domingo, 10 de novembro de 2013

Tapa na cara do secretário - quem diria que eu aprovaria... LIBERDADE PARA EDUARDO FAUZI - O tapa do povo.

Esse é o cara que agrediu o secretário do governo, que foi mostrado na mídia sem nenhum aprofundamento. Ouvindo o que ele tem a dizer, é fácil entender. Essa história precisa ser conhecida, acontece todo o tempo, em todas as partes. O que tem de raro aí são as razões serem mostradas, além da simples criminalização que esconde os motivos. Não interessa ao poder vigente - e não estou falando de políticos, governantes ou autoridades em geral - o esclarecimento da estrutura social espúria, dominada por interesses econômicos. Nem do deboche, desrespeito e ações criminosas do Estado contra o povo, principalmente os mais pobres, mais sacaneados pelas instituições, sabotados, explorados, enganados e torturados a vida toda.

Nunca imaginei que aprovaria um tapa na cara, embora não seja bem 'aprovar'. É que entendi tão completamente essa explosão de raiva que não consigo desaprovar. Pequeneza minha? Talvez. Todos temos muitas pequenezas. Mas se eu estivesse nas mesmas circunstâncias - e sou favorecido nesta análise por ter passado muitas situações parecidas, embora não com um secretário de estado dando mole por perto - não sei se não teria a mesma explosão. Espero que fosse com palavras, mas tão precisas, afiadas e contundentes que o cara me avançasse por conta própria. Aí sim, eu me sentiria em casa, pelo menos pra bandar ele e falar um pouquinho mais enquanto ele se levantasse - nada de chute na cara.

Lendo por trás de tudo que o cara fala se vê a estrutura macabra por trás do poder político, os vampirescos interesses megaempresariais que comandam a sociedade falsamente democrática. Cada vez mais claro, embora a narcose midiática, somada à ausência de educação (sinto um mal estar quando ouço alguém falar em "melhorar" a educação, pois não se melhora o que não existe - por ter sido destruído) faça seu papel alienante. As exceções se multiplicam e se põem a trabalhar. Sua existência se torna sua função na coletividade.

Os que se apresentam como autoridades e representantes do povo ou do Estado, não são nada mais que marionetes numa fachada mentirosa, construída pra encenar uma democracia hipócrita onde se vê a população ser desrespeitada cotidianamente, usada na sustentação da estrutura social que a massacra e estraga a vida desde antes do nascimento. Foi pra manter essa estrutura que se destruiu a educação, cooptando a pequena parte eficiente pra formar profissionais de mercado, e não seres humanos pra viver em harmonia numa coletividade justa. É preciso levantar os véus e a comunicação é a área mais importante nessa tarefa. Não é à toa que os conglomerados midiáticos se empenham tanto em impedir o acesso da população às comunicações e à sua produção. O monopólio lhes é vital.

O espetáculo das marionetes da política institucional e partidária se desmoraliza e desmascara. Muito pouco a pouco, pro meu gosto, mas não se pode impor o ritmo. É preciso perceber as oportunidades e aproveitar, trabalhar com elas e nelas, pra não perder o ânimo com expectativas indevidas. Trabalhar na direção de uma sociedade melhor já é uma satisfação que justifica a vida. O que não se justifica é criar a expectativa de viver em um mundo justo, com tantas raízes a arrancar - esse é um trabalho de gerações no processo da grande família humana através dos tempos. Caminhamos, ora, caminhamos sem parar. O destino é a caminhada. E é caminhar neste sentido que satisfaz.
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Importantes colocações desvendam o funcionamento do estado e suas instituições a serviço das empresas que o seqüestraram com a conivência de políticos comprados. As colocações de Eduardo Fauzi escancaram o desprezo cotidiano do falso poder público pela maioria mais pobre. Ele foi preso de novo depois de três horas desta entrevista. A família tá com uma página pra tentar defender o cara da vingança a que ele está sendo alvo. O ataque foi simbólico, lava a alma de muita gente e, na cabeça dos criminosos institucionais, deve ter conseqüências "exemplares". Aí o link:  https://www.facebook.com/liberdadeeduardofauzi?hc_location=timeline

                                      Liberdade para Eduardo Fauzi




O discurso do prefeito no final deve ser outro "tapa na cara" pra muita gente. Pra mim, a surpresa é apenas por essa fala vir a público. Claro que um público restrito aos que buscam se informar e já sabem a estupidez que é acreditar na mídia além de receitas culinárias e da previsão do tempo. Mas antes isso não acontecia. Essa é a diferença fundamental, devemos exercer e ampliar ao máximo as comunicações. Divulgar, sensibilizar, esclarecer, conscientizar são tarefas fundamentais nesse momento histórico. O prefeito não fala de "vender" apenas sua cidade, mas de vender o país. É essa corja que se aboleta nos poderes públicos pra cometer "crimes de estado" contra a população a favor de um punhado de podres de ricos.

8 comentários:

  1. Eduardo, dá uma ligada neste artigo, muita lucidez, sua cara, compartilha com a galera: http://jornalggn.com.br/fora-pauta/desvendando-a-espuma-o-enigma-da-classe-media-brasileira

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  2. ele ta cumprindo um papel importante com seu exemplo, deixando escancarado a sociedade online pra discutir as relações do 'poder' instituído e seu real detentor, uma população consciente. A consciência coletiva se mostrou de forma física com a tática anarquista, mas pode e deve ser difundida no campo da política, do pensamento, da força coletiva, efetiva na mudança. O boicote pode ser muito bem aplicado, a processos eleitoral, consumo e pagamento de taxas, que está na ponta dos movimentos sociais franceses. Estamos caminhando, cada região da Nossa Casa Terra de acordo com suas realidades locais, para esse grande momento de frear a locomotiva egóica da babilonia, parar pra conversar, resolver tudo.

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  3. Beleza, cara!
    Olha, sempre fui mais explosiva que você, conforme suas palavras; há certas coisas que é simplesmente demonstrar fraqueza em não tomar determinada atitude; essa do vídeo é uma delas; Essa do Eduardo Fauzi mostrou tremenda coragem pois nem pensou nas retaliações que poderiam vir.
    Parabéns a ele e a você, por ter postado.
    Abraços.

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    1. Acho que controlar ímpetos destrutivos que apenas aliviam a revolta não é demonstração de fraqueza.

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    2. Concordo contigo, e vou além... a atitude errada do senhor Fauzi fez ele perder completamente a credibilidade diante de quem, talvez, pudesse dar atenção a ele naquele momento.

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  4. me falaram que esse maluco é envolvido com milícia e que "botava o terror" nos guardadores do centro.
    sabe algo a respeito? se é boato/difamação ou indicio de verdade?

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  5. A prisão foi embasada pelo artigo 313, inciso I do Código de Processo Penal, que tem a seguinte redação “Nos termos do art. 312 deste Código, será admitida a decretação da prisão preventiva: I - nos crimes dolosos punidos com pena privativa de liberdade máxima superior a 4 anos”. Entretanto, o único crime pelo qual Eduardo foi denunciado, que é da competência do Juízo Criminal comum é o de Coação no Curso do Processo (art. 344 do CP), que tem pena fixada em reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. Certo é que os demais delitos e contravenção (ameaça, desacato, lesão corporal simples, exercício ilegal de profissão ou atividade) são da competência dos Juizados Especiais Criminais e apenados apenas com detenção, ou multa. ; Além disso, não houve “prisão em flagrante”, tendo Eduardo sido preso mais de 48hs (quarenta e oito) após o último entrevero com o Secretário Municipal Alex Costa. ESTAMOS DE VOLTA A DITADURA. CADÊ A PROVA DA DESAPROPRIAÇÃO? QUEM IRÁ RECEBER OS VALORES CORRESPONDENTES A DESAPROPRIAÇÃO? ALGUÉM IRÁ RECEBER? INTERDIÇÃO? PRIMEIRAMENTE SE DÁ O PRAZO PARA O COMERCIANTE REGULARIZAR SUA SITUAÇÃO ADMINISTRATIVA. POR QUE ENTÃO DESAPROPRIAR SUMARIAMENTE? E A LIMINAR QUE CONCEDIA A PROPRIEDADE A ALGUÉM, DADA PELO MM. JUÍZ DA 15ª VARA CÍVEL? Vergonha. O tapa foi no governo. A prisão é política. Certo é que não existe nenhuma intranqüilidade pública pelo fato de Eduardo ter “PRANCHADO” o rosto do Secretário Alex Costa, quando ele descumpria uma ORDEM JUDICIAL; o único que está “intranqüilo” é o próprio Secretário, que se viu alvo de deboche e de desmoralização dos próprios subordinados, valendo ser transcrito um trecho redigido pelo Sr. Alcemo Gois, em sua coluna do Jornal O GLOBO sobre o tema (http://oglobo.globo.com/rio/ancelmo/posts/2013/11/09/a-coluna-de-hoje-514713.asp).: O arruaceiro O prefeito Eduardo Paes deixava a sede da prefeitura, quarta passada, quando, antes de entrar em seu carro, avistou o secretário da Ordem Pública, Alex Costa, e... — Que tapão você levou, hein?!

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