segunda-feira, 1 de novembro de 2010

...e a eleição passou.

E daí? Quer dizer, e agora? As grandes empresas vão parar de interferir, influenciar, direcionar e determinar políticas públicas? Não vão. Os ônibus vão permanecer lotados, nos engarrafamentos, os hospitais públicos vão continuar carentes de tudo e a educação continuará uma tragédia para as pessoas que passam por ela sem adquirir condições de ter uma vida digna, uma compreensão das coisas, uma cidadania consciente.

O que aconteceu nesta “eleição” foi o afastamento da possibilidade de que o vampirismo sobre o Estado subisse a níveis genocidas, com conseqüências catastróficas para populações inteiras e parte de todas as populações, com desequilíbrios sociais atingindo todas as partes e camadas sociais – exceção feita às minorias de sempre, embora ocasionalmente possa respingar um e outro membro, pra histeria da imprensa e recrudescimento da violência sobre os mais pobres. Acho que se essa turma voltasse à gerência do país, haveria um aumento estrondoso do que já acontece, no dia a dia, concentração de poder e riquezas, o Estado amarrado pelas grandes empresas, pelo gigantismo financeiro privado, descumprindo claramente sua constituição, em omissões criminosas.

De onde eu tô me parece que o racha entre os “grandes” da sociedade entrou num pico. Uma emissora de tv dá uma notícia falcatruesca, outra desmente e desmonta a farsa. É isso que tá mantendo os petistas no governo, com as coligações, claro, uns tomam conta dos outros, pra ninguém “exagerar”. Isso e mais a estupenda popularidade do Lula, que não é populista porque não veio da elite pra conquistar o povo, ao contrário, veio do povo pra conquistar a elite. Pelo menos uma parte dela. O suficiente pra bater de frente com a elite maligna, que odeia os mais pobres e os explora como quem faz um favor. Que manda atacar, destruir, difamar qualquer movimentação que organize os mais pobres pra defender seus direitos ou cobrar os que lhes são tirados, negados e roubados – direitos que são transformados em privilégios, do lado de cima da sociedade, pra poucos.

Com essa gerência aí, a gente tem espaço pra trabalhar, pode se juntar, aprender, trocar, ensinar e ir levando no rumo das mudanças que a sociedade precisa. Sem, é claro, poder contar com seu apoio. Só com a vista grossa, se não tocar em nada que os ameace. Esses aí não partem pra cima sem pressão do patrão, não. Ainda contemporizam, “que é isso, patrão, deixa eles, não tem importância, daqui a pouco acaba...” E se o patrão estiver já furioso, eles vêm na frente, “aí, agora cês tão exagerando, vampará com isso, ó, tô chamando os home!” E chama mesmo, a gente viu comé que chegaram os soldados, cheios de fúria e violência, na manifestação em frente à Agência Nacional de Petróleo, dirigida por um... “comunista”- e loteando pros gringos.

A diferença é que a outra turma tem ódio. Não precisa o patrão nem estar sabendo, viu movimentação de pobres, parte pra cima. Até de movimentos de professores - que vergonha pra qualquer sociedade! A agressividade desses caras é proporcional à postura humilhante em que se colocam diante das potências econômicas - comandadas por pessoas acostumadas a lucros e poderes que não dá nem pra imaginar, às custas de qualquer coisa que estivesse no caminho, seja o que for, a maioria dos casos é de barbárie pura. Casos de contaminação afetam gerações. Retiradas de populações, exclusão de enorme parcela da população dos benefícios tecnológicos e das condições plenas de vida. Trabalho escravo é todo dia, quem quiser se cadastre no repórter brasil, tem boletim todo dia.

Bom, e agora? Passou a eleição. E agora, nada. Eu mesmo, nem votei, que eu passo raiva a campanha toda, com o cinismo, a hipocrisia, a mentira descarada, o uso evidente da ignorância. Chega o dia da eleição, cê olha em volta, aquela balbúrdia, papel picado pra todo lado, parece uma festa, ninguém tem noção do tamanho do que tá acontecendo, o que tá fazendo, a ignorância plantada no ensino e a desinformação pela mídia dão seus resultados. E aí dá uma tristeza funda, as escolas continuam umas merdas, o atendimento ao público, seja onde for, é uma piada de mau gosto. Continuam mandando os ricos, continuam os ricos a serem bem atendidos pelo Estado. A sociedade não tem o direito de me obrigar a sair de casa e presenciar esse espetáculo deprimente. Mais uma oportunidade sabotada pela ignorância e desinformação – planejadas e executadas nos laboratórios de mídia e nos gabinetes políticos.

Acredito em (e torço por) uma melhor organização e articulação dos movimentos realmente populares, mais debate e esclarecimento sobre a sociedade e sua estrutura, um aumento no nível de conscientização e participação das pessoas. Maior mobilização e força pra conter a ação predatória das grandes empresas sobre as populações e os ambientes. Maior mobilização e força pra conseguir que o Estado, finalmente, cumpra sua Constituição e garanta alimentação, moradia, instrução, trabalho, dignidade, informação, para garantir afinal, condições para se enxergar a realidade e decidir o que fazer e como viver.

De minha parte, continuo meu trabalho, como se fosse a fundo perdido (eu sei que não é), de ver, filtrar e levar o que eu puder alcançar ao público que eu puder alcançar. Como se fosse apenas pra dar sentido à minha vida.



Eduardo Marinho – 1 de novembro de 2010

31 comentários:

  1. Já leu Eclesiastes 1:
    2.Vaidade de vaidades, diz o Pregador; vaidade de vaidades, tudo é vaidade.

    14.Atentei para todas as obras que se fazem debaixo do sol, e eis que tudo era vaidade e correr atrás do vento.

    15.Aquilo que é torto não se pode endireitar; e o que falta não se pode calcular.

    16.Disse comigo: eis que me engrandeci e sobrepujei em sabedoria a todos os que antes de mim existiram em Jerusalém; com efeito, o meu coração tem tido larga experiência da sabedoria e do conhecimento.

    17.Apliquei o coração a conhecer a sabedoria e a saber o que é loucura e o que é estultícia; e vim a saber que também isto é correr atrás do vento.

    18.Porque na muita sabedoria há muito enfado; e quem aumenta ciência aumenta tristeza.
    -Este último versículo é o que mais dói, mas tende bom ânimo moço, pois Jesus disse:
    "No mundo passais por aflições; mas tende bom ânimo, eu venci o mundo." (João 16.33.)
    E tem mais:
    "Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma. Porque o meu jugo é suave, e meu fardo é leve."(Mateus 11:28-30)
    -A gente só pode contar mesmo, de verdade, é com Deus!!!! Não se desespere, nem perca sua fé nem esperança, tende bom ânimo!Deus esteja contigo. Postei o teu vídeo nas minhas páginas do orkut e facebook. Obrigada por ser um de nós!!!

    ResponderExcluir
  2. Sai para votar sem candidato nenhum em mente, porém, como a disputa era acirrada, achei que seria omissão demais ficar de fora.
    Senti sentimentos parecidos ao ver toda aquela agiutação, panfletos e bandeiras também.

    ResponderExcluir
  3. divulgando...
    ******************
    visite.. se achar algo intereçante, comente... siga...
    se não for sua praia tudo bem...
    download de livros de magia
    http://livrosdemagia.blogspot.com/

    ResponderExcluir
  4. Agora, para quem não compreendia que nós não vivemos completamente nenhuma democracia, e sim apenas uma simples Ditadura (que tambem em termos nao e simples so aparentar ser...
    Grande Abraço !

    ResponderExcluir
  5. Eduardo Marinho,
    Não queres fazer o ato de submissão que é o preço da sanidade. Preferistes ser lunático, minoria de um.

    (1984 - George Orwell)

    ;)

    ResponderExcluir
  6. Quê isso, rapaz, eu sou um cara extremamente submisso - à minha própria consciência, claro. Mas, pensando bem, nem tanto. Ainda deixo muito a desejar.

    ResponderExcluir
  7. Eduardo,
    já vídeos seus no youtube e acompanho o blog; desde então, nutro por você antes de mais nada, uma admiração pela pessoa. Sua sinceridade me encanta, e sua sanidade também. Não creio que seja lunático, muito pelo contrário. Gosto de seu posicionamento, comprometido,consigo, e com quem se deixa atingir. Você cumpre seu papel.
    Abraço!

    ps: quanto às eleições, espero, sobretudo, senso de igualdade social, de dignidade; no exterior, "um país que nao fale fino com Washington, nem fale grosso com a Bolívia e com o Paraguai", como disse Chico Buarque.

    ResponderExcluir
  8. Submeter-se aos mais fortes e tiranizar os mais fracos não tem outro nome - é covardia. Uma das condições mais vergonhosas em que o ser humano pode estar.

    ResponderExcluir
  9. Eu penso que o Pinguow falou num bom sentido.

    Também sinto admiração por todos que não se acovardam diante da situação em que nos encontramos, e cada dia sinto uma vergonha maior da riqueza que nasci, não vejo a hora de terminar os estudos pra poder largar tudo isso que , ironicamente, me faz sentir um ladrão, um assassino, sujo.

    ResponderExcluir
  10. Nós como sociedade temos que entender que o Presidente só é um representante nosso.
    E Ele, Presidente tem que entender isso.

    Mas ao subir no poder; isso é esquecido.
    Tanto por nós quanto por eles.

    Ainda acho que perdemos uma grande chance de termos uma politica contemporanea, diference com o partido que sofre um certo preconceito; mas que os assuntos mais polemicos, quis levar para que a sociedade debatesse, mesmo indo contra os principios do seu partido.

    Enfim...

    Mais 4anos e vamos ver o que piora menos,

    ResponderExcluir
  11. Otimismo galera!

    Diante das duas décadas de ditadura pelas quais nosso país passou, mesmo esta merda de democracia (democracídio como o Eduardo gosta de falar) é um avanço; mesmo dentro do nosso capitalismo de terceiro milênio conseguimos avanços, infimos, é fato, mas o importante é seguirmos avançando - não apenas votando e esperando algo da Dilma (que mesmo que quisesse não conseguiria fazer mudanças substanciais dentro dos moldes de nossa sociedade burguesa), mas construindo o país que queremos no dia a dia, tratando melhor cada trabalhador, disseminando novos valores, construindo uma nova cultura.

    Acredito que a vida do Eduardo vai muito nesse sentido, e daí minha simpatia por ele. Mas mais importante do que reconhecer uma mente que desperta, um exemplo potencial a ser seguido, um herói, é buscar construir cotidianamente a sociedade que queremos, onde heróis não sejam necessários, e exemplos a serem seguidos não sejam exceções...

    ResponderExcluir
  12. Confesso que não conhecia seu trabalho, fiquei conhecendo essa semana via uma comunidade do Carlos Castaneda na net. Mas confesso também que achei sensacional, tanto pelo trabalho, quanto pelo seu estilo de vida.
    Muito bom o texto, instigante, verdadeiro e esclarecedor. Realmente a sociedade optou pelo menos pior nas eleições, mas mudar realmente o mundo não vai, pois não ha como vencer este monstro chamado capitalismo, ele vai morrer de velho mesmo. Enquanto isso temos de esperar e nos preparar. Até pq considero muita pretensão uma pessoa querer mudar o mundo. Mudar o mundo para quem? Assim como os cubanos fizeram, onde os direitos ainda assim continuam sendo negados a alguns como os gays? Onde a Yoani Sanchez continua sendo perseguida por falar a verdade? Acredito que a verdaeira mudança mesmo se da interiormente, em cada pessoa, como o autor destes textos que é um exemplo vivo disso.
    Não penso como outros que comentaram ai dizendo que essa sua opção pela não submissão, foi por falta lucidez ou sanidade. Pelo contrário, acho que sua escolha reflete exatamente a sua lucidez e compreensão de mundo. Sair deste sistema opressor e condenado para buscar liberdade e ao mesmo tempo manter a dignidade humana é realmente o melhor caminho. Pois como voce mesmo disse, "neste mundo competitivo e egoísta, a minha pobreza é a minha riqueza, e a minha derrota é a minha vitória." É isso ai...
    Também gostei muito dessa " O Lula não é populista porque não veio da elite pra conquistar o povo, ao contrário, veio do povo pra conquistar a elite."
    Cara você é foda. Continue escrevendo.
    Parabéns!
    Lucas.

    ResponderExcluir
  13. Eduardo,

    Excelente texto. Agora, uma pequena, mas sincera, ressalva: me parece (há muito tempo não me preocupo com a posição dos pronomes) que você defende o Governo atual e até mesmo considera a eleição da Senhora Dilma Rousseff como um mal menor do que a do Senhor José Serra (se este tivesse conseguido a eleição). Entretanto, não se esqueça, meu caro, que os dois candidatos só chegaram ao segundo turno graças a pactos secretos com a elite, ambos os lados; graças, diria eu em mau português, a conchavos, doações, que certamente não partiram dos pobres, mas de empresários, representantes da elite brasileira e, diria até, internacional. Uns verdadeiros abutres em se tratando de sucessão presidencial.

    Quero com isto dizer que, como explicitado em seu texto intitulado "Que Democracia?", o único compromisso dos políticos é com os financiadores de suas campanhas milionárias. Fato este é que as escolas continuam lançadas ao descaso, os currículos escolares ensinam as mesmas coisas que ensinaram a nossos avós... o mundo mudou muito, mas parece que as escolas brasileiras pararam no tempo. O nome disso? DESCASO!

    Democracia no Brasil é coisa que não existe. Só ganha eleição quem gasta fortunas volumosas na campanha eleitora. É o chamado "voto do cabresto invisível". Ninguém vê o cabresto, mas ele existe. Seu nome? Dinheiro. É o que move o país, talvez o mundo.

    Não faz diferença o nome do grupo que domina, nem a sigla que representa, porque isso é secundário. O que todos eles desejam mesmo é o poder. Lutam pelo poder, pela simples vaidade de dominar um povo e não pelo desejo sincero de servir a um povo. Enganam, defraudam, mentem descaradamente.

    Parabéns pelo texto.

    ResponderExcluir
  14. Crise,
    eu não defendo o governo, nem atual, nem antigo e, acredito, nem futuro. A política é apenas um teatro de marionetes, estimulado pela mídia, a porta-voz do sistema. Do escuro, o poder econômico/financeiro/industrial/latifundiário controla os fios.
    O dinheiro sozinho não faz nada. Existe uma minoriazina safada e travestida de nobrezas e finezas falsas que concentra mais da metade das riquezas e do poder no mundo. Com isso, interferem violentamente nos Estados, submetendo-os ou demonizando-os. Á vaidade de dominar os povos esconde a necessidade de saquear suas riquezas, seus recursos naturais, suas forças de trabalho e suas vidas, em benefício de si mesmos.
    O problema é a submissão, a aceitação desses valores falsos e dessa vida medíocre a que eles nos obrigam - os valores que aceitamos. Mais valem as exceções à regra, mesmo com toda a discriminação que sofrem. É um sofrer mais ameno que uma vida sem sentido.

    ResponderExcluir
  15. a política não é um teatro de marionetes! as eleições talvez... mas a política é muito maior que isso Eduardo!

    você faz política! todas as nossas ações repercutem na coletividade, mesmo que de maneira infima...

    acredito muito na política do dia-a-dia! é preciso que entendamos isso e busquemos construir o mundo que queremos (muitos acham que basta votar nesse verdadeiro teatro de marionetes), se não os discursos são vazios... como o dos muitos marxistas, pretensos entregadores de pizza

    ResponderExcluir
  16. a política é fundamental demais para ser deixada para os políticos; quem não age endossa o que é feito... o mesmo vale para a economia e os economistas

    ResponderExcluir
  17. Tô falando da política profissional, do que se chama de política. A política real é qualquer relação entre várias pessoas. Não é ao sentido da palavra política que eu me refiro, mas no senso comum que se tem do que é a política na sociedade. E é uma falácia, uma sacanagem, tudo, menos política mesmo. Mas esse sentido é pra poucos, não serve se for pra falar com a maioria.

    ResponderExcluir
  18. Neste ponto concordo com o Eduardo,

    A política atual é muito diferente da política idealizada por Aristóteles, a qual existia unicamente para o bem coletivo, ou seja, o bem do povo. Hoje, tornou-se uma falácia amoral que visa somente transformar-se em cabide de empregos, com a finalidade de criar altos salários, enquanto o povo, o consumidor final dessa "politiqueta", sofre os descasos e desmandos...

    Não seria, portanto, novidade que o pensamento aristotélico chegasse confuso e incompreensível aos ouvidos brasileiros e, principalmente, neoliberais, uma vez que até mesmo a democracia chegou distorcida violentamente por aqueles que dominam as massas.

    A política de dia-a-dia poderia ser chamada, talvez, de ética cotidiana - palavra tão esquecida e mal-interpretada nos últimos anos - visto que política do dia-a-dia deveria censurar o comportamento vergonhoso e promover o comportamento virtuoso e ético. Entretanto, não é isto o que assistimos...

    Mensalões e falcatruas continuam (co)existindo sem nenhuma censura públic0-polític0-social.

    Podemos chamar isso de política? Ou seria antes mais uma politiqueta insustentável e devassa?

    Não queremos ser utópicos demais, apenas não seremos coniventes com este sistema lastimável!

    ResponderExcluir
  19. Eis o esperado líder que levará a massa descontente e humilhada através da história, rumo à evolução humanitária e à construção de um mundo para todos!!
    "A união faz a força"

    Iluvu!

    ResponderExcluir
  20. "Esperado líder"? Eu, hein, que papo é esse? O que é preciso é consciência, não liderança.

    ResponderExcluir
  21. qual a solucao pra esse mendingo?
    ow... o sistema inteiro ta com cancer... e nao vai sarar.,porq a doenca somos nos mesmos. Se eu sou dono de poco de petroleo..mesmo q esteja matando o mundo ... foda-se. eu quero deixar o "melhor" pro meu filho. Se eu eu estou na briga pelo poder (politica) e meu "adversario" esta fazendo o bem pra milhoes nao importa,,, tenho q dar um jeito de fuder com ele pra eu crescer.... Entao qual a solucao... vou pra Cuba? bando de fdp... Fidel e seus compasas tem do bem e do melhor... se o pobre tem uma vaca ou uma galinha naum tem direito ao leite e o ovo, muito menos a carne,,, eh tudo previlegio do poder.,... o jeito eh fugir pra Miami?. nos Estados Unidos tem a melhor Picture, mas o atrito entre rico e pobre vindo do brasil nao eh pior do que o preto e branco aqui no sul. e a politica adivinha ? dai voce para no sinal... e esse mendigo ele quer comprar comida ou craque? nao vai me fazer falta, mas comida cachaca ou droga, que por sinal eh um produto muito bom... dizem q eh medicinal... mas o efeito colateral eh o desvio pra quimica, mas isso eh outra discursao, a naum ser pela grana q esta indo pro mexico patriocinando muita injustica.
    qual a solucao pra esse mendigo?
    em Brasilia alguns jovens tem a solucao poe fogo.ups.. era um indio.
    o que eduado? qual? parar de trabalhar? meter o peh na escravidao moderna? eu em? abrir mao do meu V8?
    integracao, solidariedade, afetividade
    nao vao sem trabalho e conquista... sim eh uma vitoria. porq o cancer nao vai sarar d um dia pro outro. todo dia precizamos de agua, alimento agasalho e abrigo. e vc me diz q o churrasco a coca cola e o ar condicionado sao coisas futeis? q eu quero fazer parte da elite?porra nenhuma. o Nike no peh e o wiskey sao muito bons ta faltando eh facilitar pra todo mundo. Dai o canser vai ta curado e o mendigo vai fazer parte da sociedade.

    ResponderExcluir
  22. No caso do Fidel, sem querer combater a sua opinião, previno que cê tá enganado. A mídia porca há de concordar com você, e dar a maior força. Fidel é maldito, pra elite da mídia. Se você se interessar, é fácil se informar. Mas se tem aquele ódio visceral, tá convencido que Fidel é sinônimo de demônio, que é um ditador milionário em uma ilha-presídio, então tá, deixa pra lá, respeito sua opinião.
    Há um documentário aí, muito interessante, mostrando que o nível de consumo das classes médias altas, se estendido à toda a população, exigiria de três a cinco planetas, pra extrair os recursos naturais e fabricar tal quantidade. Acredito que também precisaríamos de um planeta-lixão. Chama-se "A história das coisas" e tem 20 minutos, fácil no youtube.

    ResponderExcluir
  23. Caro Eduardo, muitos tem esta consciência, mas para uma revolução humanitária nos falta a força, e esta vem da união.
    Não é de hoje que reflito sobre a razão de tantos com a mesma ânsia de justiça e igualdade, atravessarem a história sistematicamente de joelhos diante de tão poucos.
    Ao ver o trecho em seu vídeo, onde você diz uma verdade, que de tão óbvia me passou despercebida: "rico depende de pobre para tudo", percebi outra verdade óbvia: somos a maioria, mas estamos espalhados, isolados, como elos separados de uma grande corrente, carentes de um líder para nos unir em torno deste mesmo ideal.
    Você reúne as características deste líder: é inteligente, perspicaz, muito bem articulado, tem um discurso empolgante, um alto grau de consciência humanatária, e principalmente é íntegro, fiel a esta consciência. Não são características fáceis de reunir, por isso poucos são líderes e muitos os seguidores.
    Vejo aqui, muitas pessoas, como eu, reunidas por sua oratória, que expressa os nossos sentimentos com a eloquência que nos falta.

    A liderança é o princípio da união, resta descobrir como usar a força, um meio para levar sua voz além da internet e aumentar esta corrente.
    O meio mais óbvio seria o palco político, mas sabemos que este é um campo minado, os ideais já entram maculados no páreo da disputa ao acesso desse palco.

    Cara, isso é sério...veja quantos seguidores de suas palavras já somos!

    Não quero assustá-lo (e fique claro que não sigo nenhuma religião), mas tenho a nítida impressão de sentir a mesma impressão sentida pelos seguidores de Ghandi ou pelos discípulos de Jesus.
    Somos um rebanho pastoriado por lobos, merecemos um bom pastor...

    ILUVU!

    ResponderExcluir
  24. ow... valeu a atencao... falhei ao usar o nome do Fidel, mas minha opniao vem de amigos cubanos. moro em New Orleans la, ha gente aqui fugida do regime. Fico na torcida, nao por uma revolucao. q enquafraria o povo e nao estariamos tendo essa conversa. Sim na politica limpa. Jah estou doente de ver eles se atacando patriocinados pelos mesmos q nao querem mudar, para naum perderem o lucro custe o q custar

    ResponderExcluir
  25. Eduardo, você acerta quando qualifica o governo Lula como feito para às elites. Excepcional seu argumento contra o suposto "populismo" do presidente: de fato, o Lula foi um grande líder que sai das massas para conquistar a elite; e é para ela que ele governa. Não devemos nos enganar quanto a isso, assim como engana-se uma enorme parte dos setores que se dizem "esquerda". Qualificar a coligação PT/PMDB/PCdoB como governança voltada para os trabalhadores, pobres, estudantes etc., é no mínimo desconhecer o que significa o conceito político "de esquerda". A esquerda brasileira hoje se reduz a aproximadamente 1% dos votos válidos, e está divida, basicamente, entre PSOL e PSTU. Particularmente, o programa combativo do PSTU me cativa mais. Fora isso, o que tivemos no primeiro e no segundo turno (nas eleições de modo geral) foi a disputa em torno de dois projetos políticos que tem por fim o mesmo objetivo: manter a máquina capitalista funcionando bem no país. Nenhum projeto do tipo "outra sociedade é possível" foi colocado em questão, absolutamente. Disputou-se apenas a maneira como os privilégios da burguesia serão mantidos e aprofundados no país. De um lado, a burguesia reacionária, preconceituosa e elitista, ligada ao grande capital internacional e aos centros financeiro-econômicos externos, depositando suas fichas no Serra, homenzinho covarde, privatista e xenofóvico (vide a entrevista na qual ele culpa os nordestinos pelo mal-funcionamento do ensino no estado de São Paulo); de outro, a burguesia progressista, interessada na expansão do mercado interno, com novas faixas da população integradas a ele, com acesso ao crédito e desenvolvimento industrial, em suma, uma burguesia voltada para os seus próprios interesses e não aos interesses do capital estrangeiro. De qualquer forma, ambas as burguesias (entreguista e nacionalista), sujeitas como estão ao fluxo irrefreável e irracional do capital (entendido como um sistema-mundo que não pode ser pensado isoladamente), não podem escapar às influências e aos rumos da economia mundial. Sendo assim, com a vitória da Dilma, continua sendo muito difícil pensar em progressos mais substanciais do que bolsa-famílias e prounis. A massa trabalhadora desse país continua (e continuará) sujeita ao açoite da burguesia, com Lula ou sem Lula.

    ResponderExcluir
  26. continuando...

    Com relação à vitória apertada do PT e ao poder de fogo que o PSDB demonstrou na reta final dessa eleição, é-me quase que totalmente inconpreensível a força que a direita raivosa-reacionária ainda tem nesse país, mesmo depois de oito anos de governo Lula. Afinal, de que a burguesia anda reclamando? E do que deveria reclamar? Seus carros nunca foram tão grandes, suas roupas nunca foram tão finas, seus filhos nunca viajaram tanto pra Disney, ou seja, suas burras nunca estiveram tão cheias! Penso comigo que os maiores apoiadores do PT e de Lula/Dilma deveriam ser os próprios burgueses. O capital financeiro nunca esteve tão feliz, nem mesmo no governo FHC. E, o que é melhor, o mercado de trabalho cresce anualmente, uma grande faixa da população adquire poder de compra, o povo fica feliz portanto, e seus privilégios (os da elite), sua alta posição torna-se menos discutível, por aqueles que se vêem ascendendo à classe média (no sentido do conceito equivocado em que é utilizado pela mídia, pelo governo e por todos; essa classe média não passa de parte da classe trabalhadora que teve aumento em seu poder de compra); a hegemonia da elite fica assim mais inquestionável do que nunca. Com a falsa crença de que o PT governa para todos, ricos e pobres, nunca se governou tanto para os ricos. Portanto, o apoio enorme que Serra e PSDB ainda tem nesse país, entricheirados sobretudo nos estados mais conservadores da nação (São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul), só pode ser explicado pela ideologia disseminada dessa elite pré-histórica, colonialista, boçal, cujos valores são quase aristocráticos, acham-se filhos da nobreza, como se corresse sangue azual em suas veias. Os valores dessa elite, europeizada, racista, xenofóbica, avessa ao trabalho etc., estão profundamente arraigados na mentalidade brasileira, daí o poder que ela ainda mantém. Mas quem compra mesmo esse discurso é a classe média, certamente a classe mais reacionária de todas. Sua ideologia e seus discursos estão por toda a parte, reproduzidos por pessoas que são por ela escravizadas; a própria classe média que seria senão massa de manobra da elite?
    Para resumir, a resposta à pergunta que você coloca (e agora?) é exatamente essa: e agora nada. Nada muda. Não muda, mas não no sentido que querem nos passar, de que não se mudará os avanços, as conquistas etc., essa ladainha que tenta nos fazer acreditar que a classe trabalhadora e pobre tem avançado e ganhado com o governo do PT; nada muda porque o capital, a burguesia, a elite, continuarão rendendo mais bilhões e bilhões num governo feito para eles, mas que tenta passar a imagem de ser à semelhança daqueles que eles próprios exploram.

    ResponderExcluir
  27. Caraca, véi, isso é uma correspondência, não um comentário. Né melhor usar o endereço, não? Tá no cabeçário do blog.

    ResponderExcluir
  28. Eduardo,
    Se você fosse convidado para um destes programas de entrevistas na TV, tipo Jô Soares, Marilia Gabriela e tals, você iria?
    Suas palavras lúcidas sairiam do meio restrito da internet para contagiar até o mais humilde dos lares...
    Deixariam fluir, ou tentariam "lapidar" seu discurso?
    Seria um paradoxo(??)suas palavras alcançarem a turba através da mídia...

    ResponderExcluir
  29. Usarei, sim. Tenho algo a dizer e muito a escutar. Como todos aqui, assisti àquele video em que você expressa sua opinião a respeito de temas dos mais variados, e, confesso, não se vê uma argumentação lúcida e crítica como a sua em qualquer um (infleizmente, claro). E o que é ainda mais gratificante: fora dos altos e restritos muros da universidade, que circuncrevem um mundinho ideal, onde reina a fantasia do devia-ser (ou do somos-para-nós). Preciso de certo tempo para perscrutar seu blog. Manteremos contato. Abraços!

    ResponderExcluir
  30. Eduardo Marinho!!!
    Que Deus te abençoe, guri bom, boa cabeça!
    Abração do Quintian/ Casa do Poeta Rio Grande/RS

    ResponderExcluir
  31. O Lula e o PT pegaram carona no capital produtivo que se viu ressentido os anos de FHC, que deu lucros enormes ao capital financeiro. Lá nas elites a luta está entre o capital produtivo versus capital financeiro. Lula e o PT são desenvolvimentistas, gostam de trabalho, emprego, salário, etc. A Odebrecht e as outras grandes empresas de engenharia apoiam o nacionalismo petista. Bom para nós que ganhamos um espaço um pouco maior para semear nosso canteirinho.

    ResponderExcluir

observar e absorver

Aqui procuramos causar reflexão.