segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Eduardo marinho - Uberlândia (MG)

Isso me chegou recente, mas data de outubro de 2012. Na falta de postagem melhor, vai aí. Gabriel Serafim é autor de "Riso, risco, aliso, enrosco", livro pra cujo lançamento fui convidado. Bibi conseguiu superar a corrida de obstáculos burocráticos, psicológicos e ideológicos dos editais públicos e obteve o financiamento pra todas as necessidades da produção. Fui incluído graças a isso.

Pouco tempo atrás ele esteve em Santa Teresa, onde exponho, foi um prazer rever esse camarada. Disse que em janeiro mudaria pro Rio e disse mais, que faria essa corrida de obstáculos pra me conseguir a mesma coisa. Ele insistiu pra que eu fizesse, apesar de eu afirmar minha incapacidade. Não há dinheiro que me encante a ponto de encarar o desgosto do contato com as instâncias burocráticas do Estado. O sentimento de sem fim - vai pra cá, vai pra lá, falta uma assinatura, um número, um carimbo, volta, busca, não está, aguarde sua vez, volta na segunda, ... - me perturba. Aí ele disse que era fácil e que ele mesmo iria fazer isso, usando o material que existe a meu respeito por aí. E brotou a sensação, "será?" e a imaginação fez o resto.

Pra quê que tu foi falar isso, Bibi? Agora já era. Perdeu, pleibói, vou ficar na tua cola. Quem sabe eu não aprendo o caminho? Aí, sim, vai se poder fazer muita coisa que não se faz por falta de condições. E o trampo vai voar por aí. Grande abraço.


Ah, sim, a respeito do vídeo, no final eu falo em amor irrestrito pelo ser humano. Preciso dizer que não me sinto nesse patamar de elevação, penso nisso como objetivo da humanidade como um todo. Em certo momento senti que passei essa impressão.

Carrego comigo todas as mazelas que vejo na humanidade à minha volta, senão de forma explícita, pelo menos em potencial. Eu me debato interiormente contra meus próprios e ainda inevitáveis sentimentos ruins, destrutivos, desequilibrados que influenciam minha vibração pessoal e toda a realidade à minha volta. Prestando atenção aos sentimentos que permito brotarem dentro de mim e nos sentimentos que provoco nas minhas relações, posso perceber e evitar constrangimentos, atritos, mágoas ou rancores. Quase sempre. É desnecessário e nocivo provocar sentimentos de mal estar. E a gente arruma menos problemas.


3 comentários:

  1. Bacaaaana... muito bom! Impossível não ficar com a cabeça fervilhando de pensamentos e reflexões depois de assistir bate papos como esse.

    Mike Coutinho

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  2. Muito bom! tenho aprendido muito com suas falas. Obrigado!

    Sua fala me faz muito lembrar as palavras de Chuck Palahniuk em club da luta:

    “Nós não temos nenhuma Grande Guerra, nenhuma Grande Depressão. Nossa Grande Guerra é uma guerra espiritual, nossa Grande Depressão é as nossas vidas. Nós temos todos sido criados em frente à televisão para acreditar que um dia todos nós seremos milionários e deuses de filmes e estrelas de rock. Mas não vamos. E nós estamos lentamente aprendendo esse fato."

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  3. Sobre a citação feita do "O século do Ego" Um link no Vimeo com 4 partes
    http://vimeo.com/album/2645505

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