sábado, 8 de março de 2025

O problema é estrutural - não é nenhum governo, mas a estrutura social.

Os governos têm sua personalidade, seu estilo e suas intenções que variam entre si. Mas nenhum governo criou a corrupção, não se elimina a corrupção derrubando um governo. Isso é uma distorção da realidade estratégica pra esconder os responsáveis pela perversidade social que cria miséria, desabrigo, fome, doenças, injustiças e sofrimento na vida de milhões e milhões de pessoas, pra falar só do Brasil. No mundo todo, ou quase todo, é a mesma coisa. Um punhado de podres de ricos pisando nos povos.

A estrutura social foi construída pra ser corrupta, corrompida e corruptora, porque isso favorece o controle pelos poderes econômicos. Todos os governos convivem com isso, mas quando algum se dispõe a servir também os de baixo, a mídia berra "corrupção, corrupção, corrupção!!", junto com os corruptores e os corruptos - podres de ricos e seus representantes institucionais, como tantos nos poderes públicos), porque não se pode derrubar um governo alegando que ele tá servindo aos mais pobres, os explorados do sistema, roubados em seus direitos constitucionais - seria muito descaramento. A corrupção é um coringa para os podres de ricos derrubarem governos que escapam do seu controle.

À medida em que for sendo enxergada essa estrutura, ela vai sendo modificada. Daí o esforço em manter o povo cego, iludido, enganado, desinstruído e desinformado. O esquema social é diabólico e fala em Deus, pra se manter como é, sem modificações, transformando as injustiças e os crimes de Estado contra o povo em "castigo divino". Assim se desvia a atenção das verdadeiras causas sociais e se impõe a responsabilidade (culpa) sobre as vítimas.

O que são privilégios?

 O Zé Jorge falou que "é muito difícil alguém abrir mão dos privilégios da sociedade opressora, para defender a sociedade dos oprimidos , como o Eduardo Marinho, sabendo ainda que, muitos desses oprimidos sustentam esses opressores."

Não é tão difícil quando se percebe que esses "privilégios", na verdade, são resultado das injustiças e dos crimes sociais contra a população. Há incomparavelmente muito mais oprimidos do que opressores, o que faria mais exato dizer "sociedade oprimida" sob "poderes opressores" de um punhado de podres de ricos, parasitas sociais e controladores do Estado e das comunicações. De qualquer forma, minha atitude não foi pra "defender a sociedade dos oprimidos", mas sim conhecer o chão, a base, os alicerces da sociedade - de dentro, porque de fora só se vê a superfície e qualquer impressão é pouca. Em meio à pobreza e ao submundo, percebi uma riqueza imensa e, até então, desconhecida. Do tipo que se pode distribuir sem nunca acabar, do tipo que se leva da vida, quando ela acaba. Aí estão os privilégios verdadeiros, que satisfazem a alma, e não o ego - diante de uma visão de mundo onde se vale o que se tem, ou o que se ostenta.
Por fim, os "oprimidos" que "sustentam esses opressores" não têm seus direitos respeitados, sobretudo na formação humana, de senso crítico e auto-estima, e nas informações do jornalismo mercenário, pra perceberem o que estão fazendo. Culpar as vítimas, quando não é uma estratégia de distorção da realidade, é uma arrogância de superfície que cega os olhos da percepção verdadeira - o que, aliás, é muito mais cômodo pra encerrar o assunto e mudar o foco pra assuntos mais agradáveis, embora longe de entender o funcionamento desta sociedade injusta, perversa e covarde em sua estrutura.
Há quem prefira pensar no carnaval, no seu time de futebol, nos entretenimentos dispersivos, no seu "hobby" ou em qualquer assunto mais superficial. Isso é estar de acordo com as induções programadas que desviam a atenção das raízes das mazelas sociais.

sexta-feira, 7 de março de 2025

Piscininha de crianças, superficialidade total.

 Durante o governo Lula fui chamado de bolsonarista, por críticas a construção de Belo Monte, atropelando os Kayapós, e pelas obras da copa e das olimpíadas, que expulsaram cerca de 250 famílias das suas casas, no Brasil inteiro, na base do ataque policial, com bombas, gás lacrimogêneo e porrada. Agora sou chamado de "defensor" do Lula por mencionar as evidentes falcatruas no julgamento e nas reais intenções do golpe - desmantelamento das empresas que ganhavam concorrência das estadunidenses (construção pesada), das indústrias naval e de tecnologia, na lava-jato que, na verdade, usou a "corrupção" como pretexto mentiroso, empregando traidores da nação comprados por fortunas. O Brasil foi reduzido a exportador de matérias-primas, a produção de conhecimento foi perseguida e enquadrada, cientistas saíram do país aos magotes, professores de história e geografia foram encurralados e perseguidos, em sintoma claro de criação de mais ignorância. Acusadores dos dois lados brincam em piscininhas de crianças, com sua mentalidade superficial. O ódio não faz parte do meu cardápio de sentimentos, mas essas pessoas são incapazes de assimilar isso. Nem acreditam, porque alimentam ódios e destrutividade contra seus "inimigos" (eles não têm adversários ideológicos, mas inimigos a serem eliminados, como na mentalidade nazista da segunda guerra mundial. Eu teria vergonha de ter uma visão tão superficial e tão claramente induzida ao conflito - que evita o aprofundamento das análises. Não brinco em piscininha de crianças. E essa história de "dois lados" mantém a superficialidade das discussões. Há inúmeros lados que as comunicações empresariais dominantes escondem. Pros interesses econômicos, o conflito e a superficialidade mental são uma necessidade pra manter o domínio sobre as instituições e a política partidária. Há muito mais política do que partidos, mas a ignorância programada não consegue ver.

terça-feira, 25 de fevereiro de 2025

Carta de Cláudia do México aos povos latinoamericanos.

 IRMÃOS, NÃO NOS ENGANEMOS: O INIMIGO É O MESMO PARA TODAS AS CIDADES DA NOSSA INDO-AMÉRICA.

Claudia Sheinbaun

Presidente do México


"Por que o imperialismo quer nos ver divididos? 

Porque sabe que juntos somos invencíveis. Os EUA, potência que se veste de democracia enquanto exporta golpes de Estado, espetaram as garras na nossa terra com uma estratégia clara: dividir para saquear.

No Chile, financiou o golpe contra Allende para impor Pinochet e dar o cobre às suas corporações.

Na Nicarágua, ele armou os Contras para afogar em sangue a Revolução Sandinista.

Na Venezuela, desencadeou uma guerra económica e sanções criminosas para roubar o petróleo e derrubar um povo que se atreveu a olhar para o futuro com soberania.

No Brasil, ele usou a Lawfare para prender Lula e travar a ascensão dos pobres.

Na Bolívia, apoiou um golpe contra Evo Morales para entregar o lítio aos seus transnacionais.

Em Cuba, mantém um bloqueio genocida por seis décadas, punindo um povo que escolheu ser dono do seu destino.

Das terras ardentes do Rio Bravo às águas embravecidas da Terra do Fogo, somos um só povo, uma só alma tecida com os fios da resistência, dignidade e sonhos compartilhados. A Pátria Grande não é uma utopia: é o batimento cardíaco da nossa história, a memória viva daqueles que lutaram para nos ver livres, de Tupac Amaru a Bolívar, de Martí à Che Guevara. É o território sem fronteiras onde o quechua, o espanhol, o português, o guarani e todas as vozes originárias se fundem num coro que canta: Unidade!

Cada ferida aberta em um país é um ataque a todos. O imperialismo não teme governos isolados: teme os povos unidos. Impuseram-nos tratados que privatizam a água, a saúde e a educação; militarizaram os nossos territórios para controlar os recursos; manipularam os meios de comunicação para semear o medo e o individualismo. Mas a sua arma mais letal é fazer-nos acreditar que somos inimigos, que a pobreza de um é culpa do outro, e não do sistema que nos sangra.

A Pátria Grande é a resposta. É o abraço solidário entre o trabalhador argentino e o camponês colombiano; entre a professora mexicana e o engenheiro venezuelano; entre os jovens que nas ruas do Peru, Equador ou Honduras exigem justiça. É entender que a independência do Haiti, alcançada com sangue em 1804, é tão nossa quanto a vitória de Ayacucho. É saber que quando o Paraguai foi massacrado na Guerra da Tripla Aliança, eles não perderam apenas os paraguaios: perdemos todos.

Unidos não somos vítimas: somos titãs. A Zamba de Vargas, a batalha de Carabobo, o grito de Dolores, a resistência mapuche, as Mães da Plaza de Maio, os zapatistas levantando a voz em Chiapas... Toda luta é um elo da mesma corrente que hoje nos chama a quebrar as correntes. Soberania não se negocia: defende-se. E para defendê-la, precisamos de uma união política, econômica e cultural que nos permita trocar sem depender do dólar, produzir alimentos sem agrotóxicos, educar com pedagogias libertadoras e proteger nossa Amazônia como pulmão do mundo.

Irmãos, não nos enganemos: o inimigo é o mesmo.

* Enquanto Wall Street especula, nossos povos têm fome. Enquanto Hollywood nos vende falsos ídolos, eles enterram nossas identidades.

Mas nós temos algo que eles nunca terão: a certeza de que a história é escrita pelos povos.

Hoje, quando o neoliberalismo recicla seu rosto com falsas promessas, quando a Quarta Frota Americana vigia as Caraíbas e as bases militares se multiplicam na Colômbia e no Brasil, é hora de gritar a uma só voz:

Chega de interferência! Chega de pilhagem!

Que a UNASUR ressurja, que a ALBA cresça, que a CELAC seja o nosso escudo. Vamos organizar assembleias populares, redes de comunicação própria, moedas regionais, exércitos de mestres e artistas que despertem consciências. Porque a verdadeira independência se conquista com educação, organização e amor ao próximo.

*Somos a geração que pode tornar realidade o sonho de San Martin e Manuelita Saenz.

* Não esperemos que nos resgatem: sejamos nós a trincheira, o poema, a semente. Que cada bairro, cada fábrica, cada sala de aula seja um território livre da Pátria Grande.

Viva a América Latina unida! Até a vitória sempre!

Porque na nossa união está a força, e na nossa luta a liberdade."

Claudia Sheinbaun 

Presidente do Mexico

terça-feira, 4 de fevereiro de 2025

Inteligência Artificial

 Fiz duas perguntas a uma "inteligência artificial" (Queen2.5-Max), ligadas entre si, questões que me acompanham há muito tempo, por conta do incômodo de viver numa sociedade extremamente injusta, perversa e mentirosa. Achei boas as respostas.

Quem detém o maior poder sobre o mundo?

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Qwen2.5-Max

A pergunta sobre quem detém o "maior poder sobre o mundo" é complexa e multifacetada, pois o conceito de poder pode ser interpretado de várias maneiras — político, econômico, militar, tecnológico, cultural ou até mesmo ideológico. Além disso, o poder global está distribuído de forma desigual e muitas vezes é exercido por diferentes atores em diferentes contextos.

1. Poder Político

  • Estados-nação : Historicamente, os Estados-nação têm sido os principais detentores do poder político global. Países como Estados Unidos , China e Rússia são considerados superpotências globais, com influência significativa nas decisões internacionais por meio de instituições como as Nações Unidas , onde possuem assento permanente no Conselho de Segurança.
  • União Europeia (UE) : Embora não seja um país, a UE exerce uma enorme influência política e econômica coletiva, especialmente em questões comerciais e regulatórias.

2. Poder Econômico

  • Corporações Multinacionais : Empresas como Apple , Amazon , Google (Alphabet) , Microsoft e Saudi Aramco têm valor de mercado colossal e impacto econômico global. Elas moldam indústrias inteiras, influenciam políticas públicas e afetam bilhões de pessoas ao redor do mundo.
  • Bancos e Instituições Financeiras : O Fundo Monetário Internacional (FMI) , o Banco Mundial e grandes bancos privados como JPMorgan Chase e Goldman Sachs têm um papel crucial na economia global, ditando fluxos financeiros e condições para países em desenvolvimento.
  • China : Como a segunda maior economia do mundo, a China tem crescido rapidamente e se tornado uma força dominante no comércio global, além de ser uma grande credora internacional.

3. Poder Militar

  • Estados Unidos : É amplamente reconhecido como a maior potência militar do mundo, com o maior orçamento de defesa e presença militar global em várias bases ao redor do planeta.
  • Rússia e China : Também possuem arsenais militares impressionantes, incluindo armas nucleares, e têm capacidade de projetar poder em várias regiões do mundo.

4. Poder Tecnológico

  • Tecnologia da Informação e Inteligência Artificial : Empresas de tecnologia como Google , Meta (Facebook) , Tesla , Alibaba e Huawei estão moldando o futuro da comunicação, automação e inteligência artificial. A posse e o controle de dados massivos dão a essas empresas um poder sem precedentes.
  • Cibersegurança e Ciberguerra : O domínio das redes digitais e a capacidade de realizar ataques cibernéticos também são formas de poder que países e corporações podem explorar.

5. Poder Cultural e Ideológico

  • Soft Power : O poder cultural, ou "soft power", refere-se à capacidade de influenciar outros países e povos por meio da cultura, valores e ideologias. Os EUA, por exemplo, têm exercido esse tipo de poder por décadas através do cinema, música, moda e estilo de vida propagados globalmente pela indústria do entretenimento de Hollywood.
  • Religiões e Movimentos Sociais : Religiões como o Cristianismo, o Islã e o Budismo, assim como movimentos sociais e ideológicos (como o ambientalismo), também têm influência significativa sobre populações ao redor do mundo.

6. Instituições Internacionais

  • Organizações como as Nações Unidas , o FMI , o Banco Mundial e a Organização Mundial do Comércio (OMC) desempenham papéis fundamentais na governança global, estabelecendo normas e regulamentos que afetam todos os países. No entanto, essas instituições frequentemente refletem os interesses das maiores economias e potências políticas.

7. Indivíduos

  • Alguns indivíduos extremamente ricos e influentes, como Elon Musk , Jeff Bezos , Bill Gates e líderes políticos como Xi Jinping e Vladimir Putin , têm capacidade de moldar eventos globais por meio de suas decisões empresariais ou políticas. Eles podem influenciar desde avanços tecnológicos até mudanças geopolíticas.

Conclusão

Não há uma única entidade ou pessoa que detenha todo o poder sobre o mundo. Em vez disso, o poder global é distribuído entre uma combinação de estados-nação, corporações multinacionais, instituições internacionais e indivíduos influentes. Cada um desses atores exerce seu poder de maneira diferente, dependendo do contexto e da área específica (política, econômica, militar, tecnológica, etc.). Portanto, o "maior poder sobre o mundo" é, na verdade, uma rede complexa de influências e interdependências.

O poder sobre o mundo não está na economia, da qual dependem os outros poderes - militar, político, institucional?

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Qwen2.5-Max

Você levanta um ponto crucial: a economia é, de fato, a base sobre a qual muitos outros tipos de poder se sustentam . Essa visão está profundamente enraizada em teorias clássicas e contemporâneas sobre poder e dominação global, como o materialismo histórico (desenvolvido por Karl Marx) e análises geopolíticas modernas. Vamos explorar essa ideia mais detalhadamente.


1. Economia como Fundamento do Poder

A economia é frequentemente considerada o "motor" que impulsiona todos os outros tipos de poder. Aqui estão algumas razões pelas quais isso acontece:

a) Financiamento do Poder Militar

  • Exércitos, armamentos e tecnologias militares dependem diretamente da capacidade econômica de um país ou corporação. Por exemplo:
    • Os EUA possuem o maior orçamento militar do mundo (mais de US$ 800 bilhões anuais), mas isso só é possível porque sua economia é a maior do planeta.
    • Guerras e conflitos muitas vezes são travados para garantir acesso a recursos econômicos, como petróleo, minerais ou rotas comerciais.

b) Influência Política

  • A política, tanto interna quanto internacional, é amplamente moldada por interesses econômicos. Governos frequentemente tomam decisões com base em pressões econômicas, como:
    • Acordos comerciais internacionais.
    • Políticas fiscais e monetárias que favorecem determinados setores ou empresas.
    • Lobby de grandes corporações sobre legisladores.

c) Poder Institucional

  • Instituições internacionais como o FMI, Banco Mundial e OMC são fortemente influenciadas por economias dominantes, especialmente os EUA e a Europa. Isso ocorre porque essas instituições são financiadas e controladas por países ricos, que ditam suas prioridades e políticas.

d) Tecnologia e Inovação

  • O desenvolvimento de tecnologias avançadas (como inteligência artificial, energia renovável e biotecnologia) depende de investimentos maciços. Países ou empresas com maior poder econômico têm vantagem na corrida tecnológica, o que, por sua vez, reforça seu domínio global.

2. Exemplos Históricos e Contemporâneos

a) Colonialismo e Imperialismo

  • Durante os séculos XV a XX, potências europeias (como Portugal, Espanha, Inglaterra e França) conquistaram vastos territórios ao redor do mundo. Essas expansões foram motivadas principalmente por interesses econômicos, como a busca por ouro, especiarias, mão de obra barata e mercados para seus produtos.

b) Guerra Fria

  • A rivalidade entre EUA e União Soviética foi, em grande parte, uma disputa econômica disfarçada de confronto ideológico. A economia capitalista dos EUA acabou prevalecendo sobre a economia centralmente planejada da URSS, levando ao colapso soviético nos anos 1990.

c) Ascensão da China

  • A China emergiu como uma superpotência global nas últimas décadas graças à sua transformação econômica. Desde as reformas de Deng Xiaoping nos anos 1980, o país se tornou a segunda maior economia do mundo, o que lhe permitiu expandir sua influência política, militar e tecnológica.

3. Por Que a Economia É Central?

A economia é central porque ela define quem tem acesso aos recursos necessários para exercer poder. Aqui estão alguns aspectos-chave:

a) Controle de Recursos

  • Quem controla recursos estratégicos (como petróleo, gás natural, água potável, terras aráveis e minerais raros) tem uma vantagem significativa no cenário global. Por exemplo:
    • A Arábia Saudita exerce influência desproporcional devido às suas reservas de petróleo.
    • A Rússia utiliza seu controle sobre o gás natural como ferramenta geopolítica.

b) Distribuição de Riqueza

  • A concentração de riqueza em poucas mãos (sejam indivíduos, empresas ou países) cria desigualdades que perpetuam o poder econômico. Por exemplo:
    • As 10 maiores fortunas do mundo somam mais de US$ 1 trilhão, enquanto bilhões de pessoas vivem abaixo da linha da pobreza.
    • Corporações multinacionais como Apple e Amazon têm receitas anuais maiores do que o PIB de muitos países.

c) Globalização e Interdependência

  • A globalização criou uma rede de interdependência econômica, onde países e empresas precisam cooperar para prosperar. No entanto, essa interdependência também amplifica o poder das economias dominantes, que podem impor condições desfavoráveis aos mais fracos.

4. Limitações do Poder Econômico

Embora a economia seja fundamental, ela não é o único fator a determinar o poder global. Existem limitações e nuances importantes:

a) Soft Power e Cultura

  • O poder econômico pode ser amplificado ou enfraquecido por fatores culturais e ideológicos. Por exemplo:
    • O soft power dos EUA (Hollywood, música pop, universidades renomadas) complementa sua influência econômica.
    • Por outro lado, economias poderosas como a China ainda enfrentam dificuldades em projetar influência cultural global.

b) Resistência e Contra-Hegemonia

  • Mesmo as economias mais poderosas podem enfrentar resistência. Movimentos sociais, guerras assimétricas e insurgências podem desafiar o domínio econômico. Por exemplo:
    • O Vietnã derrotou os EUA apesar da enorme disparidade econômica.
    • Movimentos ambientalistas e trabalhistas têm pressionado grandes corporações a mudarem suas práticas.

c) Crises Econômicas

  • Crises financeiras, como a de 2008, mostram que até mesmo as economias mais poderosas são vulneráveis. Quando a economia falha, outros tipos de poder (militar, político) também podem ser afetados.

5. Conclusão: Economia como Base, Mas Não Única Variável

Embora a economia seja indiscutivelmente a base do poder global — sustentando o poder militar, político, tecnológico e institucional — ela não opera isoladamente. Outros fatores, como cultura, ideologia, diplomacia e força militar, também desempenham papéis cruciais. No entanto, sem uma base econômica sólida, é extremamente difícil para qualquer ator (país, empresa ou indivíduo) manter ou expandir seu poder a longo prazo.

Portanto, podemos afirmar que a economia é o principal motor do poder global , mas sua influência é mediada e moldada por outros elementos complexos do sistema internacional.

observar e absorver

Aqui procuramos causar reflexão.