicida. E que a política partidária é uma encenação safada, onde as minorias privilegiadas têm amplo acesso aos poderes e a população é amplamente enganada, excluída e sabotada. Não vejo solução nem saída, vejo um caminho sendo seguido pela humanidade há milênios, vejo mutação permanente em tudo, nascemos num processo de mutação e morremos nele, temos umas décadas pra participar desse processo multimilenar que não começa quando nascemos e não termina quando morremos.

A medicina e seus cursos são infiltrados por laboratórios e pela indústria da medicina, é minha opinião mesmo. Daí o modelo de medicina lucrativa, que não se interessa por saúde - não dá grana -, que despreza a medicina preventiva - pois é a doença que dá lucro. E não só a medicina que está dominada, a academia, como centro de produção de conhecimento, não seria deixada de fora do controle social pelos parasitas sociais. Daí a gente ver tanta arrogância, tanto afastamento da população, tanta disputa de egos, tanta fragilidade social. O que vale são as exceções acadêmicas, e eu conheço muitas, em geral discriminadas, ironizadas, às vezes perseguidas e excluídas.

Ainda na minha opinião, o conhecimento é restrito a uma “elite intelectual” minoritária, que são os que vão comandar, administrar, supervisionar a massa roubada em seus direitos, construída pra ser mão-de-obra barata, profissionais de baixa qualificação, gente explorável, enganável, conduzível pelo massacre midiático, publicitário e ideológico. O acesso dos periféricos, dos sabotados, roubados no seu direito constitucional ao ensino pleno, é fundamento pra se pensar em harmonia social no futuro.

Abaixo a moça continua me atribuindo equívocos, pra dizer o mínimo. Eu fragilizar a universidade? De onde vem isso? “Simplesmente implodi-la”? Eu queria que a universidade se abrisse a todos os que quisessem, em vez de formar “elites”, inflando egos e egoísmos, orgulhos e vaidades. Queria que ela se abrisse geral, que conscientizasse os “formandos” da responsabilidade social de quem acessa direitos negados à maioria. As afirmações da jornalista estão longe da minha realidade. E ainda me liga a esse presidente aí... fico imaginando se é dificuldade de interpretação, ignorância ou má-fé.

 

“Assim, Marinho também fragiliza a universidade, que pode ser um caminho para amenizar a desigualdade social que ele critica (como professora de uma no interior de Pernambuco, vejo esse fenômeno acontecer constantemente). Também não aponta que uma maior participação de grupos que estiveram historicamente afastados da política institucional – mulheres, pessoas negras, pessoas indígenas, pessoas transsexuais, etc – seja uma das formas de modificá-la por dentro, em vez de simplesmente implodi-la. Foi esse sentimento de destruição que, no fim, nos trouxe Bolsonaro, e não há fractal, chá de hibisco, cordel ou jejum detox que neguem isso.

A romantização da pobreza e o elitismo também são marcas das celebradas falas de Marinho. Em uma aparição no programa Pânico, da Jovem Pan (forte apoiadora do presidente Bolsonaro), ele discorre sobre sua experiência de abandonar a classe média para viver nas ruas. “Eu queria não ter nada. Eu queria me aproximar dos pobres e não conseguia. Deles, eu só via olhar de igualdade quando estava com aspecto mendigo também”, diz em um trecho.”

 

Quem marcou a entrevista na Jovem Pan foi o Hare, eu só tomei consciência de onde estava quando cheguei no estúdio – até na portaria a kombi foi barrada, até os caras da rádio mandarem liberar. E contrastou demais com os carros na garagem. As falas estão deslocadas aí, cada uma tem um contexto diferente. Tô achando que a intenção da mina era me difamar mesmo. Ela é quem deve saber dos seus motivos, porque eu ignoro. E também não me importa, porque difamação já tive bem piores, mais profundas e doloridas. Mas quando leio que “a romantização da pobreza e o elitismo também são marcas” das minhas “celebradas” falas, percebo uma distorção completa e um talvez motivo pra toda essa distorção do que sou, faço ou quero. “Celebradas” demonstra um incômodo com a receptividade do que digo há quarenta anos, trinta sob desprezo e dez sob admiração exagerada. Pra mim, é óbvio tudo o que falo, tá na cara de quem quiser ver – muito embora poucos queiram de verdade.

 

“Em uma animação baseada em uma palestra do artista, publicada em dezembro de 2019 no perfil @eduardomarinho.viacelestina, ele explica que a pobreza (“estas pessoas”, como o artista se refere), por falta de acesso a uma melhor educação, tem “bloqueada” a capacidade da racionalidade. No lugar desta, a população de menor renda tem desenvolvida a sua “intuição”. Aqui, o homem que abandonou uma vida de conforto para construir uma existência na pobreza anti-sistema fomenta uma clássica hierarquização na qual pessoas pobres – e também mulheres – são conduzidas não também por suas capacidades racionais, mas pela emoção. Esse é um argumento classista, machista e racista já visto no discurso de nomes como Paulo Guedes, para quem filho de empregada doméstica e de porteiro não devia entrar na universidade. No artigo “A emoção é negra, a razão é helênica?, o pesquisador Deivison Faustino analisa justamente essa questão pelo viés racial.”

 

Intuição no lugar da razão? Mais um disparate. Não há como acontecer, são complementares, sentimento e razão. O que disse é que, como quando se perde um sentido os outros se desenvolvem, a sabotagem institucional do desenvolvimento racional, através de uma educação que merecesse o nome, acaba causando o desenvolvimento intuitivo, que foi o que mais admirei nos de baixo, além da força interna descomunal pra encarar dificuldades materiais imensas e cotidianas.

 

“A questão é que o charme e o apelo de ser contra-tudo-que-está aí não nos oferecem alternativas palpáveis de ação e, sem elas, continua tudo-o-que-está-aí. A maioria da população brasileira, que vive na pobreza, gostaria de ter à mão alguns “confortos” possíveis à classe média brasileira da qual Marinho preferiu sair – e não estou falando aqui de carros, geladeiras e processadores, mas de saneamento básico, saúde e segurança, por exemplo.”

 

Mais uma vez a Fabiana me coloca como um idiota, atrás de “charme” com o “apelo de ser contra-tudo-que-está-aí”. Totalmente fora da realidade. Não fosse pelo intercept, nem responderia nada, só desprezaria esse texto como inútil. Mas é mais que inútil, é mal intencionado, é mau caráter, afirma a meu respeito desqualificações que não correspondem à realidade, tenta me ligar à essa figura nefasta que ocupa a presidência da república, força a barra de aproximar meu pensamento da mentalidade rasa, ignorante e agressiva dos seus seguidores e apoiadores. Faltou honestidade, sobrou distorção e veneno.

Só pra encerrar, reafirmo. Não tenho e nunca tive intenções de visibilidade – o que aconteceu não foi por iniciativa minha, eu só estava sendo o que sou quando vieram câmeras e fizeram vídeos. Depois foram os convites pra palestras – que eu até estranhei, “ué, não tenho nenhuma qualificação acadêmica, que que cês querem comigo?” perguntei logo na primeira chamada. Não ganho grana com vídeos, não procuro seguidores, não faço “turbinamentos”, não me preocupo com essas coisas, não sou um “youtuber” como tantos por aí, ninguém me viu pedindo likes, curtidas, sininhos e sei lá o quê mais. Vivo do meu trabalho manual há quarenta anos e continuo vivendo, é minha fonte de renda. Não estou me comunicando por interesse, mas por espírito de serviço coletivo. A única coisa que ganho é a satisfação de ver pessoas dando proveito. Não estou preocupado em agradar ninguém nem de manter “seguidores” em lugar nenhum. Nem essa palavra me agrada.

Se me pedirem, publico as perguntas que a Fabiana Moraes me enviou, com as devidas respostas. Eu ia mandar pra ela mas, depois que li o artigo, desisti. Não vale a pena. Acho que ela não percebe que tá me dando um cartaz de graça, com essa difamaçãozinha. Seria melhor me ignorar, irmãzinha, afinal eu sou só um artista de rua, sem qualificação nenhuma, olhando o mundo e dizendo o que tá vendo. Sem referências de ícone revolucionário europeu-acadêmico, só no atrevimento da inguinorança.

Link do artigo completo - https://theintercept.com/2021/05/04/entre-cloroquina-namaste-conheca-direita-gratiluz/

observar e absorver

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