quarta-feira, 6 de abril de 2011

Correntes de mentiras



         Já nascemos envolvidos em mentiras. Desde cedo nos acostumam. Bicho-papão, homem de areia, ladrões de crianças, figuras utilizadas pra controlar crianças pequenas através do medo – tática que se estende por toda a vida, mudando as formas. Imagens falsas, como o coelho que dá ovos de chocolate, ou a figura da maldade e indiferença ao sofrimento em nossa sociedade, a do papai noel, excrescência vestida com as cores da Coca-cola que induz ao consumo compulsivo, na época do Natal – outra mentira, esta da igreja cristã, pra fazer frente às festas do solstício, no norte da Europa -, ensinando a fazer o bem por interesse nos prêmios e evitar o mal por medo do “castigo”, em franco egoísmo. Como fazem as igrejas cristãs, sem nenhuma preocupação real com o próximo (falo apenas das instituições), além da teoria – ou diriam aos ricos que se contentassem em ser menos ricos para que não houvesse abandonados e explorados na sociedade.
         São aceitos como naturais os abismos sociais - econômico, educacional, informacional, de cidadania e dignidade, de direitos e oportunidades. Amarga mentira. Esses abismos são artificiais, construídos a partir de cima, para permanecer por cima. Por cima mesmo dos governos, da política e da mídia, que constrói com a maior competência as mentiras nas quais acreditamos. A população precisa acreditar, para se deixar conduzir a sustentar e manter todo esse esquema perverso contra si mesma.
         Porque é a população quem sustenta com os impostos e trabalho, quem constrói ruas, prédios e calçadas, quem instala, carrega, levanta, derruba, atende, transporta, serve, limpa, cozinha, desentope, manobra, conserta e põe a mão na massa. E é explorada e desprezada, em nossa estrutura social. Roubada em seus direitos básicos e conduzida a desejos de consumos e privilégios superficiais, alienada e narcotizada pela mídia. A parte mais indispensável, mais necessária à sociedade, é exatamente a mais maltratada, a mais perseguida, a mais explorada. E em caso de inconformação, reprimida com desrespeito e violência. Não são claros os motivos de tanta mentira? Sem ricos, a sociedade poderia ser menos injusta. Sem pobres, seria impossível. São eles a base de apoio.
         Impede-se o desenvolvimento do espírito humano, pois ameaçaria o controle dos poucos dominantes sobre a sociedade. E as hipocrisias seguem, junto com a vida. A maior parte das pessoas, abestalhada entre os entretenimentos e os desejos de consumo, tem sua atenção conduzida pela mídia para longe da política – apresentada como um mundo incompreensível entre a falcatrua de muitos e o heroísmo duvidoso de poucos, a hipocrisia de muitos e a honestidade de poucos -, com algo de repulsivo, criando um clima de assunto chato, incômodo, repetitivo, no qual é desagradável pensar.
         Não é à toa. Nesse mundo, o político, se manobram as marionetes do poder, se articulam os interesses das grandes empresas, se negocia com o patrimônio público. O poder econômico local (industriais, latifundiários e outros empresários "de peso"), sócio menor e servidor de gigantescas transnacionais estrangeiras e nativas, controla o aparato público, as instituições, infiltra-se no Estado através das forças políticas, compradas com financiamentos de campanhas. A partir daí, se espalha nos poderes da república em variadas relações, no judiciário, nas estatais, nos serviços públicos, nas empresas prestadoras de serviços. A coisa pública, os bens públicos, o dinheiro público, controlados por interesses privados, fazendo fachada de democracia - só se for a "cracia do demo". Esse é o mundo dos crimes contra a humanidade, do roubo dos direitos básicos à maioria da população para privilegiar essa minoria de serviçais de luxo - que fazem pose de "superiores"- e gerar ganhos além da nossa imaginação para os pouquíssimos realmente poderosos – acima até dos Estados nacionais, a ponto de controlar as políticas públicas. Os povos precisam estar de alguma forma narcotizados, precisam ser ignorantes, desinformados, enganados, para se deixarem conduzir. Simples. Destrói-se o ensino público, controla-se o ensino particular, domina-se a mídia e o trabalho está feito. Fácil, quando se tem o governo, legisladores, altos postos do judiciário e a mídia na mão. E a garantia das forças de segurança, públicas e privadas.
         Dizem que o mundo é uma guerra, a vida é uma competição e que todos são adversários, em suas áreas. Mentira. Somos irmãos seguindo a aventura da vida, nos desenvolvendo e procurando formas de resolver nossos problemas, solidariamente. Somos gregários, precisamos de harmonia, não de competição. A mídia é que nos instiga uns contra os outros, com a idéia furada de “vencedor” e “perdedor”. Nossa união apavora seus patrões. E a eficiência é tanta que mesmo entre os que se dizem revolucionários se vêem esses padrões de comportamentos e valores. Passar da competição à cooperação é um degrau da evolução humana.
         Dizem que felicidade é consumir, é desfrutar e usufruir de luxo e fartura. Mentira. O mais próximo de felicidade que temos é gostar e ser gostado, é abraçar e ser abraçado, é se sentir útil à coletividade, é beneficiar os demais e confraternizar com todos, aprender e ensinar, ajudar e ser ajudado. A mídia nos induz ao consumo egoísta, ao isolamento, condiciona o valor de ser humano à posse, ao poder econômico, ao nível de consumo, e as pessoas se sentem inferiorizadas ou superiorizadas, conforme esses padrões, se envergonham ou se orgulham por esses fatores externos. Induções. Os valores reais são abstratos, estão no ser, não no ter.
         É o consentimento geral o que sustenta essa estrutura. A crença nas mentiras plantadas. Acreditamos e reforçamos as correntes da nossa própria escravidão. Cada um de nós consente, em maior ou menor grau, esse estado de coisas. Cada um de nós pode começar o trabalho em si mesmo, que vai encontrar o que fazer, se for sincero consigo e tiver humildade pra encarar as próprias falhas e condicionamentos. De dentro de si é que o trabalho de mudança externa ganha força, na profundidade das raízes, da sinceridade do sentimento. Pois é do trabalho interno que emanará a força avassaladora de uma verdadeira revolução. Cada revolucionário precisa começar o seu trabalho em si mesmo. Ou será mais um desses superficiais e arrogantes, intolerante e conflituoso, pronto a usar os recursos convencionais dessa estrutura doente, ou apenas reforçará a imagem do revolucionário chato, incômodo e indesejável.
         Ninguém pode se dizer isento de induções inconscientes. Desde pequenos recebemos cargas maciças de publicidade – televisão, rádio, autidórs, folhetos, jornais, revistas, nos ônibus, trens, barcas, metrôs, nos telefones, em cartazes pela rua, na repetição dos refrões das propagandas. E dali não vêm apenas produtos e desejos de consumos. Embutidos, estão valores sociais e pessoais, objetivos de vida e esperanças, criminosas mentiras detalhadamente preparadas pelas empresas (publicitários, marqueteiros e até psicólogos, sociólogos, pedagogos e advogados) e implantados pela mídia.
         Cabe a nós destruir essas correntes, desacreditando-as dentro de nós mesmos e, a partir daí, contagiar à nossa volta, até onde pudermos alcançar. Nós, os que enxergam as correntes, os que não acompanham o gado e não se deixam enganar tanto, os que nos debatemos contra as pressões e lutamos por uma sociedade menos injusta, menos perversa e menos suicida. E mais humana, mais solidária, mais cuidadosa e sincera com todos os seus membros. Enfim, uma sociedade livre das garras de elites, a serviço de todos.

Eduardo Marinho

25 comentários:

  1. Fala irmão! Me lembro de uma citação sua que diz "O mandamento, agora, é conscientizai-vos uns aos outros", e voce, pelo que posso ver, vive aquilo que escreve.

    À propósito, numa das minhas viagens mentais antes de dormir, pensei que pudíamos nos reunir - nós, os interessados em acabar com os elos dessa tal correntes - pra uma reflexão em grupo. Garanto que teria uma molecada muito ativa.

    Pode ser num bar ou ao ar livre... vê se a idéia pega ou se é uma utopia, caro Eduardo!

    Abraços !

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  2. Acabar com os elos das correntes? Não creio. Enfraquecê-los, talvez. Quebrar um elo aqui, outro ali, pode ser, essa é a função. Reunir num bar, é plenamente possível, se vivermos na mesma área. Mas isso é assunto pra imeio. Tem o endereço, no cabeçário do blogue.

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  3. Querido colega não sabes como aprecio o que escreves...O texto de hoje fechou exatamente com o que penso. Tenho divulgado seu blog pelas comunidades da orkut e publicado alguns dos seus textos. Se quiser saber quais comunidades são estas: http://www.orkut.com/Main#Community?cmm=53081892

    http://www.orkut.com/Main#Community?cmm=512888

    Fico sempre muito feliz em ver as cosciências se manifestando e ganhando espaço! Seu blog é lindo e continue com ele pois ele está cumprindo muito bem sua finalidade! Abraços pra vc!

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  4. Adorei, que bom saber que não sou um ET no meio dessa terra que parece tão estranha pra mim.
    Parabéns pelo blog
    Bryanna

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  5. "O importante não é aquilo que fazem de nós, mas o que nós mesmos fazemos do que os outros fizeram de nós."

    "Detesto as vítimas quando elas respeitam os seus carrascos."

    Sartre

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  6. Belo texto. Gostei muito do q disse sobre mudança interior. Me lembrou Mahatma Gandhi:

    "Você deve ser a mudança que quer ver no mundo"

    É bem por aí mesmo. O micro é o macro. O pessoal é o político. Devemos transformar as pequenas escalas e depois ampliá-las...

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  7. Caro Eduardo, paz e bem! Valeu pelo texto...

    "É o consentimento geral o que sustenta essa estrutura. A crença nas mentiras plantadas."

    Optar pelo mais fácil e cômodo, por não requerer ação, sempre foi a opção coletiva. Seu texto retrata não só a condição da modernidade, mas, a história humana. Um aqui, outro ali, conseguem arrebentar as pesadas correntes e, após isso, tentam conscientizar os demais (e ao fazerem isso, vão se libertando cada vez mais). Mas, infelizmente, entre a escolha pela edificação do caráter e a corruptível busca pelo conforto estagnante e pela satisfação dos sentidos desorientados pela mídia, a edificação do caráter se perde com facilidade. E o resultado dessa infeliz escolha se apresenta em cada página da história humana. Várias vozes já lançaram ao mundo, gritos de alerta, entre eles, Abraham Maslow:

    "Se você deliberadamente planejar ser menos do que você é capaz de ser, eu lhe aviso que você será profundamente infeliz."

    E o que mais se vê é um povo mascarando e narcotizando sua inconfessável infelicidade, com os mais variados tipos de festas e práticas esportivas, incentivadas por aqueles que controlam as rédeas públicas. É o circo voador da infelicidade humana sempre pedindo passagem...

    Mas onde estão aqueles que ousam pela originalidade? É bem mais cômodo assistir e sonhar ser, do que ser. É mais fácil ler do que escrever. É mais fácil disseminar as idéias alheias do que as próprias percepções. É mais fácil criticar do que se arriscar... Ninguém quer dar a cara para bater. Mas, para obter a coragem de dar a cara para bater, é preciso antes, estar farto de apanhar. E os poucos fartos, com textos como o seu, solitariamente se perguntam:

    - Até quando você vai ficar sem fazer nada? Até quando vai ser saco da pancada midiática?

    Um forte fraterabraço!

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  8. Excelente texto. Como sempre, compartilhamos das mesmas idéias. Posso não conhecer nem 1% da verdade, mas sei que o que eu vejo não é parte da verdade.

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  9. Vale lembrar que a mídia não é o único vilão trancafiado numa torre de marfim confabulando sobre o destino do povo, falta de educação gera alienação!

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  10. Mídia, vilão? Não. A mídia é um instrumento precioso nas comunicações com e entre a população. Por isso mesmo é usurpada pelo poder econômico das grandes empresas e posta a seu serviço, deformando mentalidades e humanidades, escondendo e deturpando a realidade, para o povo ser tratado e conduzido como gado. Os vilões são os que controlam as comunicações no país e no mundo, usando seus vilõezinhos de luxo que, esses sim, se instalam no aparelho midiático fazendo o papel de barões da mídia, de elite nacional, escondendo sua subalternidade aos ladrões dos povos e de, incrivelmente, defensores da liberdade de imprensa (quando as liberdades que eles realmente defendem é a do monopólio, a do controle da coisa pública pela privada e a de mentir descaradamente às populações roubadas). Deixe estar, jacaré, que a lagoa há de secar.

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  11. Veja:
    http://www.youtube.com/watch?v=TsnhnmGF23c
    Vale muito a pena.

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  12. Grande texto Eduardo!!! Vou passar para quantos amigos puder!!! No entanto a maioria deles não gostam muito de ler, ou melhor, odeiam ler, uma geração preguiçosa!!! Seria muito mais produtivo você postar mais vídeos, assim a mensagem é rápida, versátil e clara para os leigos!!!
    Fica aí a minha sugestão!! Até mais parceiro, saiba que estou com ti, te acompanhando, estamos juntos!!!
    Viva o Comunismo!!!

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  13. Soube da sua existência hoje, através de um vídeo que um grande amigo compartilhou no facebook (compartilhei também). Ela me chegou como um espanto. Senti-me fascinada. A sua lucidez chega a ser palpável.

    *Fiz Belas Artes (risos). Não dava pra ser nada além daquilo que nasci para ser.

    Um abraço,
    Dôra Araújo

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  14. Eduardo, conheci um pouco de tuas idéias num video que uma amiga postou no facebook, fiquei encantada como a forma e o conteudo de tuas idéias. Quero conhecer teu trabalho e não consigo entrar nesse observareabsorver-vendadetrabalhos.blogspot.com. De qualquer forma parabens pela clareza e pela coragem.
    Monica.

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  15. Oi, Mônica. Removi o link, ele não estava prestando mesmo, também eu não consegui entrar. Perdi um tempo tentando acertar isso, não consegui e perdi a paciência. Outras coisas pra fazer, agora. Mas deixei o endereço do blogue-banca (blog-galeria, pra fazer um pouco de pose), teclando o nome lá em cima. Devido ao meu semi-analfabetismo virtual, só por aí.

    Não precisa parabéns pra quem tenta apenas se salvar do tédio e da falta de sentido na vida. As boas lutas e lidas são o melhor tempero.

    Eduardo.

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  16. Eduardo, agora sim! Consegui ver teu trabalho. Adorei. Aceita o parabens sim. Ele é merecido. trabalho bacana, idéias limpas, claras fortes.
    Eu uso uma frase no consultório mt parecida com um dos teus quadros;" a ilusão é o caminho mais rápido pra frustração!" Quero esse quadro pra mim. Posso comprar e vc manda pelo correio? é isso mesmo?
    bjs

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  17. muito bom o texto Eduardo, claro, conciso e realista.
    absorvido,abraços!

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  18. Valeu man, mais um texto daqueles que dão uma lavada na alma. O Emanuel falou de vídeos, já vi gente falando do tamanho dos textos...realmente não é fácil passar msg por texto a uma sociedade que é ensinada desde cedo que ler é chato, que devemos evitar conversar sobre assuntos polêmicos, entre outros "cercos virtuais".

    Grande abraço

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  19. Cercos reais, cê quer dizer, né? Muito antes da internet, já me diziam que não era pra perguntar tanto, que o mundo sempre foi assim e sempre vai ser, que questionar era problema...
    Vídeo é uma idéia, a falta do hábito da leitura é um fato. Lamentável, mas fato. É preciso levar em conta, trabalhar com isso, é a realidade.

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  20. rsrs verdade. Cercos invisíveis mas reais. Eu mesmo cheguei ao seu blog através de um vídeo seu, hj leio e indico todos os seus textos.
    Ahh e a idéia do vídeo só não é melhor que a da roda de bar hahaha quando for ao RJ tentarei contato.

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  21. O seu texto é fabuloso, eu realmente gostaria de ter escrito algo assim. O que mais me entristece é saber que muitas, mas muitas pessoas leriam esse texto e não entenderiam. Impressionante como tudo segue seu curso: Política e seus interesses torpes, mídia e incentivo ao consumo e sensacionalismo, religião e as recompensas e o medo de um inferno... Não consigo conceber que as pessoas acreditam em toda essa fantasia.

    Parabéns pelo blog.

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  22. A verdade é que Jesus andava descalço, peregrinando, falando da paz e do amor do Pai, sem usar dinheiro, sem bolsa, vestido apenas de um pano. O Filho de Deus. E nós? Gostamos de ser controlados, devido a falsa sensação de segurança. Seus olhos estão bem abertos, mas a nossa luta não é contra a carne nem contra o sangue, se matarem o principe, outro assumirá em seu lugar, por isso é contra principados e potestades, as heranças acumuladas, mas principalmente contra as hostes espirituais nos lugares santos, a nossa luta é contra Samael e seus seguidores, os caídos. Deus te abençoe e te dê discernimento, sempre, que a paz de Jesus esteja em sua vida. Amém.

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  23. Belo Blog, belo texto. Acredito que pessoas assim como você, com disposição para falar e viver (já vi um vídeo onde você fala um pouco de você) de forma sincera e autêntica, é o que precisamos para constituirmos uma sociedade mais plena e justa.

    Mas enfim, não poderia deixar de apontar o que considero, segundo meu ponto de vista, uma falha no seu argumento.

    Quando dizes que:
    "São aceitos como naturais os abismos sociais - econômico, educacional, informacional, de cidadania e dignidade, de direitos e oportunidades. Amarga mentira. Esses abismos são artificiais, construídos a partir de cima, para permanecer por cima."

    Na verdade, tais abismos são de fato naturais. Naturais no sentido em que a natureza está repleta deles. Basta assistir qualquer documentário, ou ler qualquer estudo acerca da composição hierárquica entre as espécies que vivem em grupo, para constatarmos rapidamente que há uma escala social injusta, onde muitas vezes o macho alfa rouba a caça dos outros machos e reclama para si a propriedade das fêmeas, constituindo assim um regime de exploração muito mais brutal do que o que vivemos. Tal organização natural contribui inclusive para a seleção dos individuos mais aptos a sobrevivência e consequentemente para a evolução da espécie.
    Mas essa é uma constatação científica, e claro, somos humanos e como tal, podemos e devemos fazer nossas próprias leis, idenpendete se são naturais ou não, acredito que nossa humanidade consiste exatamente nessa transcendência dos ditames da espécie, do biológico, do instintivo, e que nos possibilita seguir nossas próprias regras.
    Nesse sentido esse modelo que falas é de fato natural, mas não nos impossibilita de superá-lo, afinal de contas não há nada mais desumano do que deixar um membro de nossa espécie morrer de fome, enquanto tantos outros esbanjam e disperdiçam tanto. Isso até pode ser natural, mas concerteza não é humano. Ou seja a finalidade do teu texto esta correta, eu só mudaria esse argumento.

    É isso, espero que me leia com atenção.

    Grato

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  24. Caro Eduardo, boa noite!

    Conheci seu blog atraves de um video seu na qual suas palavras me deixaram muito pensativo. Gostaria de compartilhar com você um pequeno inicio de algo que eu e meus amigos estamos iniciando.

    http://matucaras.blogspot.com/

    Fizemos esse blog com intuito de registrar o pensamento de cada companheiro da nossa turma aqui de amigos. Somos um grupo que questiona a vida, as coisas que acontecem e muitos não percebem, buscamos sempre documentarios, filmes, frases, livros e etc que nos ajudem a libertar a mente, ver que existe um mundo maravilhoso nas coisas simples, bem perto de nossos olhos, mais alguma coisa muito forte existe e impede as pessoas de descobrir isso.

    Como disse é uma idea que colocamos em pratica para registrar nossos pensamentos e com isso conhecer pessoas que também pensam assim, agem assim e querem mudar alguma coisa.

    Nosso blog esta muito simples ainda, apenas um inicio, mas gostaria de qualquer comentario, uma dica ou qualquer outra coisa. Vindo de uma pessoa como você poderia ser um incentivo muito grande para dar continuidade.

    Temos conversas gravadas, musicas feitas, vamos pra um bar ou algo do tipo e costumamos levar um caderno e uma caneta para registrar algo interessante que possa surgir, e com isso analisar a linha de pensamento e ter material para mostrar as pessoas. O inicio esta surgindo e gostaria de compartilhar com quem tiver interessa também.

    Não sou muito bom com as palavras, desculpe se não tive um objetivo mais concreto no comentario, mais ando pensando seriamente em não ter medo de não ser compreendido e botar as ideias pra fora, e com isso ja se muda, se arrisca, se reinventa.

    Muito bacana o seu texto e o seu trabalho, ja divulguei muito videos seus e o blog. Continue sua jornada companheiro.

    Abraços!

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  25. Assisti seus vídeos ontém e por haver uma identificação resolvi te pedir ajuda ou mesmo colaborar para seu blog. Estou sendo vítima de uma quadrilha do judiciário de São Paulo por ter feito meu trabalho corretamente e previsto (tecnicamente) acidentes aéreos que aconteceram. Eu quem pagou o pato e ainda fui acusado de furto de carga e tráfico de drogas. Foram tantas pessoas que participaram dessa violência que fizeram comigo que criei um blog para não ser taxado de lunático. Trata-se na verdade de um dossiê eletrônico. Por favor visite www.oberdanbarbosa.wordpress.com e se possível ajude a divulgar.
    Cordialmente
    Oberdan

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