Há quem me diga que eu devia entrar na política institucional. As pessoas não sabem a complicação que é isso. Há que ter um local específico, uma base de atuação, o que não tenho, ando disperso e conheço gente em um monte de lugares, estados vários dentro do Brasil. Além disso, é impossível a convivência com vampiros sociais, enganadores profissionais, ricos e cheios de artifícios pra se manterem no privilégio. Já me disseram que é preciso ter estômago de elefante, pra conviver ali.
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quarta-feira, 30 de abril de 2025
Política institucional, partidária.
Mas eu acho pouco. Não tem que ter só estômago de elefante. Tem que se preparar pra frustrar a maioria das iniciativas necessárias à sociedade. Essa frustração eu não tenho e nem desejo. Meu trabalho tem servido ao coletivo. Do meu jeito e por onde ando, em qualquer lugar. Conviver e chamar essiscara de excelência me é impensável. Admiro figuras como Renato Freitas, Luísa Erundina e alguns outros, exceções nas instituições, ainda bem que existem. Eu, do meu lado, vou plantando minhas sementes, em toda parte. Tem muita gente espalhada por aí vivendo e trabalhando no mesmo sentido - o de uma sociedade menos injusta, mais igualitária, menos perversa e mais solidária.
quarta-feira, 9 de abril de 2025
Ibrahim Traoré e a transição planetária.
Ibrahim Traoré é o novo Thomas Sankara. Tomara tenha vindo pra terminar o serviço. Consciência contamina. Mali e Niger se unem a Burkina Faso. Os povos da África observam o exemplo, vítimas também do colonialismo ocidental. O processo é planetário, América Latina apresenta seus focos de resistência, Ásia também em processo de mutação. É tempo de transição.
Os poderes econômicos - punhado de podres de ricos - fazem de tudo pra impedir, retardar, sabotar o processo de mutação social em curso. Têm exércitos, redes de comunicações, parlamentos, bolsas de valores, fundos de investimento, compram consciências nos poderes, financiam campanhas, impõem uma educação precária votada ao mercado - de trabalho e de consumo -, superficial e alienada da realidade. Com a educação de mercado e o controle das comunicações, fazem da mentalidade geral uma geléia, fácil de moldar e conduzir, de induzir ao ódio e à repulsa, ao fanatismo superficial, ignorante e destrutivo.
Mas sempre houve exceções, em todos os tempos. As que eu passei a chamar de pedras raras. Minha impressão é que essas exceções aumentam de número continuamente e hoje, quatro décadas depois, formam grupos e tomam atitudes fora do programado, criam valores, experimentam, recusam os valores, as verdades mentirosas, o comportamento e os objetivos de vida induzidos. Espalhados por aí, atuam no coletivo, de diversas formas, às vezes difamados, perseguidos, mal falados nas mídias empresariais dominantes. E seguem adiante, mudando o mundo.
A mutação, como eu disse, é planetária. A periferia, os mais saqueados, os que já perderam demais por muitas gerações são o exemplo, a demonstração mais clara do que está acontecendo. O coração da África, hoje, bate em Burkina Faso. O objetivo é a harmonia. Na vida, nas relações, nas sociedades e entre elas, alimentar, de saúde, de afetos, de saberes e aprenderes. Harmonia planetária é o destino inicial, De lá partiremos em outras buscas. Mas antes disso há muito trabalho e algumas gerações ainda.
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observar e absorver
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