segunda-feira, 4 de março de 2013

Yoani Sanches



Basta ver quem apóia essa figura, quem a recebe calorosamente, pra perceber o nível da sua credibilidade. Nem preciso falar muito, veja a foto no congresso e as histórias de quem a cerca. Só vampiro. A mídia privada a apresentou todos os dias, ela foi exposta à exaustão pelos piores mecanismos de comunicação da nossa sociedade, que incitaram e apoiaram o golpe militar, estampando manchetes como "A volta da democracia". Como acreditar nesses meios? Ao contrário, desacreditá-los é uma necessidade.

Seria melhor observar os dados sobre educação em Cuba, da UNESCO, ou sobre a medicina cubana que, além ser gratuita e plena, é estendida a pobres de outros países. Cuba envia médicos (e também professores)- e tem o reconhecimento da OMS, além da gratidão de pelo menos 60 países pobres. 

A difamação de Cuba se dá por um motivo muito simples. Lá, empresas não mandam. Aqui e em outros países, empresas de comunicação descem o malho, claro, vampiros inconformados com o atrevimento da pequena ilha, bem no nariz do império das corporações, colocar o Estado pra servir ao povo, impedindo o saque empresarial que provoca miséria em nossos países, subordinando seus governos. Do mesmo jeito que o ricaço se sente humanamente superior ao seu empregado, essa classe de pessoas tem o sentimento de natural superioridade, além do direito natural ao privilégio, mesmo à custa de exploração e sabotagem à grande maioria das pessoas. Esses jornalistas e comentaristas da mídia sofrem do mal da arrogância extrema, do egoísmo, da vaidade e vêem na existência de uma nação que pensa, instruída, informada, em condições de entender os acontecimentos e colocar o Estado a serviço de todos, um absurdo odioso. A idéia de igualdade de direitos e oportunidades lhes é revoltante, intolerável. O Estado não tem nada que servir ao povo, tem que servir os seus amos, os patrões dos patrões, que afinal lhes pagam gordos salários, lhes atiram privilégios e agrados pelos serviços prestados nas comunicações, com seu jornalismo torto. 

Nunca estive em Cuba e não pretendo defendê-la (nem é preciso). Mas observando quem a ataca, eu me inclino a simpatizar, entendo as motivações. Teria vergonha de fechar com qualquer opinião da mídia privada, dos conservadores e dos privilegiados que expõem seu ódio contra os "irmãos Castro", como antes era a Fidel, o "ditador milionário dono da ilha presídio". Se inteirando um pouco da história, lendo e ouvindo várias fontes, é fácil perceber quanta distorção, quanta mentira é contada. Quem tem liberdade de imprensa tem responsabilidade com a verdade dos fatos. O direito de falar ao público deve ser condicionado à prática da verdade. E, comprovadamente, essa mídia coleciona mentiras.

Que moral temos nós pra falar de um país que não tem um único desabrigado, que zerou o analfabetismo, que tem 100% das suas crianças matriculadas em escolas gratuitas e de qualidade (no Brasil há 3 milhões de crianças fora da escola), que fez a reforma agrária (a começar pela fazenda da família Castro) e estimula a produção cultural sem transformar arte em mercadoria? Todos esses dados são apresentados por organismos da ONU, não pelo governo cubano, e solenemente ignorados, escondidos pela mídia privada, por motivos óbvios - sua função é detratar a ilha.

"Houve um ano, 1984, em que a Unesco reconheceu ter Cuba batido um recorde na publicação de livros, que lá são vendidos a preços de um picolé ou menos. Foram 480 milhões de exemplares publicados naquele ano. Entre estas obras há Guimarães Rosa, com tiragem superior a 150 mil exemplares, quando no Brasil, com um indústria gráfica 50% ociosa, a tiragem padrão é de apenas 3 mil exemplares. Em Cuba há mais pleno acesso à literatura universal, ao cinema internacional, o cinema é uma atividade popular, com ingressos baratos e salas cheias."(http://altamiroborges.blogspot.com.br/2013/02/yoani-e-diplomacia-da-desintegracao.html)

Os cubanos "dissidentes", maiamenses raivosos que tremem de ódio ao ouvir o nome de Fidel, são a antiga burguesia cubana, serviçal dos milionários estadunidenses que faziam de Cuba seu bordel (inclusive com leis de proteção para seus crimes em território cubano), em troca dos privilégios concedidos à elite local. Apontar a injustiça dos luxos e excessos enfurece os privilegiados em geral. Os emigrados de Cuba por causa da revolução, reunidos em Maiame, carregam um ódio visceral por Fidel, pela revolução e por Cuba livre. Seu sentimento de superioridade, seu egoísmo não perdoam a retirada dos seus privilégios. Foram centenas de milhares, numa população de nove milhões, na época. A elite dirigente e seus satélites, subalternizados, entregavam a riqueza e o próprio povo cubano, de bandeja, à exploração estrangeira. Corriam soltos analfabetismo e miséria em meio à maioria cubana.

Não preciso de provas. A história está aí mesmo pra quem quiser saber. Distorções só funcionam quando não se conhece. Os sinais são mais que suficientes. E sustento minha impressão com isenção política em relação a todos os movimentos de esquerda, pois não sou integrante de nenhuma agremiação além da humana, apesar de somar esforços nas lutas que me parecem justas. Procuro pensar com minha própria cabeça, sem me deixar induzir pelos profissionais da mídia, nem pelos doutrinários da esquerda "revolucionária"- embora tenha por estes uma grande simpatia.

Essa triste figura que circula carregada nos braços da mídia não tem verdadeira expressão. Sua fala não tem alma, suas colocações flutuam no ar e se desfazem, sem sentido nem lastro. É uma esgrimista de palavras vazias de significado. Tenho um amigo peruano, o Pepe, que considero mestre na arte de falar sem dizer nada. Muitas vezes o vi enrolar fiscais e guardas em palavras carregadas de sotaque, fazê-los coçar a cabeça - eu via as expressões confusas, a cara de mau sem saber o que fazer - e, em algumas ocasiões, até deixá-lo em paz vendendo suas coisinhas - muito antigamente, claro, hoje em dia tá brabo. A Yoani tem essa arte. Só que pra difamar, distorcer e atacar o regime cubano, como interessa aos que se sentem superiores aos povos. E esses caras costumam gratificar muito bem os que lhes prestam serviços que eles consideram importantes. Vi quando ela foi interpelada por jornalistas bem informados, que questionavam com muita base, a forma de falar sem dizer, com abstrações sem sentido real, usando palavras de efeito bem arrumadas, um discurso de som e idéias espargidas no ar, soltas, sem conexão, mas de forte som e significado isolado. Eita ferro, a mina é competente. Do mal, mas competente. O Pepe era do bem e nós dávamos muita risada depois. 



Seguem dados sobre Cuba, com isenção internacional. Escondidos pela mídia, que mente descaradamente a respeito de uma sociedade onde as empresas não mandam, não predominam e não exploram. Daí o ódio.



Artigo escrito por acadêmico da prestigiada universidade de Sorbonne (França), ou seja, por pessoa que tem como praxe divulgar dados extraídos de pesquisa científica, ao contrário da enxurrada de opiniões lançadas por aí com base em achismos fundados apenas na simpatia/antipatia ideológico-partidária. Claro que tais dados não nos conduzirão a verdades únicas e absolutas, e tampouco são suficientes para "fechar" um juízo de valor definitivo sobre uma sociedade tão distinta da nossa (e tão complexa quanto a nossa). Mas, certamente, esses dados conferem uma credibilidade enorme às conclusões que podem ser extraídas deles.
Link: http://operamundi.uol.com.br/conteudo/opiniao/27464/cuba+50+verdades+que+yoani+sanchez+ocultara.shtml

Cuba: 50 verdades que Yoani Sánchez oculta, a mando dos seus patrocinadores. Mentir é sua função, por isso a receptividade da mídia e dos piores congressistas do Brasil. Não entendi o Suplicy.

Blogueira faz turnê mundial de 80 dias em cerca de 12 países do mundo para falar sobre Cuba. Mas não dirá tudo...

1. O artigo 1705 da Lei Torricelli, de 1992, adotada pelo Congresso norte-americano, estipula que: “Os Estados Unidos fornecerão apoio a organizações não-governamentais apropriadas, para apoiar indivíduos e organizações que promovam uma mudança democrática não-violenta em Cuba”.

2. O artigo 109 da Lei Helms-Burton, de 1993, aprovada pelo Congresso, confirma essa política: “O Presidente [dos EUA] está autorizado a proporcionar assistência e oferecer todo tipo de apoio a indivíduos e organizações não-governamentais independentes para apoiar os esforços com vistas a construir a democracia em Cuba”.

3. A agência espanhola EFE fala de “opositores pagos pelos EUA” em Cuba.

4. Segundo a agência britânica Reuters, “o governo norte-americano proporciona abertamente apoio financeiro federal para as atividades dos dissidentes”.

5. A agência de notícias norte-americana The Associated Press reconhece que a política de financiar a dissidência interna em Cuba não é nova: “Há muitos anos, o governo dos EUA vem gastando milhões de dólares para apoiar a oposição cubana”.

6. Jonathan D. Farrar, ex-chefe da Seção de Interesses Norte-americanos em Havana (SINA), revelou que alguns aliados dos EUA, como o Canadá, não compartilham da política de Washington: “Nossos colegas canadenses nos perguntaram o seguinte: Por acaso alguém que aceita dinheiro dos EUA deve ser considerado um preso político?”

7. Para Farrar, “Nenhum dissidente tem uma visão política que poderia ser aplicada em um futuro governo. Ainda que os dissidentes não admitam, são muito pouco conhecidos em Cuba fora do corpo diplomático e midiático estrangeiro […]. É pouco provável que desempenhem um papel significativo em um governo que sucederia ao dos irmãos Castro”.

8. Farrar afirmou que “os representantes da União Europeia desqualificaram os dissidentes nos mesmos termos que os do governo de Cuba, insistindo no fato de que não representam a ninguém”.

9. Cuba dispõe da taxa de mortalidade infantil (4,6 por mil) mais baixa do continente americano – incluindo Canadá e EUA – e do terceiro mundo.

10. A American Association for World Health, cujo presidente de honra é Jimmy Carter, aponta que o sistema de saúde de Cuba é “considerado de modo uniforme como o modelo preeminente para o terceiro mundo”.

11. A American Association for World Health aponta que “não há barreiras raciais que impeçam o acesso à saúde” e ressalta “o exemplo oferecido por Cuba, o exemplo de um país com a vontade política de fornecer uma boa atenção médica a todos os cidadãos”.

12. Com um médico para cada 148 habitantes (78.622 no total), Cuba é, segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), a nação melhor dotada do mundo neste setor.

13. Segundo a New England Journal of Medicine, a mais prestigiada revista médica do mundo, “o sistema de saúde cubano parece irreal. Há muitos médicos. Todo mundo tem um médico de família. Tudo é gratuito, totalmente gratuito […]. Apesar do fato de que Cuba dispõe de recursos limitados, seu sistema de saúde resolveu problemas que o nosso [dos EUA] não conseguiu resolver ainda. Cuba dispõe agora do dobro de médicos por habitante do que os EUA.

14. Segundo o Escritório de Índice de Desenvolvimento Humano do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, Cuba é o único país da América Latina e do Terceiro Mundo que se encontra entre as dez primeiras nações do mundo com o melhor Índice de Desenvolvimento Humano sobre três critérios, expectativa de vida, educação e nível de vida durante a última década.

15. Segundo a Unesco, Cuba dispõe da taxa de analfabetismo mais baixa e da taxa de escolarização mais alta da América Latina.

16. Segundo a Unesco, um aluno cubano tem o dobro de conhecimentos do que uma criança latino-americana. O organismo enfatiza que “Cuba, ainda que seja um dos países mais pobres da América Latina, dispõe dos melhores resultados quanto à educação básica”.

17. Um informe da Unesco sobre a educação em 13 países da América Latina classifica Cuba como a primeira em todos os aspectos.

18. Segundo a Unesco, Cuba ocupa o décimo sexto lugar do mundo – o primeiro do continente americano – no Índice de Desenvolvimento da Educação para todos (IDE), que avalia o ensino primário universal, a alfabetização dos adultos, a paridade e a igualdade dos sexos, assim como a qualidade da educação. A título de comparação, EUA está classificado em 25° lugar.

19. Segundo a Unesco, Cuba é a nação do mundo que dedica a parte mais elevada do orçamento nacional à educação, com cerca de 13% do PIB.

20. A Escola Latino-americana de Medicina de Havana é uma das mais prestigiadas do continente americano e já formou dezenas de milhares de profissionais da saúde de mais de 123 países do mundo.

21. O Unicef enfatiza que “Cuba é um exemplo na proteção da infância”.

22. Segundo Juan José Ortiz, representante da Unicef em Havana, em Cuba “não há nenhuma criança nas ruas. Em Cuba, as crianças ainda são uma prioridade e, por isso, não sofrem as carências de milhões de crianças da América Latina, que trabalham, são exploradas ou caem nas redes de prostituição”.

23. Segundo o Unicef, Cuba é um “paraíso para a infância na América Latina”.

24. O Unicef ressalta que Cuba é o único país da América Latina e do terceiro mundo que erradicou a desnutrição infantil.

25. A organização não governamental Save the Children coloca Cuba no primeiro lugar entre os países em desenvolvimento no quesito condições de maternidade, à frente de Argentina, Israel ou Coreia do Sul.

26. A primeira vacina do mundo contra o câncer de pulmão, a Cimavax-EGF, foi elaborada por pesquisadores cubanos do Centro de Imunologia Molecular de Havana.

27. Desde 1963, com o envio da primeira missão médica humanitária à Argélia, cerca de 132 mil médicos cubanos e outros profissionais da saúde colaboram voluntariamente em 102 países.

28. Ao todo, os médicos cubanos atenderam mais de 85 milhões de pessoas e salvaram 615 mil vidas em todo o planeta.

29. Atualmente, 38.868 colaboradores sanitários cubanos, entre eles 15.407 médicos, oferecem seus serviços em 66 nações.

30. Segundo o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) “um dos exemplos mais exitosos da cooperação entre cubana com o Terceiro Mundo tem sido o Programa Integral de Saúde América Central, Caribe e África”.

31. Em 2012, Cuba formou mais de 11 mil novos médicos: 5.315 são cubanos e 5.694 são de 69 países da América Latina, África, Ásia… e inclusive dos Estados Unidos.

32. Em 2005, com a tragédia causada pelo furacão Katrina em Nova Orleans, Cuba ofereceu a Washington 1.586 médicos para atender as vítimas, mas o presidente da época, George W. Bush, rejeitou a oferta.

33. Depois do terremoto que destruiu o Paquistão em novembro de 2005, 2.564 médicos cubanos atenderam as vítimas durante mais de oito meses. Foram montados 32 hospitais de campanha, entregues prontamente às autoridades do país. Mais de 1,8 milhões de pacientes foram tratados e 2.086 vidas foram salvas. Nenhuma outra nação ofereceu uma ajuda tão importante, nem sequer os EUA, principal aliado de Islamabad. Segundo o jornal britânico The Independent, a brigada médica cubana foi a primeira a chegar e a última a deixar o país.

34. Depois do terremoto no Haiti, em janeiro de 2012, a brigada médica cubana, presente desde 1998, foi a primeira a atender a população e curou mais de 40% das vítimas.

35. Segundo Paul Farmer, enviado especial da ONU, em dezembro de 2012, quando a epidemia de cólera alcançou seu ápice no Haiti com uma taxa de mortalidade sem precedentes e o mundo voltava sua atenção para outro lado, a “metade das ONG já tinham se retirado, enquanto os Cubanos ainda estavam presentes”.

36. Segundo o PNUD, a ajuda humanitária cubana representa, proporcionalmente ao PIB, uma porcentagem superior à media das 18 nações mais desenvolvidas.

37. Graças à Operação Milagre, lançada por Cuba e Venezuela em 2004, e que consiste em operar gratuitamente as populações pobres vítimas de cataratas e outras doenças oculares, mais de dois milhões de pessoas procedentes de 35 países puderam recuperar a visão.

38. O programa de alfabetização cubano "Yo, sí puedo", lançado em 2003, já permitiu que mais de cinco milhões de pessoas de 28 países diferentes, incluindo da Espanha e da Austrália, aprendessem a ler, escrever e a somar.

39. Desde a criação do Programa humanitário Tarará, em 1990, em resposta à catástrofe nuclear de Chernobil, cerca de 30 mil crianças 5 e 15 anos foram tratadas gratuitamente em Cuba.

40. Segundo Elías Carranza, diretor do Instituto Latinoamericano das Nações Unidas para a Prevenção do Delito e Tratamento do Delinquente, Cuba erradicou a exclusão social graças “a grandes conquistas na redução da criminalidade”. Trata-se do “país mais seguro da região, [enquanto que] a situação em relação aos crimes e à falta de segurança em escala continental se deteriorou nas últimas três décadas com o aumento do número de mortes nas prisões e no exterior”.

41. Em relação ao sistema de Defesa Civil cubano, o Centro para a Política Internacional de Washington, dirigido por Wayne S. Smith, ex-embaixador norte-americano em Cuba, aponta em um informe que “não há nenhuma dúvida quando à eficiência do sistema cubano. Apenas alguns cubanos perderam a vida nos 16 furacões mais importantes que atingiram a ilha na última década, e a propabilidade de se perder a vida em um furacão nos EUA é 15 vezes maior do que em Cuba”.

42. O informe da ONU sobre “O estado da insegurança alimentar no mundo 2012” aponta que os únicos países que erradicaram a fome na América Latina são Cuba, Chile, Venezuela e Uruguai.

43. Segundo a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO), “as medidas aplicadas por Cuba na atualização de seu modelo econômico com vistas a conseguir a soberania alimentar podem se converter em um exemplo para a humanidade”.

44. Segundo o Banco Mundial, “Cuba é reconhecida internacionalmente por seus êxitos no campo da educação e da saúde, com um serviço social que supera o da maioria dos países em vias de desenvolvimento e, em alguns setores, é comparável ao de países desenvolvidos”.

45. O Fundo das Nações Unidas para a População salienta que Cuba “adotou, há mais de meio século, programas sociais muito avançados, que permitiram ao país alcançar indicadores sociais e demográficos comparáveis aos dos países desenvolvidos”.

45. Desde 1959, e da chegada de Fidel Castro ao poder, nenhum jornalista foi assassinado em Cuba. O último que perdeu a vida foi Carlos Bastidas Argüello, assassinado pelo regime militar de Batista em 13 de maio de 1958.

47. Segundo o informe de 2012 da Anistia Internacional, Cuba é um dos países da América que menos viola os direitos humanos.

48. Segundo a Anistia Internacional, as violações de direitos humanos são mais graves nos EUA do que em Cuba.

49. Segundo a Anistia Internacional, atualmente, não há nenhum preso político em Cuba.

50. O único país do continente americano que não mantém relações diplomáticas e comerciais normais com Cuba são os EUA.

* Doutor em Estudos Ibéricos e Latino-americanos da Universidade Paris Sorbonne-Paris IV, Salim Lamrani é professor titular da Université de la Réunion e jornalista, especialista nas relações entre Cuba e Estados Unidos. Seu último livro se intitula Etat de siège. Les sanctions économiques des Etats-Unis contre Cuba, Paris, Edições Estrella, 2011, com prólogo de Wayne S. Smith e prefácio de Paul Estrade.

Contato: Salim.Lamrani@univ-mlv.fr.

17 comentários:

  1. Olá!

    Ótimo texto, mas fiquei curioso com os dados de que Cuba publica uma média de 40 mil novos livros por ano. Pode oferecer fontes?

    Abraços

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    1. Isso me parecia uma memória de alguma coisa que li, sem lembrar de onde. Sua pergunta me fez procurar e o que achei demonstra que minha imaginação distorceu a informação - que se não tem os números citados, ainda tem Cuba como distante do Brasil em suas publicações. Estou corrigindo o texto. Obrigado.

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  2. Sinceramente não consigo entender quem está falando a verdade.

    Pois há três tipos de verdade, a minha, a sua e a verdade.
    É notório quando vc fala do despertar não é no sentido político e sim humanitário.
    Quando fala de revolução é sobre a interna e não daquelas que usa o povo como massa de manobra.
    Ou seja, suas idéias não são norteadas por pensamentos políticos quer seja de direita ou esquerda.

    Tento pensar além dessa dicotomia direita e esquerda, pois ambas foram responsáveis por muitas atrocidades contra o humano, tento ser imparcial à defesa de ambas, aliás, sou cético quanto a isso.
    Vai ser sempre assim, uma tentando denegrir a imagem da outra.

    O ser humano é algo muito complexo, uns acham que para se realizarem devem possuir riquezas, glórias e poder, explorar o outro, ser superior de alguma maneira. Aí que mora o perigo. Será que a verdade divulgada tanto pela esquerda ou pela direita não é nada mais que suas verdades, ou melhor, verdade conveniente? Mas ainda não encontrei a tal Verdade.

    Um Abraço

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    1. Penso que fatos têm independência de interpretação para existirem. Tais como as estatísticas e dados levantados através do método científico, apresentadas pelo pesquisador. Não vejo necessidade de olhá-los através de um prisma de ideologia política para os absorver. Para mim, a busca "Da Verdade"(?) é positiva, assim como a busca das utopias, da liberdade plena, felicidade, etc; mas existem verdades "menores", que nos ajudam a formar nossas visões de mundo. Essas apresentadas não seriam uma das três que vc levantou, "a verdade"?
      Abraço, Gabriel.

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    2. Há muitas verdades no caminho da verdade. A plena, absoluta, se é que há, não está ao nosso alcance, seres microscópicos boiando numa bolinha mineral insignificante que gira em torna de uma estrelinha anã, entre bilhões de outras estrelas e galáxias. Pelo menos por ora. Aos poucos vamos alcançando pequenas verdades, que não creio serem só três. Há infinitas.

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  3. A foto tá ótima. Só os figurões... que corja!

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    1. Corja de sanguessugas, serviçais dos interesses vampirescos.

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  4. A Mídia continua servindo o mesmo prato de sempre:
    "IGNORÂNCIA À LA CARTE" e os que têm olhos para ver não vêm nada além de sua própria imagem distorcida num caco de espelho que são estas sociedades elitistas medíocres.
    Um homem "LIVRE" Jamais retorna para seu estado anterior de miséria e ignorância, pois entendeu como se processa o deterionamento do que um dia foi alimento e sua transformação em lixo o que lhe dá força para que sua mente "nunca" entre nesse processo.

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  5. espero que possa contribuir com o seu post

    http://www.pragmatismopolitico.com.br/2013/02/o-bate-papo-que-desmascarou-a-blogueira-yoani-sanchez.html

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    1. Não foi só aí. Em várias ocasiões, como no Canal Brasil, ela foi entrevistada por gente inteligente, informada e interessada nas verdade dos fatos e desconversou, repetiu jargões e lançou palavras vazias. Una buena farsante.

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  6. Eduardo, excelente artigo e perfeita análise da tal figura!
    Parabéns mais uma vez!

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  7. Uau, que foto! Parece "a última ceia" às avessas...

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  8. Olá Eduardo, sou morador de São Gonça e gostaria de saber se você expõe seu trabalho em Niterói? Abraços.

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    1. Muito raro eu expor em Niterói. Exponho no Rio, em Santa Teresa, nos fins de semana. Durante a semana, produzo em casa e, às vezes, compareço a alguns eventos no Rio, onde se reúnem cabeças pensantes que contestam nossa realidade social. De vertentes variadas.

      Abraço.

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  9. Oi Eduardo, só hoje li essa postagem completa. (entrou um vírus no meu face e foi bloqueado. se te aparecer link do meu perfil, não abre que é vírus). Mas o seguinte: estive em Cuba, por 2 meses, em 2001, num estágio na Universidade de Havana. Vivi como os cubamos, morei com uma senhora cubana, alugando um quarto numa casa antiga. Concordo com quase tudo que escreveste, sobre a Yoani concordo plenamente. Lá, vi crianças uniformizadas que, depois da escola regular, iam pra escolas de arte variadas (cinema, dança, fotografia etc). Vi um rapaz entrando na casa, jantando com gente, conversando carinhosamente, tomando licorzinho e pra minha surpresa, era o médico dela! Fez o exame, pegou a bicicleta e foi atender outro paciente. eles são incríveis na medicina de familia, preventiva, que previne muita coisa de chegar á alta complexidade, onde não são tão bons muito por causa do bloqueio. Vi e fui ao cinema a 2 pesos (só pra ter uma ideia: 2 pesos cubanos. um dólar era 22 pesos. faça as contas, pois sou ruim em matemática!) enfim, mta coisa boa (inclusive a melhor sorveteria do planeta, a Copélia, que aparece no filme Morango e chocolate!). Não existe gente analfabeta e nem miserável, é uma pobreza digna. Desejei muito aquela vida para as crianças brasileiras. Mas tem o lado ruim, também. Falta de liberdade de sair do país; falta de liberdade na instituição (universidade). Só trabalhavam com a psicologia russa (VIgostski, Luria, Leontiev etc, que são muito bons, mas não são tudo!) Algumas desigualdades horriveis entre cubanos e turistas, do tipo: pra Varadero eles não podiam ir. Só turistas (pra não "misturar" e eles desejarem as coisas). Levei um casal de amigos cubanos, fomos meio com medo, mas deu tudo certo, eu paguei a passagem e eles bem quietinhos. A praia é divina, aquele mar deslumbrante que só tem no Caribe. Um clima de autoritarismo, cachorros policiais caminhando dentro do aeroporto, gerando um clima meio ruim. As mulheres viviam se virando, pois recebem na cesta básica um pacote de absorvente de 10 unidades pra dois meses. Seriam precisos pelo menos 4 para o período. Elas não têm dinheiro pra comprar em farmácia de turista. Sofrem pra achar um jeito de sair na rua sem ser sangrando, 5 dias por mês. Sites de internet bloqueados. Enfim, contradições e dificuldades. E em algum lugar do mundo elas não existem? absolutamente, não! Mas é importante falar dos dois lados, que por sua vez têm mil subdivisões, pois como falaste acima, são muitas 'verdades'. Enfim, isso faz 12 anos já. Gostaria de saber como está agora. Abraços a ti e aos teus leitor@s.

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  10. Apesar de não conhecer Cuba, mas a comparando por meio de dados e estatísticas oficiais ao Brasil, as privações impostas aos cidadãos cubanos não deveriam ser tidas como alvos de julgamentos, pois em nosso país as cadeias da miséria e da fome aprisionam milhares de brasileiros e nem por isso são alvos de manifestações e protestos, mas de conformidade. Sendo eles um país em que o índice de analfabetismo chega a zero, e sem precisar se render ao mundo do ciberespaço, onde em minha opinião reina a ignorância, a imoralidade e o equívoco, temos muito a aprender com Cuba, e questionar a nossa tão invejada liberdade de ir e vir.

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  11. Sem que contar que esse modo de vida deles, sem consumismo, agride muito menos o meio ambiente, com certeza tem problemas, mas um país que não tem os recursos que nós temos, que não tem a carga tributária que nós temos, e que conseguem dar educação, saúde e moradia para todo o seu povo, sem exceções, mesmo com os embargos políticos, e vivem de uma forma muito mais sustentável. O mundo deveria ver Cuba como exemplo, nossos filhos e netos vão pagar a conta dessa nossa vida consumista.

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