segunda-feira, 10 de janeiro de 2022

Perguntas pra se fazer a si mesmo - ou revolução interna.

 Eu vejo o mundo, a realidade, a vida, a sociedade com meus próprios olhos? Ou pelas lentes distorcedoras que me colocam na cara desde a infância e todo santo dia?

O que eu quero da vida sou eu mesmo quem quer? Ou quero o que fui induzido a querer?

Meus valores foram criados, formados, escolhidos por mim ou me foram impostos pelas convenções sociais?

Meus objetivos de vida me satisfazem o espírito ou às exigências sociais pra "merecer" respeito?

Eu me comporto como quero e me satisfaz ou como sou condicionado e cobrado a me comportar?

Dou mais importância ao olhar alheio ou ao olhar da minha própria consciência?

É tempo de mutação e a principal é a interna. É esta que reflete e influencia as verdadeiras mudanças. Sem a revolução interna, somos prisioneiros dos condicionamentos em que este modelo de sociedade é especialista. E incapazes de uma verdadeira revolução social.

Pequeno quadro social

 O Estado, obediente aos poderes econômicos que o controlam - muito além dessa farsa chamada "democracia", o que nunca foi de verdade -, amarra a população com as correntes da ignorância, tranca no quarto escuro da desinformação e ocupa as mentes com o consumismo, a alienação, a superficialização mental, com a cultura do entretenimento vazio e dispersivo. Educação pública sabotada, educação particular com foco na formação de competidores pro "mercado", comunicações dominadas pelos poderes econômicos privados - pra quem o lucro vale mais que a verdade -, formam a estratégia de dominação que conduz a mentalidade geral, em cada classe social, de acordo com esses interesses. Banqueiros e magnatas, que formam a casta do punhado de podres de ricos, dominam os poderes ditos "públicos" e arrancam da maioria - entre a exploração, a pobreza e a exclusão - seus privilégios, luxos e excessos, garantidos pelo próprio Estado e seu sistema de segurança. Suas ricas empresas envenenam as terras, as águas, os ares, os alimentos, enquanto o povo, aturdido, não consegue entender os porquês de tanta dificuldade e sofrimento, desprovido de senso crítico, de informação e consciência social. Roubado em seus direitos humanos, básicos e constitucionais, não tem condições de enxergar as causas de tanta injustiça no mundo. É a partir desse "enxergamento", tomando consciência da realidade, se reconhecendo como base indispensável de toda a estrutura social, que se pode tomar atitudes - no cotidiano - e mudar esse quadro desumano e anti-social implantado de cima pra baixo. É o alicerce que sustenta a pirâmide. E quando o alicerce se movimenta, a casa cai. Caminhamos.

observar e absorver

Aqui procuramos causar reflexão.