quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Reportagem inesperada na tevê inimiga do ser humano comum.

A medicina cubana é a mais humana do mundo. Pra alguns, essa afirmação é uma heresia sem perdão. A rejeição plantada pela mídia, a mando principalmente dos laboratórios farmacêuticos e da indústria médica, resulta em disparates absurdos gritados raivosa e estupidamente pelas mentalidades conduzidas e pelas elitistas. A Escola Latinoamericana de Medicina, em Cuba, tem 60% de alunos estrangeiros, inclusive estadunidenses, exige alguns requisitos pra admitir os alunos. Primeiro, é preciso não ter condições de pagar o curso. É preciso ter algum engajamento em movimentos populares. E também o compromisso de atender os que não podem pagar, em primeiro lugar - lá é proibido cobrar consulta, o Estado paga os salários. Que não fazem ninguém rico.



Numa entrevista que vi de uma médica brasileira formada em Cuba, a repórter questionava o baixo salário, a casa simples, o bairro pobre onde ela morava, um enorme contraste com a situação dos médicos brasileiros, as respostas foram exemplares. Ela disse que morava entre as pessoas que ela atendia, que era preciso estar perto delas e conviver, que sua casa era melhor do que a de todos os vizinhos e que - tapa na cara - não havia feito medicina pra ganhar dinheiro, mas pra atender as pessoas que precisam e não têm como pagar.  Que sua vida estava muito bem, obrigada, e ela tinha tudo o que precisava pra viver e exercer sua função, tinha até mais que isso, ela ressaltou. E que achava justo parte do seu salário ser destinado ao governo cubano, pois assim como ela não teria condições de fazer medicina se tivesse que pagar, outros estavam estudando financiados, entre outras fontes, pelos médicos formados. "Se eu não tiver uma relação afetiva com meus pacientes, então eu não sou médica", ela disse.



Outra entrevista (que ouvi na Voz do Brasil), de uma senhora que pela primeira vez tinha sido atendida na sua cidade, em Tocantins - era preciso se deslocar pra uma cidade vizinha pra isso -, perguntava a opinião dela a respeito da médica cubana. A resposta era esclarecedora a respeito do atendimento pelos médicos formados no Brasil. "Ela é ótima, nunca está de mau humor. Nunca grita com a gente, põe a gente sentada do lado dela, pega na mão da gente, trata a gente com amor, olha a gente nos olhos..." Tapa na cara.



Vi envergonhado a reação dos médicos brasileiros à chegada dos cubanos enviados pra atender as pessoas que não tinham atendimento médico, nos grotões do país ou nas periferias e favelas onde eles se recusavam a ir. Ridículo, pra falar o mínimo. Aquela recepção no aeroporto em que um grupo de médicos, de branco, com faixas e cartazes de protesto, gritava, entre outros insultos, "escravos", na chegada dos cubanos, foi especialmente constrangedora. O ódio induzido alega pretextos inacreditáveis pra esconder os reais motivos - a medicina cubana atende com amor os de baixo, é preventiva e não curativa, ou seja, não usa remédios compulsivamente como a medicina do lucro, corrige hábitos pra preservar a saúde e não adoecer e tem como base o exame clínico e a conversa pra chegar ao diagnóstico.



A humildade é visível na medicina cubana, um contraste aberrante com a medicina empresarial, que mal olha o paciente e o manda pras máquinas de exames e pras farmácia a consumir remédios. A arrogância bloqueia a inteligência e a quantidade de erros médicos é enorme. Este sentimento de superioridade é induzido nas faculdades de medicina, assim como a insegurança, que precisa da arrogância pra ser escondida. São inseguros, portanto arrogantes. A humildade permite a existência da sabedoria, da humanidade, do amor ao ser humano. Não é à toa que a medicina cubana é considerada a melhor do mundo - aqui a mídia faz o seu trabalho de deformação da realidade em defesa de interesses empresariais, financiada que é por laboratórios, pela indústria farmacêutica e pelos planos de "saúde".



As idéias que se têm sobre Cuba são inteiramente deturpadas, são fabricadas em laboratórios de pensamento e implantadas no inconsciente coletivo pela mídia. Cuba é o terror dos podres de ricos, dos mega-empresários, porque lá a vida humana vale mais que o patrimônio, que o lucro, que a economia ditada pelo "mercado financeiro", ao contrário daqui (e quem conseguir não acreditar, compare as delegacias de crimes contra o patrimônio com as de homicídios). Fora os privilegiados que odeiam Cuba e a difamam em interesse próprio, em seu egoísmo extremo, veias saltadas em fúria plena e mentiras prontas, repetitivas e descaradas, qualquer um que se interesse e pesquise os dados da ONU, da OMS (Organização Mundial de Saúde), da UNESCO (educação e cultura da ONU) e outros organismos internacionais verá que ali existe o que talvez seja a primeira democracia de verdade no planeta, um Estado dedicado em primeiro lugar ao seu povo - o que está longe da realidade brasileira. E é exatamente por isso que o ódio, a difamação, as mentiras midiáticas capricham em relação a Cuba.



Na ilha caribenha, é proibida a publicidade comercial, a indução ao consumo compulsivo que adoece todo o mundo capitalista. É de se esperar o cerco, o ataque e a rejeição fabricada pelos interesses empresariais contra a sociedade cubana e as que tentam se humanizar pra serem menos injustas, como a Venezuela, a Bolívia, o Equador, a Nicarágua, justamente os países da ALBA (Aliança Bolivariana das Américas), justamente os que se levantaram contra o predomínio dos bancos e corporações euroamericanos, os monstros anti-humanos que prevalecem sobre tantos países e povos, infernizando a vida e causando tanto estrago e sofrimento a bilhões de pessoas em todo o mundo.



Esta reportagem na globoníus é surpreendente e inesperada. Talvez um momento de distração de alguém por lá, não duvido que tenha havido esporro, retaliação, punições e que cabeças tenham rolado. Ou se deram conta do óbvio e perceberam que sua credibilidade está caindo em queda livre e resolveram dar uma pitada de verdade pra tentar conter ou recuperar um pouco. Não sei. Mas sei que merece divulgação e aí está.



18 comentários:

  1. Sistema autoritário é o que diz a mídia. Assim como diz que as tentativas de regulamentar as concessões, de abrir espaço pra comunicação popular, formar conselhos populares pra fiscalizar são ataques à liberdade de imprensa, são a instalação de uma ditadura bolivariana e outras sandices que só convencem os ingênuos e dão argumentos mentirosos aos mau-caráter. Eu teria vergonha de repetir isso, mas cada um pensa como pode, ou quer. Com todo respeito. Só os fatos, comprovados por entidades internacionais, inclusive da ONU, de não haver nenhuma pessoa desabrigada, ninguém sem atendimento médico, ninguém passando fome e atirado ao abandono como aqui, já dá moral pra eles e tira a nossa. Afinal, com os índices brasileiros seria melhor ficar quietinho antes de falar de Cuba. Já assistiu o filme de uma argentina, Carolina não me lembro do que, "Fatos, não palavras - direitos humanos em Cuba"? Vê lá como é o sistema eleitoral, o sistema penitenciário, o sistema educacional - o melhor da América Latina, segundo a UNESCO. Vê lá como o povo debate todas as políticas públicas antes de serem implantadas. Não defendo nada, apenas procuro ver a realidade com meus próprios olhos, e não pelas lentes implantadas por uma educação enquadradora e pela mídia comercial privada.

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  2. E outra coisa, a estrutura social brasileira, a meu ver, não "deu certo", com o punhado de sempre aboletado nas costas da população mantida no escuro da ignorância e desinformação. E as elites, com seu esmagador poder econômico e o controle das instituições e principalmente da mídia, faz de tudo pra manter como está. Qualquer tentativa de mudança é atacada com fúria e sem escrúpulos, com acusações as mais absurdas e invencionices sujas. Nâo proponho o sistema de Cuba aqui porque esse é mais um absurdo implantado pela mídia. Aqui não é Cuba, o que não impede que a gente veja a ilha com o respeito que se deve, diante de uma sociedade infinitamente mais humana que a nossa.

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  3. Estreitas relações tem o sistema financeiro com o governo, qualquer que seja. Não sabe que os financiamentos maiores foram dados a todos os candidatos? Em todas as campanhas prevalecem os interesses privados dos grandes vampiros sugadores do sangue das populações. Eles não dão ponto sem nó e qualquer eleito tem rabo preso.

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  4. Tchê, tentei contemplar o doc da argentina mas todos com o audii corrompido, alguem com um link audível, ou meu smartphone ficou burro vai saber.... e esse sem fronteiras com a medica especialista em medicina cubana vai ao ar hj as 23:30, confere?! Nao perco por nada uma pitada de verdade na bobo nius!!!

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  5. Eduardo Marinho, acompanho tuas palavras desde julho de 2013. Vi a maior parte dos teus vídeos e entrevistas, comprei teu livro. Voce realmente é um cara que tem muito a dizer e que nos faz refletir. Num vídeo, voce fala da possibilidade de mudar conceitos, mudar ideias, Algo como se dissesse que nada é definitivo. E outra entrevista voce fala do seus descontentamento com os militantes de esquerda, onde uma parte é arrogante e prepotente, grupos que lidam por liberdade mas não sabem viver com os mais simples. Eu torço para que um dia voce venha aqui, com todo o respeito, e reveja suas opiniões sobre Cuba. Voce enumera os inquestionáveis avanços sociais, mas não fala como se consegue aquilo, as custas da ausência total de liberdade. Um país que não respeita os direitos humanos e isola quem discorda do governo. Se olharmos para os indicadores sociais da Alemanha na época de Hitler também nos orgulharíamos. Eu já fui um defensor do regime cubano, mas o exercício da liberade, inclusive de pensar, me levou a certeza de que é o regime é uma prisão para o povo cubano. Alguém já disse, que a liberdade é mais importante que o pão. Por isso, se não falta o básico material em Cuba, falta o mínimo para ser livre, pois a liberdade é um bem inegociável. Há algum tempo atrás quando alguém criticava a ilha cubana, eu gritava que o capitalismo também é uma prisão, que a democracia brasileira é falha e mentirosa, logo o meu interlocutor se calava. Hoje vejo, que o capitalismo e a democracia são falhos. pois o ser humano também é falho, estes regimes que não são perfeitos, permite que a gente se organize e lute por uma situação melhor para todos, Podemos alterar com a força individual e coletiva o rumo da história. Com o regime, similar ao cubano, ao norte-coreano, por exemplo, tudo pertence ao Estado. Se pensarmos criticamente veremos,sem elogiar qualquer democracia capitalista, que todos os regimes socialistas produziram a destruição da liberdade, a perseguição aos opositores, campos de extermínio.Não podemos deixar que nosso pensamento seja guiado pelo boiadeiro! Obrigado, Eduardo Marinho, pela oportunidade do diálogo. Com todo o respeito, Diego Reis.

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    1. Diego, eu li teu comentário e gostaria de responder ele também - se você não se incomodar... ;) Com todo respeito.

      Observando e sentindo a História eu percebi que a implementação de ideais coletivos se dá de forma muito lenta. Porque a consciência humana se desenvolve lentamente, tanto em termos individual quanto coletivo. Então quando alguém descontente e sedento por explicações vê um teórico como Karl Marx, que faz um diagnóstico preciso da sociedade existente e prevê (em linhas gerais) seus desenvolvimentos e consequências, ela tem a tendência de destruir o que existe e implementar de forma primitiva o que ela imagina que seja um sistema mais humano. A questão é que o socialismo foi aplicado de forma autoritária porque:

      1) o ser humano tem a tendência de implementar um ideal sempre de uma forma relativa (á sua visão), e portanto incompleta e não sustentável, se não disposta a unificações futuras;

      2) por melhor que sejam as intenções, sempre existem pessoas dispostas a se aproveitar do ideal que tenta se materializar, e se "penduram" nele (os partidos autoritários e violentos), atestando que praticam violência e perseguições em prol do ideal.

      Mesmo assim, perceba que ao longo do século XX o "comunismo" (melhor dizendo, a 1a tentativa de aproximação concreta dele) implicitamente induziu o capitalismo "democrático" do ocidente a implementar políticas sociais fortes, com um Estado de bem-estar social atuante (apesar de não-ideal). Exemplo: o New Deal de F.D.R, que importou (sem dizer abertamente!) uma série de premissas e métodos de seus inimigos socialistas para sair da (agora) 2a maior crise do sistema capitalista. No Ocidente pós 2a guerra (1945-1973) isso também é visível, com a implementação de um Estado de Bem-Estar social sólido, que garantiu emprego, educação, saúde e oportunidades para as pessoas, evitando a pobreza. Isso de certa forma também se deveu à 2a guerra, na qual o ocidente, que tanto lutou pela sobrevivência de ideais integradores, se viu obrigado a implementar o que até então fora adiado. Dessa forma percebe-se que o comunismo soviético, por mais brutal que tenha sido sua implementação, serviu de elemento BALIZANTE das políticas sociais e econômicas do ocidente por 30 anos.

      Agora, por que esse modelo (Estado de Bem-Estar) entrou em decadência?
      Precisamente porque esse modelo era bom o suficiente para lidar com questões até então apresentadas (emprego, saúde, educação básica, transporte, alimentação, direitos trabalhistas, etc) mas não com problemas emergentes - como a famosa crise energética de 1973. Com isso o modelo começa a se enfraquecer. Justamente pelo fato de não possuir (ou ter desenvolvido) a PLASTICIDADE necessária para se tornar mais completo. Eis quando a ideologia neoliberal começa a ganhar forma.

      O neoliberalismo começa a tomar controle do poder devido à desorientação das pessoas - que acabaram sustentando cada vez mais, inconscientemente e inocentemente - um modelo cujas consequências finais ainda estão por brotar. E trata-se de um ciclo longo, que já dura 40 anos.

      A queda do Muro de Berlim acentuou toda essa implementação do mercado. Nos últimos 25 anos vimos desregulamentação de tudo; mercantilização que o próprio capitalismo (lá atrás) afirmava ser Direito Fundamental (ar, água, saúde, educação, moradia,...), e os efeitos disso se tornam mais visíveis.

      (continua)

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    2. Agora o X da questão.

      Eu acredito que o Comunismo não é algo a ser implementado 100% num dado momento. Ele é um sistema coletivo tão ideal que a nossa forma mental atual só é capaz de implementá-lo de forma muito lenta. E numa primeira aproximação isso se deu por meio do autoritarismo. Mas o próprio comunismo se viu obrigado - num primeiro momento - se militarizar para que o ocidente não exterminasse a materialização (ainda que imperfeita) desse ideal. É algo de séculos e milênios. Estamos falando de mudanças profundas na consciência.

      Não é possível aplicar sistemas muito elevados sem um certo autoritarismo. Observe isso em todas as esferas da vida e compreenderás o que quero dizer. Não quero justificar por isso o advento de regimes autoritários, e sim explicar como se dá o fenômeno de descida dos ideais. Quero apenas mostrar que, se a humanidade se retarda na marcha da evolução, insistindo num modelo que é dinâmico apenas na superfície, chega momentos em que uma Lei Universal começa a agir através dos seres humanos que percebem a enrolação e decidem forçar uma nova implementação. Só que dessa vez de forma mais madura, considerando a experiências do passado (História); reinterpretando idéias (relfexão) e considerando que os sujeitos sociais se REORDENARAM e aumentaram seu grau de sensibilidade e consciência. Tem-se um senso de integração maior e com isso o negativo e positivo se aproximam para gerar um novo positivo e um novo negativo. Não perfeitos, mas mais elevados. Ou seja, luta-se para transformar a sociedade para a consolidação de novas antíteses, que passarão a se enfrentar de forma mais evoluída, ou seja, mais pacífica, no plano das idéias, da convivência e do sentimento. Isso é o que se chama EMERGÊNCIA.

      A liberdade é boa até o ponto em que a humanidade tira proveito construtivo dela.

      Se soubéssemos que a vida é constante TRANSFORMISMO, jamais ficaríamos satisfeitos com o sistema vigente, e nos carregaríamos de tensões para tentar superá-lo. Porque veríamos na essência das coisas os defeitos, que tendem a se propagar e gerar futuras catástrofes, com uma propagação que passa despercebida por muitas pessoas, mas que em seus efeitos pode abalar vidas. Essa visão pode lhe parecer complexa, mas eu a julgo indispensável para quem deseja viver num mundo melhor - e se melhorar internamente trabalhando para isso.

      (continua)

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    3. É da liberdade abusada que nasce a autoridade violenta. Porque, se o capitalismo fosse um sistema perfeito, jamais teríamos a Revolução Russa e Cubana, entre outras, que por mais autoritárias que sejam, materializaram certas políticas sociais que hoje o ocidente (e os seres humanos) começa a reconhecer como essenciais ao progresso interior e coletivo.

      Outro ponto: o conceito que temos de autoritarismo é muito focado no que vemos (e no que parece). As grandes corporações e bancos operam de forma absolutamente autoritárias, criando circunstâncias de vulnerabilidade ao longo de anos e décadas, usando para isso agentes como o Estado e as pessoas, se aproveitando das fraquezas humanas (instintivas) e do subconsciente. São mecanismos de controle psicológicos que agem de forma pulverizada, o que dá uma ideia de que não existe autoritarismo. Mas eu creio que a História revelará (daqui a 200, 400, 1000... anos) que essa época foi o momento em que o autoritarismo consegui se consolidar da forma mais maquiada, elegante e discreta possível - e ao mesmo tempo causou mais mal às pessoas...e inclusive ele mesmo, apesar de tanta riqueza.

      A internalização do erro é um processo que melhora as pessoas. Os "fracassos" do passado nada mais são do que experiências ricas que podem gerar atuações mais eficazes e unificadoras. Não podemos ver a História (nem o ser humano) como algo estático e imutável. Somos dinâmicos...estamos constantemente revendo nossos conceitos. Vivenciando. Dilatando a consciência. Repensando e refletindo. Nos superamos. Tornamos o "impossível" em concreto. O limite está apenas em nossa mente, cada vez mais permeada de medos exagerados (exclusão social) e falsas esperanças (consumo insano) - tudo isso gerado pela "liberdade e democracia" do capitalismo...

      Em suma, trata-se de algo muito complexo que exige sensibilidade e visão dinâmica. As próprias pessoas que rejeitam sistemas coletivos admitem sua beatitude. Elas apenas não querem se dar ao TRABALHO de gerar interiormente um Princípio Unificador capaz de acoplar essas antíteses.

      Atuar no REAL para aproximá-lo do IDEAL.
      E a cada ciclo nos aproximamos um pouco mais do que almejamos.
      Lentamente, sinceramente, destemidamente, visando nos superar e nos transformar profundamente,

      Abs

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  6. Uma correção, acompanho tuas ideis desde julho de 2014!

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  7. Eduardo acompanho "teus ensinamentos" desde 2009 , 2010 e ultimamente venho me decepcionando com suas duras criticas aos medicos do nosso País . Sou estudante de medicina da universidade federal do ceara desde 2012 e "estou conhecendo o sistema de perto" ....vc muitas vezes tem razão nas suas duras criticas , porém faz generalizações que doem pq conheço agora os dois lados da moeda .
    Trabalho na emergencia e vejo as mazelas do sistema dos dois lados . Hj em dia muitos pacientes são "muito agressivos" , querendo ser atendidos rapidamente por uma dor de cabeça mesmo tendo dezenas de pessoas vitimas de bala , faca , para serem atendidas . Exigem atestado medico quase nos ameaçando mesmo sem ter necessidade etc etc etc .
    Conheço muitos e muitos medicos que deram a vida inteira pela medicina e por ajudar as pessoas de todas as classes e são sim muito ricos , porém continuam atendendo pelo SUS ( olhe quanto é o valor pago pelo SUS em cirurgias por exemplo ) .
    Sei o que acha do capitalismo , e concordo em grande parte com seus pensamentos , mas tenho "um pouco mais os pés no chão" seguindo pelo sistema porém tentando sempre que possivel ajudar o proximo de alguma maneira .
    Você nao perdeu "um fã" e muito menos alguém que sempre que possivel passa sua ideia adiante , mas sem duvidas quando faz essas generalizações sobre a medicina me chateia , porém o entendo perfeitamente ( "conheço bem o senhor" hehe ) . Não pense que essa "medicina cubana que veio para o Brasil" é tudo isso , muitos nem medicos são , servindo apenas como medida eleitoreira , pois muitas vezes a população não precisa nem de medico , precisa apenas de alguém pra conversar onde nisso grande parte dos medicos brasileiros realmente "perderam a paciencia" .
    Abraços companheiro !!!

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  8. Olá Eduardo.

    Cara mais que confusão isso tudo... eu preciso de ajuda, pois não sei onde devo procurar artigos para ler, notícias para me informar.

    Estou totalmente perdido, porque vejo tal lugar falando mal, outro lugar falando bem.... e no final me faço a pergunta "afinal isso é bom ou ruim?".

    Agora para eu ter uma opinião formada sobre algum tema vou precisa estar vivendo dentro dele ?

    Pois começo achar que sim, por que o que mais vejo é um bombardeio de informações, da direita e esquerda. e eu bem no centro, sendo metralhado por eles, ficando totalmente atordoado.

    Na minha cabeça lado A ou B apenas seguem o joguinho da elite... não tem nada de bom pro povo nisso, realmente será mesmo que eles estão pensando em nós?

    Talvez eu esteja muito confuso a ponto de não enxergar mais as coisas....
    peço ajuda

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  9. Olá Eduardo. Em um primeiro momento o cumprimento e reitero o que os demais disseram acima, em referência à admiração por sua amplitude de consciência.

    Possuo convicções divergentes das suas acerca de alguns temas, mais especificamente quanto aos sistemas capitalista/socialista, mas, ao mesmo tempo, compreendo, respeito, e por muitas vezes concordo com seus posicionamentos referentes aos valores essenciais à sociedade e, mais especificamente, quanto à visão turva que todos, sem exceção, têm a respeito das desinformações difundidas através da imprensa.

    Contudo, caro Eduardo, sinceramente gostaria de saber se já teve alguma experiência real em Cuba. Faço tal pergunta, pois, através da minha curta experiência de vida, aprendi que não é interessante e sequer justo para com o interlocutor dissertarmos acerca de determinado assunto, principalmente relacionado a outro país, sem ter convivido com a sociedade local em paridade de rotina, ou, ao menos, visitado a respectiva localidade (por longa data). Quando faço esta indagação, me refiro a períodos contemporâneos, pois certamente seria ilógico entender necessária a experiência pessoal em todos lugares que pretendermos falar sobre, por óbvia impossibilidade temporal. Considerando que o que se diz aqui está dentro do presente, creio que a história não possui fundamentos para contemplarmos uma crença em algo que está fora de alcance, justamente por sua atualidade, sendo que em caso contrário, não externaria tal dúvida.

    Aguardo a gentileza de sua resposta; certamente a mesma será pertinente para a melhor absorção deste elucidante texto.

    * Não ignoro os dados que disponibilizou, mas levo em consideração o contexto, inclusive a resposta que proferiu ao primeiro que comentou, pois me passou a impressão de que possui uma visão mais aprofundada deste país.

    Grato desde já pela atenção.

    Eros

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  10. Eduardo, te admiro muito pela qualidade de pessoa humana que és, sou de uma pequena cidade de Pernambuco chamada Floresta do Navio e quatro médicos cubanos trabalham nas áreas necessitadas da cidade. Até agora, as pessoas que conheço que receberam atendimento desses médicos só falaram que eles são muito competentes mesmo. Uma vizinha minha disse que uma das médicas conseguiu diagnosticar um refluxo na bebezinha dela sem uso nenhum de equipamentos.

    Porém, minha mãe tem um primo que mora numa cidadezinha pequena que não tem atendimento médico e é preciso o povo de lá vir para minha cidade para ser atendido. Dois médicos cubanos atuam lá e ele me disse que o atendimento deles é péssimo.

    Até onde constatei, só posso chegar a conclusão de que o bom atendimento deles depende de cidade em cidade.

    Gostaria muito que me respondesse para saber seu parecer sobre o assunto.

    Grato.

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    1. Cada pessoa é uma pessoa. Cubano, brasileiro, chinês, indiano, estadunidense, mexicano, português, argentino, caboverdiano, libanês, caráter não tem nacionalidade, há de tudo em toda parte. Precário isso de usar um exemplo pra definir um todo. Em qualquer grupo se percebem diferenças de caráter, de temperamento, de visão de mundo.

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  11. Adorei o documentário FATOS, NÃO PALAVRAS: OS DIREITOS HUMANOS EM CUBA. Valeu pela dica, Eduardo! O nome da diretora é Carolina Silvestre. Todo mundo deveria assistir isso antes de sair falando bobagens.

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  12. Conheço vários profissionais da Organização Mundial de Saúde, todos quando adoecem vão se tratar nos EUA, Alemanha e outros países de primeiro mundo. Eles admiram a medicina de Cuba, mas não se tratam lá. Entendo que a medicina em Cuba é mais focada na prevenção das doenças causadas por fome, falta de saneamento básico. Focam na vacinação, atenção à família, puericultura etc. Mas não nos acontece apenas essas doenças. Aí a porca torce o rabo. Misturar os os dois modelos talvez fosse uma saída.

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  13. Uma das regras da medicina cubana é priorizar quem NÃO PODE pagar, como tá no texto. Funcionários da OMS podem. E a medicina cubana não desqualifica a medicina mundial. A política local é que, infiltrada por interesses empresariais, desqualifica a medicina local - não tecnológicamente, mas humanamente, não qualitativamente, mas quantitativamente. É mesmo muito boa, pra quem pode pagar, mas destrata e deixa sofrer e até morrer quem não pode. Taí o cotidiano, pra quem conhece.

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