sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Manifestação maciça da população em apoio ao governo venezuelano, para a mídia, é golpe de Estado. O seqüestro do presidente, em 2002, sim, era a "volta da democracia". Mas o povo derrubou essa "democracia", botou as elites golpistas pra correr e trouxe o presidente eleito de volta. E agora o apóia, mesmo com a mídia em histeria convulsiva.

Venezolanos se concentraron en los alrededores de Miraflores para apoyar al presidente Hugo Chávez. FOTO: Alberto Corro

Nas manifestações políticas do Brasil, os fotógrafos dos movimentos sociais precisam buscar ângulos que não deixem aparecer a pouca quantidade de manifestantes, os vazios da suposta multidão, que revelariam a incapacidade de mobilização social dos tais movimentos - que ainda não aprenderam a falar a língua da população, cegos em seu fanatismo ideológico que os divide em pequenos grupos inimigos e praticamente estéreis. As "conquistas das lutas populares" tão ao gosto destes ceguetas, como a jornada de oito horas de trabalho, o 13º, as férias remuneradas e outras, foram todas obtidas durante uma ditadura, a de Vargas, no objetivo de cooptar a massa trabalhadora. Objetivo alcançado com sucesso, haja visto a eleição de Vargas anos depois, apesar da pesada campanha da parte mais reacionária das elites brasileiras. Mas os crentes da ideologia fazem parecer que são frutos da "sua" luta (um ponto comum entre esses grupelhos é se arrogarem a representação dos "legítimos interesses" da população como um todo. Pretendem-se guias das massas, conhecedores das verdades universais e dos caminhos da revolução, acusando os que não lhes comungam os dogmas de traidores do povo, de vendidos, de pelegos ou de demônios, o que dá tudo no mesmo. Sua arrogância impede a visão da sua própria esterilidade social - sempre digo que, com seu linguajar e seus preconceitos, a única maneira desses caras conduzirem as massas é ir entregar pizzas, pães, bolos e tortas).

Poucas manifestações puderam ser fotografadas de longe, como as das diretas já, densas e massivas - já com meio apoio empresarial, que pressionava pela retirada dos militares do governo. A sociedade já estava sob controle do poder econômico, As forças armadas já tinham cumprido sua função e começavam a atrapalhar os grandes lucros das multinacionais, com o nacionalismo de alguns setores militares e as trapalhadas que a repressão burra estava fazendo. A escola pública já estava destruída, as comunicações dominadas, o povo ignorantizado, desinformado e conformado havia algumas gerações, os focos de resistência dizimados. Então, saíram os militares e entraram as marionetes da falsa democracia. Não entendo pessoas instruídas e informadas falando em "redemocratização", quando o que me parece óbvio é que a ditadura apenas colocou a máscara de democracia e tirou a cara feroz dos militares, por conveniência dos poderes reais - muito acima dos institucionais. A ditadura continua, muito pior, aliás, porque travestida de democracia reconhecida até mesmo pela mais ferrenha oposição institucionalizada, que colabora, talvez inconscientemente, com a construção do cenário que simula essa falsa democracia.

As manifestações de ontem, na Venezuela, levam ao desespero e à mais aberrante histeria as elites locais, defensoras dos interesses mega empresariais, sobretudo os estrangeiros que as sustentam em seus privilégios como pagamento pelos seus serviços no saque das riquezas naturais, do patrimônio público e na exploração do povo. Fotografias puderam ser tiradas dos altos dos prédios, revelando a dimensão dessa movimentação que levou milhões a Caracas, de todas as partes do país e do mundo, aumentando o ódio explícito da mídia defensora dos mega-exploradores multinacionais.

Venezolanos se concentraron en los alrededores de Miraflores para apoyar al presidente Hugo Chávez. FOTO: AFP

Eu estava no bar aqui em frente, ontem, e assisti, estarrecido, à fala do famoso ipanemense da mídia, afirmando mentiras absurdas, com ódio incontido, contra toda a movimentação latinoamericana em favor da revolução bolivariana que trata de resgatar o Estado para sua própria população. Qualquer pessoa que busque informações além da mídia percebe as incríveis distorções e falcatruas, os arghumentos malabaristas e as mentiras explícitas daquele verme elitista. Ele não fala para esses poucos e não tem pudor diante dos que sabem. É muito bem pago pra formar opinião da massa sabotada em instrução e informação, sem condições de consciência pra se defender dessas mentiras, e da classe média anestesiada, que precisa justificar sua alienação e seu consumismo predatório com esses ataques a qualquer tentativa de diminuir os abismos sociais que transformam a sociedade nesse inferno em que vivemos, exceto nas bolhas privilegiadas, embora estas precisem se armar de defesas contra a barbárie, vítimas preferenciais da criminalidade oriunda das situações de miséria e ignorância provocadas pela ditadura financeira.

Venezolanos se concentraron en los alrededores de Miraflores para apoyar al presidente Hugo Chávez. FOTO:@tmaniglia

Na sua crônica ele minimiza a massa apoiadora do governo venezuelano, hipertrofia uma oposição elitista e desmoralizada, acusa o chanceler brasileiro de ir a Cuba "receber as ordens dos irmãos Castro", denuncia ridiculamente um golpe na Venezuela - um absurdo jurídico que ficará, como sempre, impune - e acena dramaticamente com o fim do mundo, "estamos perdidos", o que se aplica, espero, ao predomínio das elites sobre as populações da América Latina, tão sacrificadas, saqueadas, massacradas, espoliadas e exploradas durante séculos de colonização institucional, política e econômica. Fácil de entender, difícil não se revoltar com o descaramento da mídia e seus porta-vozes sem caráter. Não há o menor compromisso com a verdade, apenas com os interesses empresariais mais desumanos, mais perversos, mais covardes e criminosos. Sem o menor constrangimento, a aberração midiática fantasiada de comentarista afirma que há 60 mil guerrilheiros cubanos na Venezuela prontos pra atacar a oposição. Uma oposição anêmica, caricata, ridícula, sem força nem expressão, derrotada repetidamente e em vias de extinção, que se destrói por si mesma e está desmascarada em seu país - tratado até a chegada de Chávez à presidência como sua propriedade privada. O que Cuba tem na Venezuela são professores e médicos, cerca de 40 mil, com o que o governo fez chegar à massa da população excluída o ensino e a medicina - e condições de vida - que até então haviam sido negados. Essa é a força do governo venezuelano e da revolução bolivariana. A tomada de consciência de grandes parcelas da população que perceberam qual é o papel do Estado na sociedade e porque este não cumpria suas obrigações constitucionais.

Venezolanos se concentraron en los alrededores de Miraflores para apoyar al presidente Hugo Chávez. FOTO: Reuters


Nota da embaixada da Venezuela no Brasil:

"Além de desrespeitar os venezuelanos, povo irmão do Brasil, e de proferir acusações sem base nos fatos reais, o comentário de Arnaldo Jabor nesta quinta-feira, 10 de janeiro, no Jornal da Globo, demonstra total desconhecimento sobre a realidade de nosso país.

Existe hoje na Venezuela, graças à decisão de um povo que escolheu ser soberano, um sistema político democrático participativo com amplo respaldo popular, comprovado pela alta participação da população toda vez que é convocada a votar em candidatos a governantes ou a decidir sobre temas importantes para o país. Desde que Hugo Chávez chegou ao poder, o governo já se submeteu a 16 processos democráticos de consulta popular – entre referendos, eleições ou plebiscitos.

Não nos parece ignorante ou despolitizado um povo que opta por dar continuidade a um projeto político que diminuiu a pobreza extrema pela metade, erradicou o analfabetismo, democratizou o acesso aos meios de comunicação e que combina crescimento econômico com distribuição de renda. Esse povo consciente de seus direitos não se deixa manipular pelas mentiras veiculadas por um setor da mídia corporativa – essa que circula livremente também na Venezuela.

Considerando o alto grau de organização e conscientização da população venezuelana, não são nada menos do que absurdas as acusações feitas por Jabor da existência de um aparato repressor contra o livre pensamento. Na Venezuela, civis e militares caminham juntos no objetivo de garantir a defesa, a segurança e o desenvolvimento da nação. É importante lembrar que se trata do mesmo comentarista que em 11 de abril de 2002, quando a Venezuela sofreu um golpe de Estado que sequestrou seu presidente durante 48 horas, saudou e comemorou este ato antidemocrático, durante comentário feito na mesma emissora, a Rede Globo."

25 comentários:

  1. Quem foi o cara da mídia que fez este discurso ?
    Não foi o Arnald Jabor né ?, por favor diga que não !

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    1. Lamento, parceiro. Evitei dizer o nome e achei que tava claro. Não consigo mais ver a cara desse sujeito sem sentir nojo.

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  2. Sim, óbvio que foi o Jabor, menino de recados da rede Globo. Tenho asco desse babaca. Os "ipanemenses" que virara à direita (o mais recente é "Nelsinho" me dão muito nojo). SOmente uma coisinha, Eduardo, lembrada pelo Boaventura SOusa Santos da última vez que esteve em POA, novembro passado: Simon Bolívar tinha escravos. Ele mesmo tinha uma concepção elitista da coisa... só pra gente pensar!

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    1. Então, Marilyn, a revolução bolivariana tem pouco mais que o nome a ver com Bolívar. Não o conhecia antes do fenômeno Chávez, catalisador do movimento. O fato da população estar tomando consciência e conhecimento dos seus direitos, estar sendo atendida nas condições pra se desenvolverem as gerações de ex-abandonados da sociedade que, por sua vez, terão melhores condições de se colocar dentro da própria sociedade, é muito mais importante do que ligações ideológicas com um cara que morreu faz tanto tempo. Esses fatos históricos terão sua análise e suas revelações, no desenrolar das coisas ou em algum lugar. Serviços públicos, respeito, escolas e atendimento médico humanizados, informação verdadeira são necessidades essenciais à busca de equilíbrio social. O tempo não pára.

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    2. Sim, tens razão... nesses termos, a revolução bolivariana é mais atual que nunca... vejo avanços e vejo recuos. Mas será que não tem sido sempre assim? Quero dizer, eu não acredito mais em uma evolução linear rumo à justiça, como a antiga esquerda... acho que é tudo muito mais caótico, com idas, vindas, conquistas, derrotas, ganhos e perdas. Não há nada que garanta o futuro de liberdade, justiça e equidade que tanto queremos... imagino que justamente por isso valha tanto a pena lutar por ele, resistir hoje, por ele.

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  3. A grande mídia está cada vez mais desesperada. Ela sabe que perde espaço dia após dia, sabe que a população lhe dá cada vez menos credibilidade. Ela precisa garantir um mínimo de audiência, então direciona seu discurso cada vez mais raivoso para essa pequena parcela de elitistas raivosos que se deliciam com as asneiras que essa mídia decadente defeca diariamente

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  5. Postei no meu blog um texto sobre esse episódio patético da globo. Mais um né. Estou na luta contra essa mídia da desinformação que temos no Brasil, tento também mostrar as mentiras que a mídia conta ao povo. Se puder, dá uma olhada lá.
    http://naovejamidia.blogspot.com.br/2013/01/a-venezuela-do-povo-e-venezuela-da-globo.html

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  6. Essa foi uma importantíssima demonstração de um povo em favor de um governo que tentou e tenta, das formas mais diversas, liertar o País, nem que seja em parte, do cruel e dacadente (mas nem tanto, ainda) Sistema Capitalista?Neoliberal!
    Parabéns pelo post! Excelente.

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    1. Não uso mais estas palavras (capitalismo, neoliberal, marco regulatório, luta de classes,...) pois estão sujas pelas campanhas subliminares das mídias e nas vivências cotidianas da população, além de gastas pelas bocas dos hipócritas, repelidas pela linguagem popular. Se o objetivo é conscientizar a população, é preciso falar sua língua - pros acadêmicos em geral, é preciso aprender. Esse linguajar restrito a minorias "instruídas" mantém a falsa sensação de superioridade (melhor se fosse de responsabilidade) impossibilita a idéia de revolução.

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    2. Concordo com você, no entanto, acredito que isso vai levar um certo tempo, até porque minha formação e de muitos "intelectuais" de esquerda foi marcadamente marxista. Ajudou durante um tempo na compreensão do sistema, do processo de exploração e acumulação do capital. Mas a visão economissista da sociedade cega uma série de outros movimentos e revoluções internas, culturais, artísticas, de linguagem, de expressão, de resistência e de reivenção humana. Vamos caminhando, aprendendo, reapredendo, tudo, expressão e comunicação com o povo. Tudo é um processo e estamos no meio dele.
      Atenciosamente
      Profº José Eduardo Brondi
      www.professorbrondi.blogspot.com.br
      www.analisarentenderagir.blogspot.com.br

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    3. No entanto professor esperar é fácil para nós confortavelmente sentados em nossas casas, enquanto ainda existe, suportando nosso conforto e gigantescos lucros aos empresários, massas de trabalhadores praticamente em regime de escravidão, massas espoliadas vivendo sem nenhum tipo de saneamento, educação pública de base insignificante, e uma verdadeiro bacanal nas instituições (praticamente porque ganham um trocado que não lhes garante nada). Quem detém a informação (as minorias 'instruídas') deve a sociedade por este privilégio, acredito que seja essa a noção de responsabilidade a qual Eduardo se referiu, esperando heróis, contextos e conjunturas acaba-se por esquecer a responsabilidade que cada um tem na estrutura da mudança, nós podemos esperar e quem não pode? Abraço

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  9. Não que eu seja a favor da mídia, mas me parece que esses governos bolivarianos não estão lá muito preocupados com a população. Na Bolívia, o interior sofre com uma endemia cruel de doença de chagas e a população dessas localidades são tratadas como vermes pelo pessoal dos grandes centros. Além do mais, esses governos se ligam e apoiam Lula, o maior 171 da história desse país. Pelo que me parece, a população desses países apoiam populistas e não pessoas interessadas em realizar uma mudança social sincera.

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    1. Zerar o analfabetismo (conforme dados da UNESCO), criar atendimento médico gratuito, de qualidade e interno às comunidades pobres, estimular a participação direta como esses governos fazem, além de retirar o poder político das grandes empresas deixa nossas condições sociais no chinelo. De onde estamos, não temos condições morais pra julgar esse novo modelo que vem sendo desenvolvido na América Latina por esses países tão criminalizados, debochados e desprezados na nossa mídia comercial reacionária. Fechar com qualquer opinião da mídia é muito contrangedor. Populista é o termo usado pra classificar os que ousaram retirar o poder empresarial de cima do Estado. Se o populismo traz melhorias reais às condições de vida dessas populações, ele é muito - mas muito, mesmo - melhor que o nosso sistema oligárquico, que atraiçoa as populações enquanto as exploram até o talo, mantendo-as na ignorância e na desinformação.

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    2. A questão é: algo ser menos pior garante que ele seja bom? E sinceramente, por mais pedante e arrogante que possa parecer, eu vou direcionar as minhas críticas a tudo que eu acho passível de críticas, independente de eu ser moralmente superior ou não(desde que eu mantenha uma coerência, é claro). E retirar o poder dos empresários não é o bastante, é preciso dar esse poder a todo mundo, e não monopolizar na figura de um novo messias. Não possso concordar que um governo que olhe o povo como pedinte e se ponha como benevolente por fazer aquilo que se espera que ele faça seja um modelo a ser seguido. Não tem nada de legal em tirar um opressor e botar outro no lugar.

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    3. Chávez, um opressor? Tá assistindo a mídia privada, né? Eles martelam tanto que as pessoas acabam acreditando. Não recebem aqueles salários gordos à toa, são competentes no convencimento das mentiras.

      Pelo jeito cê também pensa que Fidel Castro é um ditador sanguinário e milionário. E Cuba é uma ilha presídio, onde a repressão rola solta, massacrando o povo.

      Acreditar na mídia comercial dá nisso.

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    4. Retirado da wikipédia(enfim, se as informaçõe estiverem erradas, retiro o que disse e calo minha boca):

      Relaciones económicas

      La ideología socialista de Chávez y las tensiones entre los gobiernos venezolano y de los Estados Unidos han tenido poco impacto en las relaciones económicas entre los dos países. En 2006, los Estados Unidos seguían siendo el socio comercial más importante de Venezuela, para los dos tanto en las exportaciones de petroleo como en las importaciones generales - los comercios bilaterales se extendieron en un 36% durante ese año.

      Con el aumento de los precios del petróleo las exportaciones de petróleo representan el grueso del comercio de Venezuela, el comercio bilateral entre los EE.UU. y Venezuela es creciente, con lo que empresas de EE.UU. y el gobierno venezolano se benefician.

      Cadê a coerência(que eu disse antes) nisso aí? Se você pensa que é válido esse tipo de coisa aí, me desculpe mas pensamos muito diferente. Eu quero ver mudança de verdade, e não uma maquiagem de governo preocupado com o social. tava olhando o salário mínimo venezuelano, e tá em torno de 360 doláres. Sério que um governo preocupado com o povo acha que um salário de 300 doláres é algo digno? E sinceramente, a Venezuela se resume a Chaves? O povo da Venezuela deve simplesmente grato e fiel a ele por ele fazer o mínimo pra deixar as condições de vida da populção num patamar decente? Sabe, nem sempre quando um dos lados é mal signifca que o outro lado seja bom. Eu tenho noção de separar o joio do trigo e não aceitar um governo que se diz social mas tá macomunado com as multinacionais do petróleo.

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    5. O produto principal da Venezuela é o petróleo. A diferença é que, agora, os lucros se aplicam na população. Como não tratar com as empresas de petróleo?
      Não sou chavista nem tô aqui pra "defender" quem quer que seja. Só observo os acontecimentos no mundo e procuro ter um senso crítico sem influências.
      Se a globo e o império das corporações ataca e difama, há sinais de resistência à exploração por poucos de uma população. Tudo o que a mídia ataca, merece atenção e simpatia. Tudo o que ela defende, é falácia, exploração, favorece empresas e fode com a população. É o que tenho percebido ao longo dos meus 52 anos de vida.

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    6. Que eu conheça? Nenhum! Eu vejo possíveis alternativas de bons governos como a idéia da Marina Silva de tentar acabar com essa política partidária da troca de favores, a constituiçao islandesa, talvez os países do despertar arábe depois que esse movimento realmente se completar. Mas atualmente? Não há nenhum governo que não tenha podre com as multinacionais. E a questão não é só a Venezuela ser um exportador de petróleo, e sim dela ser um dos maiores do mundo, o único país não arábe na OPEP e do governo possuir inúmeras ações das grandes exploradoras do petróleo. E assim, eu não sou contra a manifestação do povo da Venezuela, acho muito maneiro que as pessoas se reunam por uma causa que acreditam, mas não posso deixar de ver com muita resalva o chavismo. A mídia critica tudo o que a ameaça ou que possa atrapalhar no seu lucro. A mídia já criticou o nazismo, e nem por isso o nazismo é bom. A mídia já criticou a homofobia, nem por isso a homofobia é boa. A mídia já até criticou o PT, o que em hipótese nenhuma faz do PT um partido bom.

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  10. Era de se esperar do puddle da Rede Bobo, é bom ver esses jornais p ver do que temos que desconfiar e procurar melhor, averiguar a verdade. "Alienação, a gente ve por aqui!" E MUITO.. Parabéns ao povo da Venezuela que independente das pressões midiáticas e tentativas de golpe está conseguindo se fazer ouvir! Seria um ensaio para a real independência da Am.Latina? Oxalá!

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