quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Guarani-Kaiowá - mais um massacre pra coleção de vergonhas


À Sombra de um Delírio Verde from Mídia Livre on Vimeo.




         Domingo passado estive num evento em São Paulo, TedxDaLuz – só descobri a pronúncia quando ouvi falando, “tedex da luz” –, um ciclo de palestras e apresentações de sensibilização, no sentido do desenvolvimento das percepções mais sutis da existência e da evolução humanas em meio à diversidade infinita em unidade absoluta no planeta e no universo. Saí de casa na sexta pela manhã e me desliguei dos boletins de notícias que acompanho, longe das distorções e traições da mídia comercial.
          Durante o evento recebi a informação do massacre, sexta-feira à noite, dos Guarani-Kaiowá, no Mato Grosso do Sul. Um crime anunciado, prometido e previsível. O coração apertou e se formou um nó na minha garganta, entre a raiva, a tristeza e a vergonha. Os povos originais são perseguidos e dizimados desde que os europeus chegaram por aqui, tomando posse do que não era seu apenas por não encontrar armamentos para lhes fazer frente e de olhos cobiçosos no que consideravam “riquezas”, em sua visão fria e convenientemente preconceituosa.
        Aliás, a “civilização” européia fez isso em todos os continentes, invadindo, saqueando, produzindo morticínios, escravidão, torturas, genocídios. Não entendo como alguém minimamente lúcido pode admirar essa “civilização”, evoluída a partir da miséria e do sofrimento impostos em todos os lugares onde chegaram e por onde passaram.
     Os povos originários os receberam de braços abertos e, em troca, foram enganados, usados, escravizados e expulsos dos territórios onde viviam. O europeu não se contentava nunca e, gradualmente, milhões e milhões de nativos foram violentados, mortos ou postos em fuga. Famílias, tribos, povos inteiros.
         Quando a evolução da sociedade colocou a necessidade de novos critérios de comportamento menos desumanos, ao menos na aparência, pelo incômodo de consciência com a desumanidade descarada, foram se criando reservas para as populações indígenas remanescentes, para depósito e justificativa do roubo dos seus territórios. Entulharam-se em tais reservas os sobreviventes de várias etnias, todas destruídas física, moral e culturalmente. A sociedade da produção e do consumo, da exploração e do controle da maioria por alguns poucos não pode tolerar a existência de coletividades que não partilham dos seus valores, não dependem dos seus produtos e são evidentemente mais felizes em sua simplicidade.
        Os exploradores do trabalho alheio, seus arautos e forças armadas, sem conseguir escravizar plenamente os povos nativos, trataram de criminalizá-los, desumanizando, difamando, apontando sua reação ao saque, à invasão e ao extermínio como prova da sua “selvageria” para justificar a necessidade da aniquilação.
         Ao não se deixar dominar e com sua autonomia plena, os povos indígenas incomodam. O fato do índio produzir tudo o que precisa para viver, de forma independente, autônoma, e não assimilar o trabalho como o centro da vida, muito menos a produção em massa e a busca do lucro e dos excessos materiais, constitui um “péssimo exemplo” de liberdade, alegria e independência que apavora os concentradores, os dominantes e manipuladores da estrutura social dita civilizada. Daí o ódio, forjado e implantado de todas as formas nos valores da sociedade da época e até hoje.
         Não me esqueço de quando eu acampava em Barra do Riacho na época em que se implantava a Aracruz Celulose, as histórias que ouvia dos pescadores e moradores da área, de como estavam ocorrendo conflitos com os índios que viviam na área (conflito é um eufemismo pra massacre), terminando com seu aniquilamento e expulsão dos sobreviventes. Na época ainda vigorava a ditadura dos militares e a imprensa era mais amarrada ainda do que atualmente – nada saía na mídia. Vinte anos depois, esses sobreviventes e seus descendentes, já organizados e lutando pra recuperar pelo menos parte do território roubado, com o inusitado apoio da FUNAI, conseguiram algumas migalhas e passaram a ser acusados de inviabilizar o “progresso”. Alguém me enviou a foto de um “autidor” plantado numa cidade de lá, não lembro se era na Serra ou em Aracruz, afirmando “a Aracruz trouxe 1500 empregos, a FUNAI trouxe os índios”, como se fossem eles os invasores. Essas distorções mentirosas são recorrentes no processo de extermínio e dispersão.
         Essa “civilização” é, ainda, uma vergonha pra humanidade inteira, pela destruição inerente à sua existência que causa em todos os sentidos, enquanto arrota uma superioridade ridícula, com base num desenvolvimento tecnológico reservado a minúsculas parcelas da coletividade, justamente as mais arrogantes e egoístas, exploradoras, controladoras e dependentes da maioria.
         Os Guarani-Kaiowá, no Mato Grosso do Sul, ou os que sobraram daquele povo, não possuem mais apenas a sabedoria ancestral da harmonia com a natureza e entre si, numa sociedade sem miséria ou abandono, sem predominância de uns sobre os demais. Eles foram acrescidos da sabedoria que a resistência ao sofrimento produz. Será difícil encontrar algum deles que não tenha vários parentes, amigos e conhecidos assassinados. Séculos de perseguição, expulsões, assassinatos, sem descanso ou intervalo, covardemente, sob a indiferença da coletividade, com a conivência de todos os governos e a participação das forças públicas que, na verdade, servem aos interesses privados dos poucos poderosos, como é de praxe.
         Os povos originários não acreditam num deus que criou o mundo para o ser humano, um deus que tem filhos preferidos e estimula a guerra, exige bajulação e sacrifício, que se vinga e impõe sofrimentos eternos aos que o desagradam em seus absurdos regulamentos. Ao contrário, na sua concepção a existência é a integração de todos os seres, minerais, vegetais e animais, onde a Terra é a mãe de todos e merece o máximo respeito, os rios são as artérias e veias do mundo e a água é o sangue que deve ser mantido puro. Sabem que somos parte da natureza e que dependemos dela integralmente, daí sua veneração e gratidão por ela. Não podem entender a destruição e a contaminação, sem medida ou contenção, produzidas pela sociedade “evoluída”, como se fossem os donos da natureza, em nome de benefícios imediatos e ilusórios, sempre restritos aos poucos poderosos.
         Devemos muito, toda a família humana e sobretudo os adeptos dos valores europeus, a esses parentes que foram submetidos pela força das armas e das doenças, violentados em seus direitos, inferiorizados em todos os sentidos e declarados culpados pelos crimes que sofreram e sofrem cotidianamente com a ambição desmedida que é estimulada em nossa sociedade, assim como o egoísmo e a indiferença diante do sofrimento alheio.
         Se (ou quando) a sabedoria desses povos for abraçada e assimilada pela nossa coletividade, aí sim, poderemos sonhar e construir uma sociedade menos injusta, perversa e covarde, mais solidária, equilibrada e bela. E, afinal, verdadeiramente humana.
         Aos Guarani-Kaiowá, toda minha solidariedade, todo meu respeito e minhas lágrimas de tristeza e vergonha. Sentimento que se estende a todas as etnias nativas, exterminadas e remanescentes. E aos miseráveis, aos sabotados, os explorados ou abandonados da nossa "bela" sociedade. Que a luz das consciências reflexivas se espalhe e percebamos a humanidade inteira como uma única família. Que o senso de justiça se desenvolva e molde nossos valores e comportamentos para além das induções criminosas da propaganda mentirosa que só tem como objetivo a contínua concentração de poder, o enriquecimento cada vez maior dos ricos dominantes sobre o sangue dos povos.

Eduardo Marinho – 24 de novembro de 2011

23 comentários:

  1. Muitos dizem: "mas indio também guerreava contra índio!!", mas eu acho uma guerra tão mais nobre, tao mais vital, tão mais necessária...

    ResponderExcluir
  2. Fiquei passado também ...

    ResponderExcluir
  3. Entre os índios, às vezes, havia guerras, sim. Mas eram outros os motivos, não o saque, nem terminavam com o extermínio, além de serem muito raras. Nenhuma era tão bárbara quanto as promovidas pelos "civilizados" europeus, nem tinham tais dimensões e destruição. Esse argumento é falacioso e visa justificar o extermínio, pela ambição desmedida, pela desumanidade, pela ferocidade dos brancos. Além disso, eram disputas na base da lança, da flecha, da borduna, em igualdade de condições, não com a desigualdade covarde das armas de fogo. Não há comparação. Apenas uma estúpida justificativa que se aproveita da desinformação e do preconceito, como se fossem animais perigosos, com mentiras deslavadas.

    ResponderExcluir
  4. Eu, hein? Não entendi nada. Alguém pode traduzir isso, por favor?

    ResponderExcluir
  5. Sou teu fã, Eduardo. Sério. Admiro tua vida, tuas opiniões, teus textos.
    Sobre este triste e trágico fato, apenas uma observação: os povos indígenas podem ser bons exemplos em muitas coisas, mas não são perfeitos. Por exemplo, eles agrediam o meio ambiente com suas queimada para plantio... apenas a agressão era pequena pois a população indígena no Brasil nunca foi grande... coisas assim.
    No mais, estou inconformado com a forma como (des)tratamos os indígenas e tudo o mais que vc disse. Abraços de um admirador.

    ResponderExcluir
  6. Salve, Rubinho.
    Perfeição não está ao alcance do ser humano, ainda, neste planeta. Mas os indígenas não eram considerados seres humanos e sim, animais perigosos que deviam ser abatidos ao primeiro vislubre na mata. E, com todas as falhas e seu primitivismo, sua sociedade pode ser considerada muito mais humana que a nossa, europeizada por subalternidade e sujeição.

    ResponderExcluir
  7. Eita Eduardo,
    Você sempre nos mostrando as verdades que estão na nossa cara, mas tampadas com o véu nosso de cada dia, do cotidiano, da mídia, e de tanta coisa mais.
    E eu que sempre digo que das nossas 3 etnias básicas a que mais me identifico é a indígena nem um post fiz ainda no meu blog. Vou aproveitar este seu, brilhante como sempre.
    Forte abraço e obrigado mais uma vez por compartilhar conosco isso tudo.

    ResponderExcluir
  8. Edu, gostaria de saber quais seriam os meios, que ocê usa para se informar, como diz na expressão acima "...boletins de notícias que acompanho, longe das distorções e traições da mídia comercial." ?

    ResponderExcluir
  9. É Eduardo, nós só seremos humanos quando a maioria entender que tem de parar de alimentar a corja dominante, reduzir o consumo ao mínimo para o sustento, não fazer empréstimos em instituições financeiras, viver de modo o mais simples possível, sermos solidários e compartilharmos o que temos. É claro que o índio incomoda, ele não é ovelha que nem a grande maioria, além de não entrar na onda do consumismo, ele não produz riqueza para a corja, nem é idiota de trabalhar feito escravo para mantê-la no poder, eles não tem viseiras, são seres que sabem como funciona o Universo, não se deixam enganar pela mídia, pelo ensino oficial...Nós, os "civilizados", somos a massa de manobra que eles querem, completamente bloqueada e dominada para fazer exatamente o que eles planejam, até os que protestam pelas injustiças não percebem que estão simplesmente fazendo o jogo imposto por eles, para terem a desculpa para criarem mais leis tolhedoras de liberdades. Se todos aprendêssemos com os índios a sermos uno com o Universo, desfazer nossos bloqueios e levar uma vida em harmonia com a nossa natureza, eles perderiam todo o poder, sem guerra, sem luta. Pessoas como você ajudam muita gente a despertar, fale mais também sobre autoconhecimento e tomada de consciência.
    Abraços
    Alida

    ResponderExcluir
  10. Meu nobre, mais um bela questão a ser lembrada, e um excelente texto.

    O maior problema da população indígena, a meu humilde ver, é que a estrutura em que eles se pautam para tecer suas relações sociais desconstrói por completo TODOS os discursos legitimadores da sociedade ocidental.

    O golpe elitista do qual padece a sociedade iniciou-se ainda na modernidade, sobremaneira no pensamento de cientistas políticos como Hobbes. Segundo o autor, o estado de natureza representa a guerra de todos contra todos, e por isso é que seria necessário o aparelho estatal, e toda parafarmentalha envolvida, para não permitir que os lobos humanos se destruam!

    É a partir daí que a burguesia européia, sustentada pela implantação do Estado moderno, vai se firmar, historicamente, no poder, e começar a instituir a sociedade de acordo com seus interesses.

    Esse processo desemboca, hoje, nos padrões sociais ao qual somos submetidos, tais quais individualismo, consumismo, competitivismo.

    E, vejam só, toda a construção ideológica erigida para fundamentar esse sisteminha em que vivemos é logo desmascarada na simples observação das aldeias indígenas. Ora, lá reparamos que o tal estado de natureza, tão famigerado nos tempos iluministas e seguintes, não representa, em verdade, uma condição de guerra de todos contra todos. Aliás, nesses ambientes a paz que reina é bem mais pura, e a liberdade dos indivíduos é muito mais plena, tudo sem a presença do Estado.

    Por isso é que não se pode permitir a difusão das sociedades indígenas, sob pena de a sociedade despertar para a incoerência do sistema político e econômico, inerente ao próprio momento de sua concepção! O Estado, em tese, surgido para assegurar a paz e a liberdade, é o mesmo que hoje escraviza e instiga a competição capitalista.

    Fico devendo de colocar aqui um vídeo recente [de poucos meses atrás] das terras da Barra do Riacho sendo desocupadas por militares para implantação de mais uma sede da Aracruz, uma das maiores empresas do Espírito Santo! A brutalidade utilizada sobre a população carente é vergonhosa. Assim que eu achar o vídeo, posto aqui...

    Salve, Eduardo!

    ResponderExcluir
  11. conforme prometido, o vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=DQ7gM8rpzxU

    tantos anos depois de seus acampamentos lá, e ainda o mesmo problema!

    ResponderExcluir
  12. Atendendo ao pedido acima, enumero aqui alguns dos informativos que uso. Muitos têm vários outros informativos "amigos" em links, há um campo de pesquisa aí.
    Não posso dizer que são o máximo, que não cometem erros. Mas diante da mídia privada e seu descaramento, isso é irrelevante. Não podemos abrir mão do senso crítico, claro, há doutrinações, certezas e "verdades", com o que é preciso tomar cuidado pra analisarmos com autonomia e personalidade própria. Além da razão (muito além, por sinal) há a intuição, o que é simplesmente negado por alguns racionalistas, principalmente acadêmicos. Negam o que não podem perceber com a razão ou com os sentidos corpóreos, numa ingenuidade arrogante e cega. Não sabem o que perdem, agarrando-se a certezas. Com dúvidas, podemos nos aproximar muito mais da realidade, já com certezas estacionamos e, no mínimo, viramos uns chatos falastrões e competidores de teorias. Mas todo respeito, cada um na sua.

    http://www.midiaindependente.org
    http://www.reporterbrasil.com.br/
    http://www.piratininga.org.br/
    http://terradedireitos.org.br
    http://www.mst.org.br/
    http://www.brasildefato.com.br/
    www.cubadebate.cu
    www.telesurtv.net

    ResponderExcluir
  13. É uma sensação muito ruim que me causa. Ver tudo isso e nao poder fazer quase nada. Rídiculo eles dependerem de ordem judicial para terem o que sempre foi deles.
    A Shell estava utilizando as terras dos Kaiowás e depois usam a imagem de que são éticos por estarem usando biocombustível. Que piada! Ética é o que mais falta p/ uma empresa dessas.

    ResponderExcluir
  14. As empresas dominaram os Estados. Impedem a educação e usam a mídia pra nos convencer de um monte de absurdos, criar valores, padrões de comportamento, objetivos de vida e, principalmente, apresentar uma realidade distorcida, confundir as informações sobre o que acontece, manter narcotizada a consciência coletiva. Conduzir a "opinião pública".

    ResponderExcluir
  15. Agradecido, pelos informativos divulgados acima.

    ResponderExcluir
  16. Acho que este é um dos mais tocantes textos teus, Eduardo. Lendo-o, a constatação do nível de esquizofrenia, cisão e desconexão do ser urbano-consumista-tecnológico em relação à sua natureza, à sua essência e à sua história é imperativa. Lamento e sofro pela situação de nossos irmãos indígenas e lamento também o estado de artificialidade e crueldade no qual se encontra a maioria dos nossos irmãos urbanos, hipnotizados por uma ordem perversa. Triste demais isso tudo.
    (não sei bem a razão, mas o vídeo travou por volta dos 7 minutos. Tentarei continuar vendo de casa à noite)
    Um abraço carinhoso e fraterno em vc.

    ResponderExcluir
  17. Belo texto. Não vi os vídeos ainda. Favoritei também os links dos informativos, verei td em casa com mais tempo, valeu!

    ResponderExcluir
  18. Não vi o video ainda, preferi ler antes e resolvi postar, a midia hoje me faz lembrar do livro 1984 de george orwell, onde mentiras viram verdades na mídia!
    ridículo!

    ResponderExcluir
  19. Muito bom!!!!

    Esse texto me fez lembrar do pequeno documentário do Sérgio Bianchi. O doc. se chama "Mato Eles?" ( tem no youtube e apesar de a resolução e o som serem péssimos, vale a pena ver).


    Abraços,


    Tassi.

    ResponderExcluir
  20. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir
  21. Em todos os últimos domingos de setembro os Tupinambá de Olivença (Ilhéus - Bahia) se preparam para a Caminhada em Memória aos Mártires do Massacre do Rio Cururupe:

    "Os Parentes estão se preparando para os 7 km que serão percorridos (...) com suas pinturas, trajes, maracás, colares e cocares. Neste dia lembraremos dos nossos parentes que foram assassinados em 1559 a mando do então Governador Mem de Sá que (...) mandou carta para Coroa de Portugal [31/03/1560] dizendo que o 'mar havia ficado vermelho com o sangue dos gentios' [Segundo o próprio Mem de Sá, após o massacre: 'trouxeram a terra os corpos dos índios mortos e os pozeram ao longo da praia por ordem que tomavam os corpos perto de uma légua' - cerca de 7 km. Este episódio ficou conhecido como 'Batalha dos Nadadores']. Para nós (Tupinambá) lembrarmos datas como essa é motivo de tristeza. Lembramos também nesta data de Caboclo Marcelino que lutou para impedir a construção da ponte sob este mesmo Rio Cururupe e foi sequestrado a mando do Estado, sendo brutamente torturado e morto. Marcelino queria evitar que os não índios chegassem mais rapidamente até à Aldeia. Ainda hoje somos massacrados, mas estamos fortes e convictos de nossos direitos." (In: Índios OnLine. http://www.indiosonline.org.br, 25 de setembro de 2010)

    É extremamente importante que nos oponhamos à violência, racismo e arbitrariedade sofridos pelos índios!

    ResponderExcluir

observar e absorver

Aqui procuramos causar reflexão.