quarta-feira, 9 de outubro de 2013

É pública minha posição apartidária - não confundir com "apolítica", que é uma posição impossível -, pela idéia de que a estrutura política, assim como todas as estruturas da sociedade, estão infestadas de interesses empresariais, que se infiltram por todas as brechas dos poderes e das instituições. A luta por espaço nas comunicações é crucial, a luta por uma educação verdadeira, por uma tributação justa, por uma sociedade mais solidária passa pela conscientização geral. A partir de dentro de cada um, nos seus próprios condicionamentos em valores e comportamentos, o trabalho externo se torna mais eficiente. Esta é a minha opinião, há quem discorde.

Dentro das instituições, porém, há gente decente trabalhando. Convivendo dentro da estrutura corrompida e sofrendo a angústia da própria diferença com o ambiente rotineiro. Não é à toa que vazam informações, denúncias, se tomam ações que resolvem problemas pontuais. Pessoalmente, estamos do mesmo lado, desejosos de uma sociedade em nome de todos, não de uns poucos e em prejuízo da maioria.

É preciso lembrar que NÃO INTERESSA a esses poucos vampiros encastelados em palácios, luxos e ostentações uma educação verdadeira. A ignorância da população é fundamental pra manter esse Estado corrupto que não cumpre nem mesmo sua própria constituição, pomposa e ironicamente chamada de "carta magna". A pompa impressiona a ignorância, a mídia a conduz. É preciso saber contra o que lutamos.

A Sônia fez um pronunciamento que traduz o que sinto diante desse quadro. Ela é parlamentar. Vereadora. Eu acho. Não me ligo muito porque não acredito que a política partidária possa ir muito além da cosmética e de ações pontuais. Válido, mas já tem gente trabalhando aí e eu tenho outras vertentes no mesmo trabalho.

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"Assistimos nesta terça-feira, dia 1, a um dos mais degradantes episódios de submissão de decisão parlamentar à vontade do Poder Executivo, através da aprovação do Plano de Cargos e Salários dos profissionais da Educação, contra a vontade de seus funcionários e sem qualquer discussão com a sociedade civil.
Uma votação feita sob regime de urgência e a portas fechadas pelo Batalhão de Choque da Polícia Militar do Plenário da Câmara de Vereadores!  Nada pior poderia ficar registrado nos anais da história da Casa Parlamentar e da Educação no Rio. 
Lá dentro, 36 vereadores da base do prefeito, absolutamente fiéis não ao que acreditam como valores educacionais, mas ao que creem como lógica política. Ou seja, a troca constante de favores e benesses em seus bairros – não diretamente “mensalões, – mas empregos, cargos, asfaltos, licenças, internações, obras, entre outros. Enfim, verdadeiros xerifes das áreas.
Em algum momento sentiu-se neles qualquer preocupação, ainda que vaga ou genérica, de que talvez fosse prudente e necessário ouvir as pessoas para  poder debater esse importante Plano de Cargos de Salários dos professores e dos profissionais da Educação que cuidam por décadas de mais de 750 mil crianças do nosso Município e que comprometem o nosso futuro no mínimo pelos próximos vinte anos?
Estavam eles preocupados em saber o que se tinha a dizer a respeito das proposta dos membros do Conselho Municipal de Educação? Por algum momento seu entes foram ouvidos pelos vereadores?
E os notáveis do Conselho da Cidade foram ouvidos?  Ou os notáveis também nada tinham a dizer sobre esta questão “menor”, que é o Plano de Cargos e Salários a Educação?
Por que nem os vereadores, nem mesmo os membros das Comissões de Educação, fizeram audiência pública para escutá-los?  Por que não ouviram os inúmeros e excelentes especialistas em Educação que desenvolvem, há anos, magníficos trabalhos na cidade do Rio de Janeiro?

Plano de Carreira do pessoal da Educação na Cidade do Rio não é, definitivamente, assunto nem de palpiteiro, de novato ou de twitteiro. Não temos mais tempo a perder neste assunto. Não basta somente a informação maniqueísta do que diz o Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação em confronto do que diz o prefeito ou a sua secretária.
Queremos o debate com os pais, professores, pedagogos, alunos e técnicos. Uma politica de estado na educação básica no Rio que atraia jovens para esta profissão, que exige sempre uma doação espiritual e social.
Por isso, digo e repito, me envergonho do que vi acontecer no Plenário da Câmara Municipal do Rio de Janeiro, com professores da rede publica apanhando da polícia do lado de fora na rua e vereadores escarrapachados em suas cadeiras, com ares de absoluta indiferença, “cumprindo o determinado”.
Hoje, o Rio não amanheceu como sendo a nossa Cidade Maravilhosa. Mas, esta história ainda não chegou ao seu final, definitivamente, pois quem faz a Cidade ser maravilhosa somos nós e não eles…"
 Confira como votaram os vereadores:
Votaram SIM os vereadores Alexandre Isquierdo, Átila A. Nunes, Carlos Bolsonaro, Chiquinho Brazão, Dr. Carlos Eduardo, Dr. Eduardo Moura, Dr. Gilberto, Dr. Jairinho, Dr. João Ricardo, Dr. Jorge Manaia, Edson Zanata, Eduardão, Eliseu Kessler, Elton Babú, Guaraná, Jimmy Pereira, João Mendes de Jesus, Jorge Braz, Jorginho da S.O.S, Junior da Lucinha, Laura Carneiro, Leila do Flamengo, Luiz Carlos Ramos, Marcelino D’Almeida, Marcelo Arar, Paulo Messina, Prof. Uoston, Rafael Aloísio Freitas, Renato Moura, Rosa Fernandes, S. Ferraz, Tânia Bastos, Thiago K. Ribeiro, Vera Lins, Willian Coelho e Zico.
Votaram NÃO os vereadores Carlo Caiado, Cesar Maia e Tio Carlos.

5 comentários:

  1. Opa, e a ideia do partido: PARE Pra Pensar.

    Esquece não hein!! Abração velho!

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    1. Partido Apartidário REvolucionário - PARE (pra pençá) rs

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    2. "PARE" Muito bom kkk.... Como diria o Mestre RAS Leo Carlos "violentamente Pacifico" (e quem não o conhece... Vale muito a pena) .... E não esquece de me mandar por email as novas edições do "PENÇA" .... Aquelas que tu me deu aqui em Floripa já rodaram a cidade inteira...
      ....Fica na Paz....

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  2. É a polícia desempenhando a verdadeira atividade para que ela foi criada....
    lamentável....

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  3. sem mais violência, o respeito humano, como tal, alos

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