segunda-feira, 29 de março de 2021

Sinais da falsidade (ou revelações sociais)

 Quatro presidentes se reúnem em Brasília, dois do legislativo, um do judiciário e um do executivo. Os três poderes ditos "públicos". Os cargos máximos desses poderes, os maiores da nação brasileira. Em segredo, fechados, sem microfones, sem câmeras. Se são públicos, é direito de todos saberem do que estão tratando, ainda mais diante da catástrofe sanitária no país inteiro - que apavora o mundo, todos os países estão fechados pro Brasil. Os três poderes, os quatro maiorais... e nenhum deles é confiável, nenhum deles serve à população, mas sim a banqueiros nacionais e, sobretudo, internacionais, aos podres de ricos do mercado econômico-financeiro, ao poder econômico na mão de um punhado. O sinal da falsidade na cena está na convocação de governadores, mas só os que não tiveram nenhuma discordância pública das "políticas" deste governo central. Sinal inequívoco. Depois da tal reunião, virão as mentiras, as distorções, a cara-de-pau de costume. O jogo é de cachorro grande, enquanto o povo, enganado, sabotado, desinformado, põe a sociedade pra funcionar, como todo dia. Nos transportes públicos, não há isolamento - porque a sociedade depende, fundamentalmente, dessa multidão roubada em seus direitos e exposta permanentemente à exploração de todas as formas, pelos "poderes" da sociedade. Mais de três mil e duzentos mortos em 24 horas. Quantos mortos por dia serão necessários pra se respeitar a realidade? Tragédia anunciada, prevista, avisada, comentada, descrita mesmo com antecedência. Com a pandemia do corona, se revelou também um surto de perversidade psicopática, divisão de almas, fratura social, revelações de personalidades - antes enrustidas, por inconveniência, agora exibidas, brandidas com orgulho, com arrogância e violência. O que resta é que agora sabemos quem são os perversos, os violentos, os pobres de espírito. Que não se apague a memória. Ninguém piorou, só se revelou. A maldade que era subterrânea, agora está exposta. E o mundo de mentiras em que vivemos está mais claro do que nunca. Que se leve aos valores pessoais, aos desejos e objetivos de vida, aos comportamentos, à visão de mundo, à própria vida, no cotidiano, no trabalho, nas relações em toda parte. O processo de mutação está em tempos de pressão.

4 de março, 2021.

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