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quinta-feira, 26 de janeiro de 2023
terça-feira, 24 de janeiro de 2023
Vencer na vida
Vencer na vida não é enriquecer, mas sim chegar ao fim dessa passagem, que começa no nascimento e termina na morte, de bem com a própria consciência. Vencer na vida é chorar quando se nasce e sorrir quando se morre. A morte não é uma tragédia, uma desgraça, mas sim conseqüência de ter nascido. Tudo que nasce, morre. Nós todos estamos aqui de passagem. É preciso levar isso em conta, diante do massacre publicitário-midiático que faz tudo pra impor nossos objetivos de vida como sendo consumir, desfrutar de prazeres materiais. A matéria é nosso veículo, não nossa finalidade. O tempo é implacável, todos sairemos da dimensão material. Impressionante como as pessoas não se ligam, mesmo vendo todos os antigos indo embora, mesmo percebendo o próprio envelhecimento. Vence quem sai limpo de maldades, de mentiras, vence quem mais beneficiou, vence quem tem facilidade em se desapegar de tudo, matéria e relações, vence quem não se deixou levar pelos valores desse mundo, controlado e dominado por interesses materiais. Chega a ser estúpido se deixar convencer que se vale o que se tem, não pelo caráter, pela amorosidade, pela sensibilidade, pelo senso de justiça. Deus não premia com riquezas, mas com paz de espírito. A verdadeira riqueza é imaterial.
Obs.: Uso a palavra "Deus" pra simplificar o entendimento do que vejo como espiritualidade e não ouso definir. Não tenho alcance pra conceber o "supremo ser do universo", já que, como se sabe, o ser humano não alcança, nem de longe, o próprio universo como um todo. Não nos é possível saber onde são os seus limites, nem se tem limites. Aguardo minha compreensão se desenvolver, sem pretensão de entender ou explicar o que não alcanço. Mas espiritualidade eu sinto plenamente, desde muito cedo, e já comprovei seus efeitos e interferências em minha própria vida.
segunda-feira, 23 de janeiro de 2023
O genocídio ianomami e a hipocrisia da mídia empresarial
A tevê nojenta faz matéria de menos de um minuto sobre a tragédia ianomami. Cita a morte de 570 crianças como quem fala da morte de 570 bois por febre aftosa, uma vez só, de passagem. Diz das providências que estão sendo tomadas pelo novo governo, sem citar o novo governo. Em nenhum momento questiona as causas da tragédia e do aumento escandaloso dos crimes cometidos, desde 2016, mas que aumentou mais ainda depois de 2018.
Eu já vinha acompanhando, por postagens de informativos indígenas - há vários, embora muito pouco vistos pela população em geral - os assassinatos de indígenas, estupros, expulsões, invasões de garimpeiros, madeireiros, criadores de gado e plantadores de soja. Estive pela Amazônia, há mais de trinta anos, e sei que suas terras "demarcadas" ou "em homologação", as terras onde vivem são cercadas por ambições e ódio destrutivo, em todo o território nacional. A difamação e a criação de desprezo - pelas mídias locais - servem como "justificativa" pros crimes cotidianos, os maus tratos e a repulsa por parte de pessoas sabotadas em informação e instrução.
Os ataques nunca pararam, desde a chegada dos europeus, há séculos, mas nos últimos anos esses criminosos tiveram incentivo do próprio governo, que desarmou os poucos esquemas institucionais de defesa desses povos, das florestas, do meio ambiente. O massacre estava liberado, sob o ocultamento da mídia privada (mais privada do que nunca, como depósito de merda) e a exultação da ganância assassina. A mudança de governo pra um menos desumano mostra vontade de conter essa desgraça toda. Mas os elementos que a causam continuam ali, cercando as terras indígenas, babando de ambição e ódio aos que consideram um mero impedimento aos seus objetivos. Esses dias mesmo, no sul da Bahia, dois meninos foram mortos a tiros, quando voltavam pra sua aldeia em área retomada - se não me engano, um tinha 17 e o outro 22 anos. É prática cotidiana desta "civilização" o genocídio indígena - e dos pobres, nas cidades, pelas próprias "forças de segurança" da sociedade. Segurança pra quem?
segunda-feira, 9 de janeiro de 2023
Dia 8 de janeiro, domingo, escancara o terrorismo planejado. Covardia "de mercado".
Vimos ontem o resultado da união da perversidade dos poderes econômicos com a ignorância, a desinformação e as induções ao inconsciente coletivo de ódio pelas mídias empresariais.