A tevê nojenta faz matéria de menos de um minuto sobre a tragédia ianomami. Cita a morte de 570 crianças como quem fala da morte de 570 bois por febre aftosa, uma vez só, de passagem. Diz das providências que estão sendo tomadas pelo novo governo, sem citar o novo governo. Em nenhum momento questiona as causas da tragédia e do aumento escandaloso dos crimes cometidos, desde 2016, mas que aumentou mais ainda depois de 2018.
Eu já vinha acompanhando, por postagens de informativos indígenas - há vários, embora muito pouco vistos pela população em geral - os assassinatos de indígenas, estupros, expulsões, invasões de garimpeiros, madeireiros, criadores de gado e plantadores de soja. Estive pela Amazônia, há mais de trinta anos, e sei que suas terras "demarcadas" ou "em homologação", as terras onde vivem são cercadas por ambições e ódio destrutivo, em todo o território nacional. A difamação e a criação de desprezo - pelas mídias locais - servem como "justificativa" pros crimes cotidianos, os maus tratos e a repulsa por parte de pessoas sabotadas em informação e instrução.
Os ataques nunca pararam, desde a chegada dos europeus, há séculos, mas nos últimos anos esses criminosos tiveram incentivo do próprio governo, que desarmou os poucos esquemas institucionais de defesa desses povos, das florestas, do meio ambiente. O massacre estava liberado, sob o ocultamento da mídia privada (mais privada do que nunca, como depósito de merda) e a exultação da ganância assassina. A mudança de governo pra um menos desumano mostra vontade de conter essa desgraça toda. Mas os elementos que a causam continuam ali, cercando as terras indígenas, babando de ambição e ódio aos que consideram um mero impedimento aos seus objetivos. Esses dias mesmo, no sul da Bahia, dois meninos foram mortos a tiros, quando voltavam pra sua aldeia em área retomada - se não me engano, um tinha 17 e o outro 22 anos. É prática cotidiana desta "civilização" o genocídio indígena - e dos pobres, nas cidades, pelas próprias "forças de segurança" da sociedade. Segurança pra quem?
quando a europa chegou invadindo tinha uns 8 milhões de pessoas vivendo no que é o brasil e era pindorama, agora foram reduzidos a centenas de milhares, e o povo que não é isolado sofre, o que é isolado ta sob ameaça. agora tem uma contagem de uns 20 mil garimpeiros na ti yanomami. os jornais, se é que da pra chamar assim, de repente pela proximidade com a merda do cachorro, falam de doações, dão a entender que indígena precisa de roupa, comida, dinheiro, e não conseguem uma vez chamar os indígenas de pessoas, repetem 30 vezes no mesmo texto indígena, pra não chamar de pessoa. os originários precisam é se livrar dos garimpeiros, por causa dos garimpeiros eles não conseguem caçar porque não tem segurança na caça, só tem doença, na água tem veneno e no ambiente que é terra deles, dito assim porque a gente não sabe dividir, não sabe casar, só sabe estuprar, as doenças são levadas de fora. eles precisam de segurança e de respeito pra eles não serem enganados a se integrar ao nosso tipo de sociedade infeliz e acabar deixando a deles pra tras. eu acredito que o futuro é indígena, que a estrutura de vida mais amorosa é dentro de uma aldeia, de preferencia ha uns 100km de distancia da nossa civilização.
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